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A Aprendizagem Significativa Da Criança Com Síndrome De Down Na Educação Infantil

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Por:   •  25/11/2014  •  6.832 Palavras (28 Páginas)  •  614 Visualizações

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A aprendizagem significativa da criança com Síndrome de Down na Educação Infantil

Grupo: Florianópolis

Curso:

RESUMO

Temos a educação especial, como um tema de muita importância para a educação, assim destacamos que o objetivo deste estudo foi pesquisar a importância da educação especial para a formação e desenvolvimento de crianças portadoras de síndrome de Down. E como a aprendizagem é um processo complexo, a cerca do qual existem infinitas definições e conceitos, procuramos manter uma linha de trabalho, seguindo uma sequência, passando pelas etapas da educação infantil, descrevendo também a relação entre o cérebro e a linguagem. Para finalizar o trabalho é necessário enfatizar o papel da família para as aquisições e ressaltar, que em toda bibliografia pesquisada, a importância da família nos processos de construção da linguagem é citada.

Palavras-chave: Educação Especial – Síndrome de Down - Criança

INTRODUÇÃO

A síndrome de Down é um tema, cujo trabalhos de pesquisas surgiram há muitos anos, e a cada dia novos estudos surgem com propostas inovadoras sobre o assunto. No entanto, através de pesquisas realizadas sobre a evolução dos estudos sobre a síndrome, encontramos um fato muito interessante que é a imagem que a sociedade por muitos anos exigiu:

Na cultura grega, especialmente na espartana, os indivíduos com deficiências não eram tolerados. A filosofia grega justificava tais atos cometidos contra os deficientes postulando que estas criaturas não eram humanas, mas um tipo de monstro pertencente a outras espécies. (...) Na Idade Média, os portadores de deficiências foram considerados como produto da união entre uma mulher e o Demônio. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 3-4).

A criança com síndrome de Dowm foi considerada, por muitos anos, como a retardada, a incapaz e em algumas sociedades era até mesmo considerada como monstro ou filho do demônio. Infelizmente, atualmente, ainda, encontramos algumas confusões sobre o conceito de Down, que é confundido com deficiente mental, para ressaltar, destacamos que:

"A síndrome de Down é decorrente de um erro genético presente desde o momento da concepção ou imediatamente após (...)" (SCHWARTZMAN, 1999, p. 3).

De acordo com que descreve Schwartzman (1999), sabemos atualmente que a síndrome se trata de uma alteração genética e que os portadores da síndrome, embora apresentem algumas dificuldades podem ter uma vida normal e realizar atividades diárias da mesma forma que qualquer outra pessoa. Sabemos que a criança com síndrome de Down apresenta algumas limitações e precisa de condições especiais para aprendizagem, mais acreditamos, que estes, através de estimulações adequadas podem se desenvolver.

O interesse por este assunto surgiu a partir da descoberta das inúmeras possibilidades e habilidades dessa criança especial:

Um dos grandes objetivos da educação infantil é fazer com que a criança seja mais autônoma na sala de aula. Adquirir autonomia é interiorizar regras da vida social para que se possa conduzir sem incomodar o restante do grupo. (MILLS apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 23)

Este conhecimento é de extrema importância para conhecer sobre esse tema tão importante e também para estimular adequadamente a criança proporcionando-lhe um grande desenvolvimento.

1. A SÍNDROME DE DOWN

A síndrome de Down é decorrente de uma alteração genética ocorrida durante ou imediatamente após a concepção. A alteração genética se caracteriza pela presença a mais do autossomo 21, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos 21, possui três. A esta alteração denominamos trissomia simples.

No entanto, podemos encontrar outras alterações genéticas, que causam síndrome de Down. Estas são decorrentes de translocação, pela qual o autossomo 21, a mais, está fundido a outro autossomo. O erro genético também pode ocorrer pela proporção variável de células trissômicas presente ao lado de células citogeneticamente normais. Estes dois tipos de alterações genéticas são menos frequentes, que a trissomia simples.

Estas alterações genéticas decorrem de "defeito" em um dos gametas, que formarão o indivíduo. Os gametas deveriam conter um cromossomo apenas e assim a união do gameta materno com o gameta paterno geraria um gameta filho com dois cromossos, como toda a espécie humana. Porém, durante a formação do gameta pode haver alterações e através da não-disjunção cromossômica, que é realiza durante o processo de reprodução, podem ser formados gametas com cromossomos duplos, que ao se unirem a outro cromossomo pela fecundação, resultam em uma alteração cromossômica.

Estas alterações genéticas alteraram todo o desenvolvimento e maturação do organismo e inclusive alteraram a cognição do indivíduo portador da síndrome, além de conferirem-lhe outras características relacionadas à síndromes.

De forma geral, algumas características do Down são: o portador desta síndrome é um individuo calmo, afetivo, bem humorado e com prejuízos intelectuais, porém podem apresentar grandes variações no que se refere ao comportamento destes pacientes. A personalidade varia de indivíduo para indivíduo e estes podem apresentar distúrbios do comportamento, desordens de conduta e ainda seu comportamento pode variar quanto ao potencial genético e características culturais, que serão determinantes no comportamento.

1.1 ASPECTOS CITOGÊNICOS DA SÍNDROME DE DOWN

Recentemente concluiu-se que a trissomia do 21 livre é muito frequente e decorre de erros, que propiciam a formação de gametas com dois cromossomos 21 e normalmente é comum em mulheres de idade avançada:

Estudos recentes, com polimorfismos de DNA (sequência de DNA, produzidas, por enzimas de restrição e que passam de uma geração a outra) do cromossomo, estabelecem que aproximadamente 95 % dos casos resultam de não-disjunção na meiose materna. Destes 76 % a 80 % são erros no processo de meiose. Assim a não-disjunção na meiose materna é responsável por 67 % a 73 % de todos os casos de trissomia do 21 livre. (ANTONORAKIS; SHERMAN, apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 38).

Neste caso, a divisão incorreta gera uma célula com excesso de cromossomos e outra com falta.

A célula

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