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A MUSICOTERAPIA E O BEM ESTAR

Por:   •  11/11/2018  •  Artigo  •  1.096 Palavras (5 Páginas)  •  199 Visualizações

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A MUSICOTERAPIA E O BEM ESTAR

Barbara Roxo

barbarakroxo@outlook.com

Caroline Oliveira Da Costa

caarolbjs@gmail.com

Alunas da Universidade Federal de Santa Catarina

Pesquisa Bibliográfica – Prof. Luis Roberto Sousa Mendes

Resumo

Quando ouvimos um som, seja ele natural ou uma melodia, reagimos de diversas formas, podendo proporcionar alegria, prazer e até bem-estar. Mas também pode remeter a sentimentos contrários. Por exemplo, quando ouvimos um barulho da praia, sentimos conforto e leveza, trazendo uma sensação de paz, dessa forma à energia mental positiva provoca uma sensação geral de saúde e bem-estar. Pode até fazer-nos dormir melhor. No entanto, quando ouvimos um barulho de buzinas, ficamos em alerta e até nos assustamos. Analisando os estudos publicados anteriormente e os efeitos que retratam o som da vida de um indivíduo, trataremos da musicoterapia como uma fuga para o bem-estar, podendo até considerar pacientes que sofrem de algum distúrbio seja ele emocional, físico ou psíquico.  

Palavras-chave: Musicoterapia, bem-estar, energia mental, sensação.

Introdução:

        A música é arte e ciência, dois processos que se mantém ao desenvolvimento de evolução do ser humano.

 “[…] única entre as artes, é ao mesmo tempo completamente abstrata e profundamente emocional. Não tem o poder de representar seja o que for de concreto ou de exterior, mas tem um poder único no que se refere à expressão de estados internos ou de sentimentos. A música é capaz de nos tocar diretamente, o coração; não requer mediações” (Sacks, 2008, p. 302).

        Uma equipe liderada pelo astrônomo Carl Sagan, criou o chamado Golden Record, um disco de cobre banhado a ouro com o objetivo de lançar no ambiente cósmico. Sendo assim o artefato humano mais distante da terra enviado para transmitir mensagens com sons diversos do planeta Terra, podendo ser interceptadas em algum momento futuro ou até por seres que desconhecidos por nós. Neste disco há músicas de diferentes línguas, sons da natureza e até barulhos de trem e de carroça.

        Podemos sentir a influência que a música e o som se referem sobre a existência humana, desta forma a música é uma linguagem e uma comunicação que nos transmite a uma realidade, uma permanência e uma essência.

A música como terapia

        A musicoterapia é um campo da ciência que estuda o ser humano, suas manifestações sonoras e os fenômenos que decorrerem da interação entre as pessoas e a música, o som e seus elementos: timbre, altura, intensidade e duração. A sistematização da teoria e da prática musicoterapêutica teve início nos meados do século passado e vem se solidificando por meio de um crescente número de estudos e pesquisas na atualidade. No âmbito das investigações científicas os estudos dedicam-se a compreender as funções, usos e significados que as pessoas atribuem aos sons, músicas, ritmos, silêncios e outros parâmetros sonoro-musicais que permeiam suas vidas (RUUD, 1998; GASTON, 1968).

        O objetivo da musicoterapia está centrado na necessidade do cliente então, não começa diretamente na música. Por exemplo, um musicoterapeuta parte de um diagnóstico referente ao cliente, podendo ser individual ou em grupo, ou seja, de acordo com sua necessidade. Em tratamento de pessoas deficientes, um dos pontos mais importantes é se concentrar na pessoa e através de suas dificuldades, encontrar o desenvolvimento sobre a musicoterapia de forma que motive e estimule o in barbarakroxo@outlook.com divíduo a um contexto inimaginável.

No livro Música e Saúde, de (RUUD, 1998;) a apresentação da musicoterapia se baseia na consciência do que está acontecendo aqui e agora combinando com o método da Gestalt-terapia, sendo eficaz tanto no campo da psiquiatria quanto na educação social. Ambas são voltadas para a experimentação de sentimentos, impulsos, material reprimido e áreas dissociadas da personalidade que encorajam os pacientes a expressar suas experiências e fantasias com caminhos criativos como a música, o movimento, a poesia e etc. Tal procedimento ajuda a estabelecer uma experiência que conduza à reflexão racional.

Roland Benenzon em seu livro Teoria da Musicoterapia aponta cinco alternativas de aplicações na musicoterapia:

  1. Individual: Na forma individual, a relação terapêutica está num contexto não-verbal. Algumas técnicas são importantes para estabelecer diferenças nos quadros patológicos. Podemos exemplificar os quadros de autista, afasias, perturbações emocionais e de conduta, deficiência mental e etc.
  2. Grupal: Que se enquadram a forma familiar, didática e institucional. E se aplica integrando todas as patologias previstas na forma individual.
  3. Familiar, didática e institucional: Podemos considerar a aplicação no grupo familiar como aplicação grupal com características particulares. Na forma didática, que se realiza como única e verdadeira formulação dos profissionais musicoterapeutas e todos aqueles que trabalham na área da saúde mental e na forma de instituição como em hospitais, comunidades, institutos e escolas.
  4. Psicoprofilática: A terapia na fase da gravidez, no primeiro ano de vida e na escolaridade.

No artigo publicado por Paula de Marchi Scarpin Hagemann, da Universidade Estadual Paulista, no Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem mostra exemplos de tratamentos em musicoterapia:

 A eficácia da musicoterapia também foi verificada no tratamento da depressão. Erkkila et al (2011) realizaram um estudo randomizado na Finlândia, com o objetivo de avaliar a eficácia da musicoterapia em pacientes com depressão, segundo os critérios diagnósticos da CID-10. Os 79 pacientes foram divididos em dois grupos: tratamento padrão, e tratamento padrão e musicoterapia. A taxa de resposta foi significativamente maior para o grupo que participou da musicoterapia, além do tratamento padrão. O resultado mostrou que a musicoterapia, quando combinada ao tratamento padrão, é um tratamento eficaz para depressão. (P 39).

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