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A CRITICA DO LIBERALISMO AO LIVRO DE GENESIS

Por:   •  7/9/2016  •  Ensaio  •  3.453 Palavras (14 Páginas)  •  580 Visualizações

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A CRITICA DO LIBERALISMO AO LIVRO DE GENESIS: Considerações sobre a crítica do liberalismo em relação ao livro de gênesis

Tiago BESERRA[1]

RESUMO

Este trabalho pretende fazer uma interpretação e analise do ponto de vista do liberalismo em relação ao livro Bíblico de Genesis, observando  ensino bíblico em relação ao vestuário cristão. Por meio de pesquisa em trechos bíblicos e livros específicos, vamos fazer uma analise do conceito bíblico que nos diz que devemos nos vestir com modéstia, pois este é um assunto que tem sido discutido com muita freqüência dentro das igrejas cristãs espalhadas por todo território nacional. Não quero aqui dizer qual é o tipo de vestimenta mais apropriada para os cristãos de hoje em dia me baseando em opiniões pessoais, mas sim quero mostrar e discutir os preceitos e princípios observados pelas Sagradas Escrituras para a vestimenta do crente.  

Palavras chave: Liberalismo, Criticismo, Escrituras, Genesis.

 “Vestuário e tudo o que o ser humano usa para se vestir, ou seja, o conjunto de todas as peças de roupas para vestir o seu corpo. (FONSÊCA, Salvador Moisés, Editora Regraf, Patrocínio – MG 1998).

INTRODUÇÃO

A Vestimenta dentro das igrejas evangélicas na nossa atualidade tornou-se um assunto polemico, pois muitos crentes argumentam a favor de um liberalismo em relação às vestimentas buscando mostrar que não estão presos a exigências conservadoras ou a tradições. Em contrapartida existe outro grupo de cristãos que defendem que o conservadorismo em relação à vestimenta e com isso surge um campo de batalha dentro de muitas igrejas evangélicas pelo país, pois seus membros não conseguem chegam a um consenso em relação à vestimenta e isso por muitas vezes acaba dividindo a igreja. Mas qual é o princípio para homens e mulheres se vestirem de maneira que não desobedeçam a Sagradas Escrituras e a assim não desagrade ao Senhor? A Bíblia nos oferece as diretrizes para discutirmos essa questão do vestuário, e assim sabermos que tipos de roupas nós podemos ou não utilizar.

  1. ENTENDENDO A CRITICA EM RELAÇÃO O PENTATEUCO.

O termo “Pentateuco”[2] é uma palavra que é utilizada para nos referimos aos cinco livros escritos pelo profeta Moisés (Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), porém para os liberais, não se pode destinar a Moises a autoria destes livros, isso porque ao colocar em xeque a autoria de Moisés eles acabam minando aquilo que conhecemos como a inspiração e inerrância das Escrituras. De modo geral os cincos livros que compõem o pentateuco também são conhecidos como Torá (lei de Moises). De início a Torá se refere a uma exortação dos pais (Pv 1.8; 4.3s) ou instrução do sacerdote (Ag 2.11ss), porém algum tempo depois a palavra assumiu outro significado “livro da lei” (Dt 4.44s). O Pentateuco é um conjunto de narrativas e mandamentos que se entrelaçam conforme o leitor discorre pelos livros que o compõem, esses mandamentos (leis), contudo, vem se encaixarem dentro do quadro histórico o que por sua vez acaba fazendo parte da histórica de Israel.  

Muitos estudiosos liberalistas questionam se os livros que compõem o pentateuco deveriam ou não fazer parte do cânon, assim desta forma eles fazem sérios questionamentos a métodos de exegese bíblica, a crítica literária, a história das fontes e tradições. E agindo assim muitos destes liberalistas acabam levando muitas pessoas da igreja a enveredarem por um caminho de antigas heresias contra o cristianismo e desta forma a ortodoxia acaba se distanciando da igreja e da fé das pessoas, que acabam passando a acreditar apenas naquilo que é cientificamente provável eliminados assim o sobrenatural do meio cristão.

  1. A Crítica do liberalismo com relação à autoria de Moisés.

O primeiro ataque do liberalismo em relação ao pentateuco é referente a questão que Moises não é o autor do Pentateuco, isso porque não é encontrada nenhuma citação na própria Bíblia que referencie ao próprio Moises a autoria desta parte das Escrituras. Segundo eles o que podemos afirmar é que Moises escreveu apenas algumas partes do pentateuco e não o pentateuco como um todo, isso pode ser verificado com clareza ao ler (Ex 24.4 e Dt 31.9,22ss.). Esse pensamento não é propriamente novo pois, esse assunto já foi motivo de acalorados debates dentro do cristianismo desde do início do mesmo, conforme Schmidt (1994, p.49) “Tal concepção encontramos explicitamente apenas no século I d.C. em Filo ou Josefo; mais tarde ela foi adotada pela Igreja Cristã”. Mas esse pensamento ganhou mais peso quando Baruch Spinoza[3] questionou a autoria mosaica em 1670, em seu Tractatus Theologico-Politicus, quando o mesmo expos seu ponto de vista que Esdras e não Moises escreveu o Pentateuco, isso porque a narrativa se encontra na terceira pessoa e não em primeira com seria o habitual se Moises a tivesse escrito, isto é, o autor do texto utiliza expressão “ele”, e não a expressão “Eu”; Spinoza também menciona o fato que não seria possível Moises ter registrado sua própria morte, conforme está registrado em Deuteronômio capitulo 34, desta forma Spinoza afirma que Moises não é o autor do Pentateuco. Já no século XVIII Jean Astruc[4] utilizando-se de métodos que já eram conhecidos pela comunidade cientifica de sua época no estudo dos Clássicos elaborou colunas paralelas e versos de acordo com o que o mesmo notou nas características definidoras do texto do Genesis. Desta forma ele observou que um versículo usava o tetragrama “YHWH” (Javé) ou o termo “Elohim” (que indica Deus), assim ele afirmou que o livro de Genesis e por consequência o Pentateuco tinha duas fontes literárias bem diferentes, as quais ele denominou de J (Javé) e E (Elohim). O mais interessante e que Astruc se viu como um defensor da ortodoxia, e sua intenção não era em nenhum momento negar a autoria de Moises e sim fazer uma defesa do mesmo. Porém o pensamento de Astruc foi seguido por muitos estudiosos alemães em 1880, onde o ambiente de intelectualidade era favorável a liberdade acadêmica e de posse desse estudo foram propostos quatro critérios com o intuito de isolar as fontes básicas para afirmar que o Pentateuco foi escrito por quatro pessoas diferentes: (J), Javé; (E), Eloísta; (P), sacerdotal e (D), Deuteronomica.  Esta posição foi afirmada principalmente por J. H. Wellhausen[5] que defendeu, alguns critérios que confirmaria que a autoria do Pentateuco não pertenceria ao profeta Moises.

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