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A Industria Cultural

Por:   •  8/12/2022  •  Relatório de pesquisa  •  994 Palavras (4 Páginas)  •  51 Visualizações

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Nomes: Gustavo Henrique. Guilherme Burlina, Gabriel Carvalho 3ºnovotec cozinha                                                                ProfºThamires                                                                                                                        

A cultura Brasileira é moldada primeiramente a partir dos indígenas que habitavam o brasil antes mesmo da chegada dos Europeus, com a chegada deles, a introdução de novas culturas começou a acontecer aqui, primeiro com a introdução da cultura europeia trazida pelos portugueses, depois, com o processo de escravidão houve a chegada da cultura africana as nossas terras, e após isso a chegada de outros povos europeus como os Alemães no sul brasileiro, Italianos no Sudeste e Nordeste entre outros.

Nossa cultura é extremamente diversa possuindo divergências claras de outras culturas tipicamente Brasileira, como por exemplo a literatura de Cordel, extremamente presente no Nordeste brasileiro, porém quase inexistente em outras regiões. Isso se deve a Industria cultural brasileira que ao se acomodar principalmente no Sudeste brasileiro, Região essa que teve às quatro primeiras sedes de companhias de televisões brasileiras, espalhou a cultura dessa região para as outras, porém quase não trouxe a cultura de outros estados, que com o decorrer do tempo fez com que a Cultura Sudestina fosse conhecida ao longo de todo o país, mas a cultura de outras regiões fosse conhecida somente pelos habitantes dela.

Isso também é um reflexo da concentração da burguesia no Sudeste devido a Oligarquia do café com leite no final do século XIX, burguesia essa que sempre deteve o controle das indústrias culturais Brasileiras, que sempre oprimiram culturas periféricas e de outras regiões, um Exemplo disso é o estilo musical funk, surgido nas periferias com influencia de ritmos de origem Africana, o estilo que consiste basicamente em relatos da vivencia periférica sempre foi taxado como um estilo de ladrão pela burguesia que controla as televisões brasileiras através da manipulação dos fatos mostrando apenas notícias negativas ao redor do ritmo e nunca o abordando como um tipo de lazer dos moradores periféricos, isso acarretou em um preconceito generalizado da população não-periférica com os ouvintes do funk, os taxando de criminosos apenas por ouvirem um ritmo de música especifico. Isso gerou uma serie de problemas sendo um dos mais marcantes os assassinatos de Mcs (cantores de funk) paulistas em por volta de 2010, 4 mcs assassinados e 2 baleados apenas por se expressarem através da música, a mídia ao saber disso noticiou os acontecimentos de forma com que parecesse que os cantores merecessem a morte apenas por cantar a vivência periferia que é muitas vezes cercada de crime, aumentando ainda mais o preconceito com o estilo musical e seus ouvintes.

Com o tempo os mcs acabaram mudando um pouco o estilo de suas letras para o chamado funk ostentação que consiste em relatar uma vida farta com comida, bebida, carros de luxo etc. como maneira de tentar idealizar uma vida melhor que definitivamente não está presente no cotidiano periférico, com isso à burguesia passou a consumir o ritmo que já não mais falava sobre o cotidiano sofrido mas sim sobre fartura. Fartura essa que sempre foi presente no cotidiano burguês, com o começo da popularização do funk no meio não-periférico, o funk começou a ganhar espaço na televisão, dessa não com notícias negativas, mas sim com mcs sendo chamados para participações de programas, reportagens positivas sobre a influencia do funk nos jovens, isso fez com que uma parte do preconceito deixasse de existir porem ainda sim existente. Tanto que no ano de 2017 houve-se um projeto de lei para tentar à criminalização dos bailes funk, que muitas vezes serve como um método de lazer para grande parte da população periférica, projeto esse que usava de argumento para a tentativa de proibição, a influencia negativa do funk nas crianças e adolescentes periféricos falando que o funk seduzia eles ao crime. quando na maior parte das vezes é ao contrário, a música serve de refúgio para os adolescentes que muitas vezes conseguem não só sustentar a casa com o funk, mas também obter uma melhora de vida significativa com ela, adolescentes esses que poderiam buscar a melhora de vida no crime.

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