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A Reciclagem de Papel na Escola

Por:   •  10/9/2023  •  Artigo  •  3.992 Palavras (16 Páginas)  •  35 Visualizações

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Título: Reciclagem de Papel na Escola

Resumo:

O ensino da matemática enfrenta desafios que impactam o desempenho dos estudantes, como evidenciado pelos resultados do SAEB. A falta de preparação adequada dos professores, juntamente com a abordagem tradicional de ensino, contribui para as dificuldades no aprendizado da disciplina. Para superar esses obstáculos, a modelagem matemática é apresentada como uma metodologia que promove uma abordagem mais contextualizada e significativa do ensino da matemática.

A modelagem matemática envolve cinco etapas: escolha do tema, pesquisa exploratória, levantamento do problema, resolução do problema e análise crítica da solução. Nesse contexto, a reciclagem de papel na escola é destacada como um tema relevante que pode ser abordado por meio da modelagem matemática, proporcionando vantagens ambientais e educacionais.

A implementação da reciclagem de papel na escola pode ser dividida em etapas, como sensibilização e conscientização da comunidade escolar, criação de um sistema de coleta seletiva, estabelecimento de parcerias com empresas de reciclagem e criação de projetos práticos de reutilização do papel reciclado.

Ao adotar a abordagem da modelagem matemática na reciclagem de papel na escola, não apenas promove a conscientização ambiental, mas também fortalece o aprendizado dos alunos, desenvolve habilidades de resolução de problemas e estimula a cidadania ativa. A reciclagem de papel na escola é um exemplo concreto de como a matemática pode ser aplicada em situações do mundo real, tornando o ensino mais relevante e significativo para os estudantes.

  1. Desafios e possíveis soluções no ensino da matemática

É nítido que o ensino da matemática enfrenta diversas dificuldades que afetam o desempenho dos estudantes, como evidenciado pelos resultados do SAEB[1].  Os resultados do SAEB são divulgados em escalas de proficiência, que indicam o nível de domínio dos estudantes em matemática. Essas escalas são organizadas em níveis de proficiência, que variam de acordo com a complexidade das habilidades e conhecimentos demandados. Os níveis de proficiência mais comuns são:

Insuficiente: indica que o estudante apresenta dificuldades em adquirir as habilidades e conhecimentos matemáticos esperados para sua etapa de ensino.

Básico: indica que o estudante possui alguns conhecimentos e habilidades matemáticas, porém ainda com lacunas e dificuldades em resolver problemas mais complexos.

Adequado: indica que o estudante possui um nível satisfatório de conhecimento e habilidades matemáticas, sendo capaz de resolver problemas do cotidiano e compreender conceitos matemáticos mais avançados.

Avançado: indica que o estudante apresenta um domínio amplo e aprofundado dos conhecimentos e habilidades matemáticas, sendo capaz de resolver problemas complexos e utilizar estratégias avançadas de resolução.

Os resultados do SAEB em matemática podem ser utilizados para orientar políticas públicas na área educacional, identificar áreas de maior fragilidade no ensino e promover ações de melhoria. Além disso, as escolas e professores podem utilizar os resultados para adaptar suas práticas pedagógicas e acompanhar o progresso dos estudantes ao longo do tempo.

De acordo com D'Ambrósio (2010), a formação apropriada dos professores de matemática é crucial para superar esses desafios. Além disso, a falta de preparação adequada dos docentes é identificada    como uma das principais causas da continuidade de modelos antiquados de ensino da matemática, que contribuem para as dificuldades no aprendizado da disciplina.

Outra dificuldade é a falta de interesse dos alunos pela matemática, frequentemente considerada como uma disciplina árida e sem atrativos. Esse problema pode ser atribuído, em parte, à abordagem tradicional de ensino, que enfatiza a memorização de fórmulas e procedimentos em vez da compreensão dos conceitos.

Para superar essas dificuldades, é necessário investir em uma abordagem mais contextualizada e significativa do ensino da matemática, como a modelagem matemática, por exemplo.

Apresentando a Modelagem Matemática como metodologia a ser adotada.

Segundo Burak (1992), a Modelagem Matemática é um conjunto de procedimentos que busca estabelecer um paralelo para explicar, de forma matemática, os fenômenos do cotidiano humano, auxiliando na realização de previsões e tomadas de decisão. Acredita-se que a Modelagem Matemática pode contribuir para despertar nos alunos motivação e entusiasmo não apenas pela disciplina de matemática, mas também pela escola como um todo, substituindo os conteúdos trabalhados de forma linear, descontextualizada e fragmentada por uma prática crítica e reflexiva que leve em consideração o mundo real.

No desenvolvimento da Modelagem Matemática, o autor enfatiza a importância do interesse do grupo de estudantes e da obtenção de informações e dados do ambiente relacionados a esse interesse. (BURAK, 1998)

Assim, esclarece que:

A Modelagem Matemática constitui-se em um conjunto de procedimentos cujo objetivo é estabelecer um paralelo para tentar explicar, matematicamente, os fenômenos presentes no cotidiano do ser humano, ajudando-o a fazer predições e a tomar decisões (BURAK, 1992, p. 62).

Nessa perspectiva e em acordo com Burak (1998, 2004), para aplicar a Modelagem Matemática em sala de aula, é sugerido seguir 5 etapas:

  1. Escolha do tema - Nessa etapa, é selecionado um tema específico para a modelagem matemática. Esse tema deve ser relevante e interessante para os estudantes, de modo a despertar seu engajamento e motivação;
  2. Pesquisa exploratória - Após a escolha do tema, é realizada uma pesquisa exploratória para obter informações e conhecimentos preliminares sobre o assunto. Isso envolve buscar referências, coletar dados e explorar diferentes fontes de informação relacionadas ao tema;
  3. Levantamento do(s) problema(s) - Nessa etapa, os alunos identificam e formulam os problemas matemáticos relacionados ao tema escolhido. Eles analisam os dados coletados e buscam compreender quais questões matemáticas podem ser abordadas para resolver o problema.;
  4. Resolução do(s) problema(s) e o desenvolvimento do conteúdo matemático no contexto do tema - Os alunos utilizam os conceitos matemáticos relevantes para resolver os problemas identificados. Eles aplicam as ferramentas matemáticas apropriadas, desenvolvendo modelos e soluções para os desafios encontrados no contexto do tema escolhido;
  5. Análise crítica da(s) solução(ões) - Nessa etapa final, os alunos avaliam as soluções encontradas e analisam criticamente os resultados obtidos. Eles verificam se as soluções estão de acordo com o contexto real e avaliam a eficácia do modelo matemático desenvolvido. Essa análise crítica é importante para identificar possíveis melhorias e aprimoramentos na modelagem matemática;

Essas etapas propostas por Dionísio Burak visam promover uma abordagem ativa da matemática, envolvendo os alunos na resolução de problemas reais e relacionados ao seu cotidiano. Ao passo que os alunos passam por essas etapas, eles desenvolvem habilidades de investigação, pensamento crítico e aplicação dos conceitos matemáticos, tornando a aprendizagem mais significativa e contextualizada.

Neste trabalho, adotaremos a abordagem da Modelagem Matemática na Educação Matemática, defendida principalmente pelo Professor Dionísio Burak, tendo como objetivo explorar a temática "A reciclagem de papel na escola". Esse tema foi debatido pelos autores e decidido pelo grau de interesse e familiaridade.

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