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Resumo Baseado No Texto De Roberto Da Matta O Modo De Navegação Social

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Por:   •  27/3/2015  •  859 Palavras (4 Páginas)  •  3.265 Visualizações

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Resumo baseado no texto de Roberto da Matta- O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”

”Entre a desordem carnavalesca, que permite e estimula o excesso, e a ordem, que requer a continência e a disciplina pela obediência estrita às leis, como é que nós, brasileiros, ficamos”? Qual a nossa relação e a nossa atitude para com e diante de uma lei universal que teoricamente deve valer para todos? Como procedemos diante da norma geral, se fomos criados numa casa onde, desde a mais tenra idade, aprendemos que há sempre um modo de satisfazer nossas vontades e desejos, mesmo que isso vá de encontro às normas do bom senso e da coletividade em geral?

Num livro que escrevi - Carnavais, malandros e heróis -, lancei a tese de que o dilema brasileiro residia numa trágica oscilação entre um esqueleto nacional feito de leis universais cujo sujeito era o indivíduo e situações onde cada qual se salvava e se despachava como podia, utilizando para isso o seu sistema de relações pessoais. Haveria assim, nessa colocação, um verdadeiro combate entre leis que devem valer para todos e relações que evidentemente só podem funcionar para quem as tem.

O resultado é um sistema social dividido e até mesmo equilibrado entre duas unidades sociais básicas: o indivíduo (o sujeito das leis universais que modernizam a sociedade) e a pessoa (o sujeito das relações sociais, que conduz ao polo tradicional do sistema). Entre os dois, o coração dos brasileiros balança. E no meio dos dois, a malandragem, o "jeitinho" e o famoso e antipático ”sabe com quem está falando”? “seriam modos de enfrentar essas contradições e paradoxos de modo tipicamente brasileiro”. Ou seja: fazendo uma mediação também pessoal entre a lei, a situação onde ela deveria aplicar-se e as pessoas nela implicadas, de tal sorte que nada se modifique, apenas ficando a lei um pouco desmoralizada - mas, como ela é insensível e não gente como nós, todo mundo fica, como se diz, numa boa, e a vida retorna ao seu normal.

Interpretação do texto

Roberto da Matta trata do paradoxo de tentar adequar uma lei universal ao jeitinho brasileiro. Inicialmente ele trata de questões típicas do ambiente brasileiro e imbuída de “brasilidade”. Em como podem valer, concomitantemente, regras antagônicas que se estende da desordem carnavalesca às leis que deveriam ser aplicadas a todos sem exceção.

A consequência é uma sociedade dividida entre duas unidades de organização social: o indivíduo, o qual se liga a leis universais que transformam a sociedade, e a pessoa, que guia ao polo tradicional do sistema – o sujeito das relações humanas.

Ressaltam-se como bons exemplos França, Inglaterra e Estados Unidos, países em que os legisladores não criam direito que contrariem os costumes, o bom senso e a razoabilidade, para não condenar a sociedade a entraves burocráticos e à própria corrupção do sistema. Condutas essas adversas e ilógicas ao corpo social brasileiro. Aqui, o Estado submete o indivíduo a relações aviltantes e exploratórias em que se cria um novo direito que muitas vezes vai de encontro à ordem social.

Lá, naqueles países onde o mundo constitucional e jurídico prevalece, formou-se uma justiça ágil e mantenedora dos fundamentos

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