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O Ciclo de crescimento econômico e inclusão social no Brasil

Por:   •  24/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.638 Palavras (15 Páginas)  •  164 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Em 2008, o Brasil passou por um ciclo de crescimento econômico e inclusão social. Mesmo no período posterior a 2008, no qual, com exceção de 2010, as taxas de crescimento do produto interno bruto (PIB) foram inferiores às do período anterior, não se observaram retrocessos nos ganhos obtidos em termos de renda per capita e de redução da desigualdade social. Os fatores que concorreram para o ciclo de crescimento econômico e a inclusão social envolveram as políticas sociais de redistribuição de renda e de valorização do salário mínimo, a expansão do crédito, a incorporação de um grande contingente de população ao mercado de trabalho e de consumo e um cenário externo de crescimento acelerado que impulsionou a valorização de commodities exportadas pelo Brasil no mercado internacional. O ciclo esteve, portanto, fortemente associado ao crescimento da taxa de ocupação e de participação e não parece ter sido acompanhado, na mesma proporção, pelo crescimento dos indicadores de produtividade. Em particular, os dados relativos ao período posterior à crise financeira de 2008 sugerem uma estagnação nos indicadores de produtividade. Quando se considera, ao lado desta breve análise, que os indicadores do mercado de trabalho revelam que o país praticamente alcançou o pleno emprego e que, por razões demográficas, a taxa de participação tenda a declinar no longo prazo, verifica-se que a sustentabilidade do ciclo de crescimento que marcou a economia brasileira ao longo da década de 2000 requer, a partir de agora, a elevação de seus níveis de produtividade. O objetivo deste trabalho é analisar a evolução anterior e recente do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil de 2008 a 2016, e também sobre a evolução da inflação no Brasil.

2. PIB Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu pelo segundo ano seguido em 2016 e confirmou a pior recessão da história. A retração foi de 3,6% em relação ao ano anterior. Em 2015, a economia já havia recuado 3,8%. Essa sequência, de dois anos seguidos de baixa, só foi verificada no Brasil nos anos de 1930 e 1931, quando os recuos foram de 2,1% e 3,3%, respectivamente. Em valores correntes, o Produto Interno Bruto Brasileiro chegou a R$ 6,266 trilhões em 2016, e o PIB per capita ficou em R$ 30.407 – uma redução de 4,4% diante de 2015.

A recessão brasileira se aprofundou no início de 2016. No primeiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto registrou queda de 0,3% em comparação com os três meses anteriores. Foi à quinta queda trimestral seguida do PIB brasileiro. Apesar da contração, foi o melhor resultado nessa comparação desde o quarto trimestre de 2014, quando o PIB cresceu 0,2%. Mas o dado está longe de ser considerado bom. Nos últimos quatro trimestres (período entre o segundo trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2016), a queda acumulada foi de 4,7% frente aos quatro trimestres anteriores  – a maior desde o início da série histórica, iniciada em 1996.

No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira continuou em queda. O Produto Interno Bruto brasileiro recuou 0,6% em relação ao trimestre anterior. É o sexto trimestre seguido de queda. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 1,5 trilhão. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o tombo foi de 3,8%. No primeiro semestre de 2016, o PIB acumulou queda de 4,6% e em quatro trimestres, de 4,9%.

No terceiro trimestre deste ano, a economia brasileira seguiu em queda. O Produto Interno Bruto recuou 0,8% em relação ao trimestre anterior. Foi à sétima retração seguida nessa base de comparação – a mais longa de toda a série histórica do indicador, que teve início em 1996. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 1,6 trilhão. De janeiro a setembro de 2016, o PIB registrou queda de quatro por cento em relação ao mesmo período 2015. Segundo o IBGE, essa foi a maior baixa para o período desde 1996. Já no acumulado dos quatro trimestres encerrados no terceiro trimestre de 2016, o tombo do PIB foi ainda pior, de 4,4%.

O último trimestre do ano também teve queda no PIB. A economia nacional retraiu 0,9% no quarto trimestre de 2016 frente ao terceiro trimestre, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Foi o oitavo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. A agropecuária cresceu 1,0%, enquanto que a indústria (-0,7%) e os serviços (-0,8%) recuaram. Na comparação com o quarto trimestre de 2015, o PIB sofreu contração de 2,5% no último trimestre de 2016, o 11º resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. Houve queda na agropecuária (-5,0%), na indústria (-2,4%) e nos serviços (-2,4%).

PIB Brasil 2015

A economia brasileira encolheu 3,8% em 2015 na comparação com 2014, segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Essa é a maior queda desde que a atual pesquisa do IBGE começou a ser feita, em 1996. Se forem considerados os dados anteriores do PIB, que começam em 1948 é o pior resultado em 25 anos, desde 1990 (-4,3%), quando Fernando Collor de Mello assumiu o governo e decretou o confisco da poupança.

Esta é a sétima vez que o Brasil tem PIB negativo desde 1948: 1981 (-4,3%), 1983 (-2,9%), 1988 (-0,1%), 1990 (-4,3%), 1992 (-0,5%), 2009 (-0,1%) e, agora, 2015 (-3,8%).

Em valores correntes, o PIB de 2015 ficou em R$ 5,9 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6% em relação ao ano anterior.

PIB Brasil 2014

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro fechou o ano em leve alta de 0,1%. Foi o pior resultado para a economia desde a queda de 0,2% em 2009, auge da crise econômica mundial. 

A soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país foi de R$ 5,521 trilhões em 2014. O PIB per capita fechou o ano em R$ 27.229, uma queda de 0,7% (em volume) em relação a 2013. 

O resultado de 2014 ficou abaixo do PIB de 2013 (que foi revisado para alta de 2,7%), mas superou a expectativa de analistas, que contavam com um resultado nulo. Só no quarto trimestre de 2014, a economia brasileira teve queda de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2013, mas subiu 0,3% em relação ao terceiro trimestre.

Entre os setores produtivos do PIB, a indústria registrou o pior desempenho, caindo 1,2% no ano. O setor agropecuário teve avanço de 0,4%, e os serviços subiram 0,7%.

O setor de serviços foi o que mais movimentou recursos ao longo do ano passado, responsável por R$ 901,4 bilhões. A agropecuária girou R$ 48 bilhões, e a indústria, R$ 279,6 bilhões. 

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