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Trabalho de Literatura Moderna

Por:   •  18/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  917 Palavras (4 Páginas)  •  296 Visualizações

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   É possível dividir a obra de Graciliano Ramos de várias maneiras. Para melhor entendimento, optamos pela seguinte classificação:

1. Os livros mais importantes, publicados em vida ou póstumos:

Caetés (1933)

Caetés ed. especial 80 anos (2013)

S. Bernardo (1934)

Angústia (1936)

Angústia ed. especial 75 anos (2011)

Vidas Secas (1938)

Vidas Secas ed. especial 70 anos (2008)

Vidas Secas em quadrinhos (2015)

Infância (1945)

Insônia (1947)

Memórias do Cárcere (1953)

Viagem (1954)

Linhas Tortas (1962)

Viventes das Alagoas (1962)

Garranchos (2012)

Cangaços (2014)

Conversas (2014)

2. Os infanto-juvenis, que tiveram organizações diferentes, conforme seus editores:

A Terra dos Meninos Pelados (1939)

Histórias de Alexandre (1944)

Alexandre e Outros Heróis (1962)

O Estribo de Prata (1984)

Minsk (2013)

3. Os livros de correspondência:

Cartas (1980)

Cartas de Amor a Heloísa (1992)

4. Duas coletâneas de contos:

Dois Dedos (1945)

Histórias Incompletas (1946)

5. Um romance produzido coletivamente:

Brandão entre o Mar e o Amor (1942)

6. Duas traduções:

Memórias de um Negro (1940) de Booker T. Washington

A Peste (1950) de Albert Camus    

  São Bernardo

          [pic 1]

É uma característica típica não só em São Bernardo, mas também de todas as obras de Graciliano Ramos, a questão do narrador que se coloca como autor da sua própria memória e as obras são histórias sobre as frustrações vividas e somadas na vida desses narradores. Geralmente, o narrador é em primeira pessoa, que narra sua saga sob o seu ponto de vista, sobre as suas frustrações, seus problemas.

O próprio livro São Bernardo é uma obra que trata dessa questão de como que Paulo Honório, narrador de sua saga, tem dificuldades no início de escrever sua história, de encontrar alguém capaz de relatar as suas experiências. Ele decidiu escrever o livro porque não existia mais sentido na sua vida, por conta da soma das frustrações do seu passado, onde viveu em um meio muito brutal, em que havia a seca do sertão nordestino, que imprime na vida desse homem, muitas desilusões. A vida foi muito amarga e ele conseguintemente adquire essa característica.

O título da obra, São Bernardo, remete ao nome da fazenda que o narrador adquire graças a várias transações, até que tomou posse dessas terras, terras essas em que ele trabalhara durante sua fase infantil, e graças a uma série de situações ao longo da sua infância e adolescência; ele foi órfão muito cedo, teve que se virar da melhor forma possível dentro daquelas condições precárias e brutais do sertão, junto a escassez de recursos; ele teve que dar conta de sobreviver nesse meio, tão hostil, onde se passa a vida do sertanejo.

Apesar de conseguir posse das terras de São Bernardo e passar a administrar o local, havia um problema: para a sociedade da época, um homem não podia permanecer solteiro, sendo assim, mal visto. Logo, ele decidiu casar-se com Madalena, uma professora que logo após o casamento passa a trabalhar nas terras de São Bernardo, e vê que o tratamento que Paulo Honório dava aos trabalhadores, era de muita repressão, muita autoridade e desumanidade, afinal, Paulo não conheceu a face do amor, apenas a da brutalidade.

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