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A Musicoterapia Não Inserida em Nenhuma Cultura

Por:   •  4/11/2018  •  Seminário  •  551 Palavras (3 Páginas)  •  134 Visualizações

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        A musicoterapia não pertence a nenhuma cultura, raça, país ou tradição étnica, e por ser comparativamente um campo novo, ainda não é entendida por muitos profissionais. Ela possui dupla identidade, como profissão e como disciplina, havendo assim diversos sentidos que refletem, dentre muitos fatores, as filosofias pessoais e as identidades profissionais. (BRUSCIA, 2000). Chagas e Pedro (2008) declaram que a musicoterapia surgiu por meio de interações interdisciplinares e casuais.

No Brasil essa terapia ocorreu através da aplicação de música, por educadores musicais, em crianças portadoras de deficiência, que encontraram consideráveis transformações nos universos relacionais dessas crianças. Na ótica profissional, essa terapia é entendida como um processo sistemático de intervenção. O terapeuta motiva o cliente a promover a saúde, usando experiências musicais e as relações que se estendem por meio delas, como forças dinâmicas de mudança, o que a torna essencial para uma interação terapêutica dentro de um contexto de situação real (BRUSCIA, 2000). A proposta da musicoterapia no contexto organizacional se justifica nas mudanças do cenário organizacional nos últimos anos, onde nos deparamos com vários desafios concorrentes, cujo foco das organizações é o resultado. Logo se percebe a necessidade da aplicação de estratégias alternativas dentro das organizações para auxiliar o trabalhador no fortalecimento individual e grupal, na melhora de sua qualidade de vida, e no desenvolvimento das relações de trabalho (CASTRO; TEXEIRA; SÁ, 2009; OLIVEIRA, 2009)

A musicoterapia nas últimas décadas do século XX,  exibiu como uma proposta nova, tentando se firmar e dar seus primeiros passos para adquirir um 3 status científico, apesar de ser aplicada como recurso terapêutico desde o início da civilização. Inicialmente com cunho mágico e posteriormente enquanto ciência. Os tratamentos iniciais, com a utilização da música, eram ocorridos ndividualmente ou em pequenos grupos, porém com pouco êxito, pois apareciam ligadas às tendências médicas da época e não aos conhecimentos anteriormente contraídos (COSTA, 1989)

Comparativamente definição de musicoterapia, frisam a necessidade da mesma ser vasto e inclusiva dos vários processos que foram surgindo em diferentes países, e da importância que o próprio desenvolvimento da profissão do musicoterapeuta teve na conceptualização da musicoterapia. Esta, enquanto profissão, organiza-se nos EUA a partir de 1950 (Pratt, 2004; Maranto 1993a). Em Portugal, o desenvolvimento da musicoterapia ocorreu do interesse demonstrado por diversos profissionais nas áreas da saúde mental e da educação especial (Gomes & Leite, 1993).

A musicoterapia acontece como uma estratégia que pode ser promotora de qualidade de vida aos sujeitos que se encontram internados. É um recurso terapêutico que visa atuar como uma estratégia facilitadora de cuidado, relaxamento, criatividade, espontaneidade, ludicidade, melhoria da qualidade do sono, diminuição da dor física e emocional, geração de sentidos e de qualidade de vida.

O carácter profiláctico da musicoterapia não é novo; desde os tempos mais primitivos que se verificou em várias culturas (Peters, 2000). Wigram, Pedersen & Blonde (2002a) referem a data provável de 600 D.C. como a data em que, pela primeira vez, é referido num tratado, Institutione Musica da autoria de Boécio, o poder terapêutico da música, cuja influência se espalhou por toda a Europa na Idade Média. Mais tarde, durante o período da Renascença, verificou-se uma integração da música na medicina. Nesta sequência, a música passa a ser prescrita também como forma de fortalecer as defesas emocionais e a resistência às doenças; doenças consideradas uma ameaça pelas grandes epidemias da altura (Tyson, 1981).

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