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Jogos na Educação Matemática

Por:   •  7/2/2019  •  Artigo  •  5.143 Palavras (21 Páginas)  •  186 Visualizações

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Jogos na Educação Matemática

Cleide Josiane Honório Teixeira Leite[1]

Prof. Me. Maycon Adriano Silva [2]

RESUMO

            Relatando uma experiência realizada no ensino de polinômios em duas turmas de 8º anos do ensino fundamental na Escola Básica Municipal Rodolfo Berti, localizada no município de São Bento do Sul no estado de Santa Catarina.

            Este artigo visa mostrar a importância dos jogos na educação Matemática como forma de “concretizar” os conteúdos no intuito de um melhor aprendizado, Neste contexto, a formação educacional do aluno é de responsabilidade das instituições de ensino.

             A educação Matemática básica deve contribuir com uma preparação para o exercício da cidadania, cabendo à escola auxiliar o aluno, também a partir das aulas de matemática, o desejo de justiça, o respeito pelo outro e pelas diferenças e a valorização da dignidade, entre outros aspectos que dizem respeito a uma formação de valores que vai além dos conhecimentos específicos.

             Para não excluir o indivíduo da sociedade, devemos ensiná-lo a ser crítico. Uma Educação Matemática baseada no lúdico contribuirá intensamente para a formação de indivíduos capazes de promover mudanças na sociedade, para tal é de extrema importância investir na formação continuada de professores.

Palavras-chaves: Matemática, Jogos e Desenvolvimento.

INTRODUÇÃO

A Matemática faz parte da vida do ser humano desde o início da humanidade, e a Educação Matemática está intimamente ligada à formação cidadã dos indivíduos, nos dias atuais é um assunto que tem conquistado espaço nos mais diversos setores da sociedade porque é vista como algo importante no processo do desenvolvimento humano.

O professor que não utiliza meios para que seus alunos aprendam pode fracassar na difícil tarefa de construir o aprendizado, muitos estudantes têm uma grande dificuldade de assimilar coisas novas e ter um senso crítico diante de atividades simples, por isso o educador deve ligar os assuntos da matemática escolar a vida cotidiana dos alunos para que os mesmos não tenham tanta dificuldade em lidar com as formas sistematizadas dos conteúdos matemáticos, colocando-os a refletir, e melhorar suas habilidades matemáticas, só assim será possível uma sociedade mais igualitária, onde estudantes de classe sociais baixas possam competir com as classes mais elevadas.

 O ensino tradicional da Matemática, abordando conteúdos de forma sistematizada não prioriza o pensar, o questionar, apenas apresenta formulas que o aluno deve decorar, ficando assim a mercê da própria sorte, o que mantem a atual formação política e impede o desenvolvimento social dos indivíduos. A Matemática pode exercer um papel fundamental na exclusão ou inserção do aluno na sociedade mudando sua realidade.

  1. A MATEMATICA E O ENSINO TRADICIONAL

O ensino tradicional da Matemática onde o professor passa no quadro negro e os alunos tem que repetir até decorar é chamado de empirismo e segundo Becker (1994) é a doutrina segundo a qual todo conhecimento tem sua origem no domínio sensorial, na experiência. Neste processo o professor é o detentor do conhecimento e o aluno um sujeito que não tem a oportunidade de pensar por si próprio, o processo de ensino é mecanizado.  

As pessoas que se encontram em classes sociais menos privilegiadas, não tem o devido acesso à educação, elas só aprendem aquilo que lhes é útil ao trabalho que desenvolvem:

Vivemos uma conjuntura marcada por transformações profundas e contraditórias. O impressionante avanço das forças produtivas aumenta as possibilidades de prolongar e melhorar a vida humana, ao mesmo tempo que mutila e torna precária a vida de quase metade dos habitantes do planeta. Milhões de seres humanos, especialmente do Terceiro mundo, sofrem, ainda hoje, as consequências brutais da fome e de doenças endêmicas cuja cura já era conhecida desde a Idade Média. Mais de mil e duzentos milhões de adultos são violentados pelo horror político e econômico do desemprego estrutural, enquanto milhões de meninos e meninas são quotidianamente submetidos a maus-tratos e violência em um mercado de trabalho que os reduz a meros escravos, negando-lhes os mais elementares direitos humanos e desintegrando-os física, psicológica e afetivamente. (FRIGOTTO, GENTILI, 2002, p.9)

Apesar de a Matemática estar presente em toda a vida cotidiana dos alunos que desenvolvem atividades com sucesso fora da escola, o índice de reprovação nessa matéria é muito alto.

Minha pratica pedagógica tem mostrado que o aprendizado da matemática escolar tem se constituído em um problema sem perspectiva de solução para a vida acadêmica da maioria dos alunos embora muitos deles utilizem-se na sua vida cotidiana com sucesso. (THOMAZ, 1994, p. 43).

As pessoas que se encontram em classes sociais menos privilegiadas, não tem o devido acesso à educação, elas só aprendem aquilo que lhes é útil ao trabalho que desenvolvem:

O conhecimento matemático é um produto cultural, portanto, histórico e social, que vem se acumulando através do vir a ser da humanidade. Na nossa sociedade, o conhecimento matemático que está presente em toda a vida e dada a complexidade atingida socialmente, a matemática é cada vez mais exigida para o próprio cotidiano. Ocorre que a sociedade está dividida em classes, e a grande maioria das pessoas está marginalizada da possibilidade de apropriação do conhecimento. Só se apropriam desse conhecimento de uma forma parcial, assistemática e prático utilitária, já que têm que dar respostas eficazes e imediatas no seu trabalho. Na medida em que é dificultado o acesso à escola, o conhecimento que permeia toda a sociedade é parcialmente apropriado pelos indivíduos e reelaborados em função da necessidade de respostas colocadas na atividade de seu trabalho. Essas reelaborações, porém, não significam que sejam "outras matemáticas". São formas pelas quais os grupos sociais chegam a se apropriar do conhecimento que é elaborado pela humanidade. (GIARDINETTO, 1999, p.109).

Se a Matemática faz parte do nosso cotidiano, e foi justamente pela necessidade de contar, juntar, agrupar, dividir, construir e outras tantas funções que ela surgiu, porque é tão difícil aprendê-la na escola? A resposta talvez esteja na própria escola que não consegue trazer para as salas de aula situações comuns para os estudantes em suas tarefas de casa ou do trabalho que envolve a matéria.

As escolas são obviamente, planejadas para evitar que as crianças aprendam o que realmente as interessa, assim como servem para ensinar-lhes o que devem saber. Daí resulta que a maioria delas aprende a ler mas não aprecia a leitura, aprende seus algarismos e detesta a matemática, se tranca nas salas de aula e aprende o que bem entende nos saguões, pátios e lavatórios (REIMER,1979, p. 151).

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