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ANÁLISE DOS PROBLEMAS SOCIO-AMBIENTAL RELACIONADO A ZONA DE AMBIENTE NATURAL (ZAN1), SETOR I, A QUAL CORRESPONDE AO PARQUE AMBIENTAL DE BELÉM

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Por:   •  4/3/2015  •  4.316 Palavras (18 Páginas)  •  690 Visualizações

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ANÁLISE DOS PROBLEMAS SOCIO-AMBIENTAL RELACIONADO A ZONA DE AMBIENTE NATURAL (ZAN1), SETOR I, A QUAL CORRESPONDE AO PARQUE AMBIENTAL DE BELÉM.

BELÉM, PA

2014

RESUMO

A zona de ambiente natural 1-ZAN1, setor 1, abrange á área do parque ambiental de Belém, onde o plano diretor a cidade traça objetivos e diretrizes para o setor, a qual estar ligado diretamente a população da capital e sua região metropolitana, pois na área ambiental encontra-se os lagos Água Preta e Bolonha a qual fazem o abastecimento de cidade de Belém e região metropolitana de Belém (RMB), e vários são os problemas referente a relação dos habitantes e a área ambiental, o crescimento demográfico, ocasionando ocupações irregulares e sem estrutura e uma aumento de consumo de água, pressionando o governo a fazer investimento nas área de abastecimento e saneamento básico.

PALAVRAS- CHAVE: Zona ambiente natural, ZANI, setor I e II, objetivos e diretrizes, problemas ambiental e social.

ABSTRACT

The area of natural environment ZAN1-1, Sector 1, covers the area of environmental park of Bethlehem, where the city master plan outlines goals and guidelines for the sector, which be connected directly to the population of the capital and its metropolitan area, as in the environmental area is the Black Water and Bologna lakes which make the supply of the city of Bethlehem and the metropolitan region of Belém (RMB), and there are several problems concerning the relation of the inhabitants and environmental, demographic growth, causing occupations irregular and without structure and an increase in water consumption, pressing the government to make investment in the area of supply and basic sanitation.

KEYWORDS: Natural environment, ZANI, Sector I and II, objectives and guidelines, environmental and social problems area.

RESUMEN

El área de medio ambiente natural ZAN1-1, Sector 1, cubre el área de parque ambiental de Belén, donde el plan maestro de la ciudad establece las metas y directrices para el sector, que se conecta directamente a la población de la capital y su área metropolitana, como en el área del medio ambiente son los lagos de agua Negro y Bolonia que hacen que el abastecimiento de la ciudad de Belén y de la región metropolitana de Belém (RMB), y hay varios problemas relativos a la relación de los habitantes y, el crecimiento demográfico del medio ambiente, causando ocupaciones irregular y sin una estructura y un aumento en el consumo de agua, presionando al gobierno para hacer inversiones en el área de abastecimiento y saneamiento básico.

PALABRA CLAVE: Zona de Ambiente Natural ZANI, Sector I y II, los objetivos y directrices, los problemas ambientales y sociales

“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome”

Mahatma Gandhi

INTRODUÇÃO

A Zona de ambiente natural1- ZAN1, setor 1, compreende a área do parque ambiental de Belém, a qual encontra-se os mananciais responsável pelo abastecimento da capital e região metropolitana de Belém, com influência do rio Guamá.

Construções e reformulação urbanística da capital do Pará na chamada Belle epoque, houve retirada dos cortiços e residências populares das áreas centrais de Belém, fazendo com que esses habitantes formassem nos novos bairros em áreas periféricas, surgindo favelas sem nenhum tipo de infraestrutura.

Houve uma imigração de pessoas de diversos lugares do país e até mesmo do estado para a construção da estrada de ferro Belém- Bragança, contribuindo para o crescimento demográfico da cidade e ocasionando a fundação das cidades ao longo da estrada.

O sistema de abastecimento e saneamento da cidade já era defasado para a grande quantidade de habitante, logo houve necessidade de investimentos no sistema de capitação e abastecimento de água para a capital. Antes o abastecimento se dava através de poços do Paul d’água para atender, localizado na avenida Governador José Malcher com esquina com a travessa.

Em 1907 o governador da época o excelentíssimo Augusto Montenegro deu inicio aumento e produção de água, com a captação dos lagos do parque e melhorando a canalização com enterramento de tubos. Ainda com o Major Interventor Magalhães Barata no ano de 1932, as obras continuaram com melhorias das instalações para distribuição e na qualidade da água foi construído uma canal Água preta na época conhecido como Yuna e ainda em 1945 na Interventoria de Magalhães houve remodelação do sistema de esgoto e abastecimento de água firmado em contrato entre governo e a empresa Byington & CIA, responsável técnica pelo desenvolvimento de tais atividades.

Vários foram os serviços executados para melhoria no abastecimento e saneamento de esgoto desenvolvido pelo poder publico, mas em todos os mento os serviços eram paliativos, houveram instalações de bombas para a captação de água do rio Guamá, houveram estudos de outras opções para captação de água, mas não deram resultado positivos devido diversas razões de como a distância quanto ao prazo de execução, ficando a melhorar proposta em investir no sistema atual e intensificar mais a captação de água do rio Guamá.

Esse crescimento demográfico de Belém e da Região Metropolitana de Belém ocasionaram também em grandes problemas ambientas afetando diretamente ou indiretamente o parque ambiental de Belém, com habitações em área próxima aos mananciais, desmatamento de áreas verdes em torno dos lagos, despejos de esgoto direto para os lagos, lixões a eu aberto contribuindo para contaminação do lençol freático que integra as fontes dos lagos a partir do chorume.

Foram criada áreas institucionais como a Universidade Federal do Pará (UFPA), Empresa Brasileira de Produção Agropecuária (EMBRAPA) e terrenos militares (Exército, Marinha e Aeronáutica), usadas como cinturões de contenção a expansão urbana e em dias atuais o prolongamento da Avenida João Paulo II que terá um papel similar, e ainda tratará o esgoto com bacias filtrante e áreas de educação sustentável a população da região. Essa áreas acabam criando conflitos entre moradores da área e governo publico, com retiradas de varias moradias em torno do parque.

A abordagem desse artigo é referente aos problemas socioambientais relacionado a Zona de ambiente natural 1 (ZAN 1), setor I a qual encontra-se o parque ambiental de Belém, pertencente da macrozona de Ambiente Natural do plano diretor do município de Belém sancionado através da lei Nº 8.655, de 30 de Julho de 2008. Onde a macrozona está dividida em três Zonas do Ambiente Natural (ZAN): ZAN 1, ZAN 2 e a ZAN 3, que compõem o Patrimônio Ambiental do Município de Belém, compreendendo os elementos naturais, artificiais e culturais localizados em seu território. Caracterizam-se pela presença de cursos. corpos d’água estruturadores das bacias hidrográficas do Município, áreas de preservação permanente, ecossistemas preservados, áreas e prédios de interesse à preservação histórico, arqueológico e cultural, assentamentos habitacionais e ocupações informais.

A Zona do ambiente Natural 1, corresponde à área delimitada pela APA -Belém e divide-se em dois setores 1 e 2. Setor I corresponde ao Parque Ambiental de Belém e o Setor II caracteriza-se pela existência de áreas verdes conservadas ao sul da área da APA–Belém, de bacias hidrográficas tributárias do rio Guamá, as quais iremos tratar em mais detalhes a seguir.

A Zona do Ambiente Natural 2 (ZAN 2) corresponde às áreas não urbanizadas das ilhas de Mosqueiro, Caratateua e Cotijuba, e subdivide-se nos Setores I, II,III, IV e V. Setor I situa-se na região nordeste e oeste da ilha de Mosqueiro compreende o Parque Ecológico da Ilha do Mosqueiro, Setor II situa-se na parte centro-sul da ilha de Mosqueiro, Setor III situa-se ao sul da ilha de Mosqueiro, abrangendo a ilha de São Pedro, Setor IV situa-se na porção nordeste da ilha de Caratateua, abrangendo as comunidades do Fama e Tucumaeira, Setor V situa-se ao norte e a leste da ilha de Cotijuba.

A Zona do Ambiente Natural 3 (ZAN 3) é representada pelas demais ilhas do Município, caracteriza-se pela expressiva área de várzea, existência de comunidades ribeirinhas e sem formação de núcleos urbanos.

O setor 1 da ZAN1, corresponde ao parque ambiental de Belém, possuindo uma área de 1340 hectares, e estar situada no município de Belém do estado do Pará localizada na região norte do Brasil, nas coordenadas geográficas 01o 23’S e 48o 23’W, sua localização neste município situa-se ao sul do limite do bairro do Sousa e do bairro Castanheira e a leste do limite da parte urbana do bairro Curió-Utinga na região metropolitana situa-se ao sul do limite do bairro Guanabara e do bairro Aguas Lindas e a oeste do bairro do Aurá

Mapa 01: Localização do Parque Ambiental de Belém

O Parque Ambiental de Belém e caracteriza-se pela presença dos lagos Água Preta com área: 3.116.860m² e volume: 9.905.000m³ , aproxidamente 10 bilhões de litros de água e Bolonha com uma área: 577.127m² e o volume: 1.954,000m³ , aproximadamente 2 bilhões de litros de água e significativas áreas de floresta. ), são responsáveis pelo abastecimento de 1.800.000 milhão de pessoas, o que corresponde a 90% da população metropolitana, através da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), o Parque ainda recebe em seu espaço o Exército e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que utilizam a área para desenvolver atividades e pesquisas, a Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA e Universidade Federal do Estado do Pará-UFPA, essas áreas institucionais foram implementadas no inicio da década de 40, a extensão dos limites da primeira légua patrimonial do município de Belém, e acaba sendo um cinturão institucional

IMAGEM 01: LAGO ÁGUA PRETA

O plano diretor tem como objetivos para o setor I da ZAN 1:

I- conservar os ecossistemas existentes;

II- implementar mecanismos que garantam a recuperação das áreas degradadas induzidas pela pressão urbana sobre o Parque Ambiental de Belém;

III- promover o desenvolvimento de atividades voltadas ao ecoturismo.

E como diretrizes da ZAN 1 – Setor I:

I- viabilizar ações de recuperação e conservação dos lagos Água Preta e Bolonha;

II- promover a recuperação das áreas degradadas, conservando a biodiversidade existente;

III- promover o remanejamento da população presente na área do Parque

Para uma viabilização ações de recuperação e conservação dos lagos Água Preta e o Bolonha, necessita de uma análise dos problemas entorna dos mesmos, com grande influências nos lagos temos o rio Guamá, que é um dos afluentes do rio Pará, e tem 700 km de extensão, Nascendo na Serra dos Coroados, seguindo em direção Sul-Norte até a cidade de Ourém na margem direita, seguindo para Oeste, ao encontro com o rio Capim. sua primeira cachoeira estar localizada a 225 km de Belém, na foz, Baía dos Guajará, atinge 900 m de largura, as marés empurram a água turva e barrenta do estuário Guajará (do rio Pará) para dentro do rio Guamá, onde muitos desses sedimentos suspensos são providos de regiões geológicas diferentes, dos cursos superiores do amazonas com certos afluentes e do sistema fluvial do rio Tocantins e com as águas desses rios, são transportadas até o Pará, e ainda com efeito das marés no rio acaba ocasionando altos teores de salinidade e com tudo em alguns períodos apresenta uma péssima situação bacteriológicas.

Com influências de Paris onde ocorreram as ações “modernizadoras” a qual aconteceram entre os anos de 1853 e 1870, período em que o barão Haussmann promoveu uma grande reforma urbanística na cidade, o Intendente Antônio Lemos (1897-1911). promoveu várias mudanças na cidade de Belém tendo o saneamento e a estética como frentes de intervenção , o poder público municipal perseguiu a construção do “moderno” e do “belo” como podemos exemplificar: o quiosques, praças e avenidas e executou demolições das barracas e os cortiços, “arcaico” e do “feio”. Todo o “progresso” a ser experimentado na Belém a desejada “Belle Époque” tinha área definida o centro da cidade, onde habitava e circulava a elite local contrastando com os pobres, e deveriam sair, para a progressiva “higienização” do espaço citadino. O propósito era o de promover sinais de civilização nos trópicos através da constituição de espaços para degustação visual da classe rica e seus visitantes repassando o conceito de uma cidade de primeiro mundo “civilizada” e com isso abandonando para um plano secundário as graves questões sociais. Tudo isso ocasionou em deslocamento da população pobre do centro para uma periferia, formação de novos bairros e contribuindo para construções irregulares e sem infraestrutura de água e saneamento, com as mudanças e novas obras na capital houve atração de pessoas de outro lugares ocasionando o aumento populacional.

No período de 1940 a 2000 teve como maior responsável para o crescimento populacional a construção da estrada de ferro Belém-Bragança, atraindo mão de obra de outros estado e das regiões próximas, esses trabalhadores começaram a fazer ocupações ao longo a estrada ocasionando o aparecimento dos municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Isabel e Castanhal compondo a região metropolitana atual e ainda inchando os novos bairros de Belém, assim ocorrendo ocupações em áreas não adequadas a construção de moradias, onde se destacam os pontos próximo aos principais cursos d’água da região metropolitana de Belém(RMB), (Tucunduba, Una, Aurá, etc.), essas áreas eram menos valorizada e sem recursos básicos, ocorrendo a contribuição na expansão do sítio de Belém conforme gráfico 01

Gráfico 01: Crescimento populacional de 1940 a 2010

Fonte: IBGE(1940, 2000, 2010)

A expansão urbana está relacionada diretamente ao diferenciado nível de desenvolvimento econômico e demográfico devido ao crescimento da industrialização e urbanização em países em desenvolvimento segundo Bordalo (2006).

Com aparecimento de industriais, empresas e o crescimento da população há o aumento da demanda urbana, aumentando o consumo de água, onde antes era áreas rurais agora estar dentro da malha urbana.

1950 1963 1979 1995/2010

Figura de expansão urbana nos últimos 60 anos

Fonte: Prefeitura Municipal de Belém.

Com o crescimento da capital do Pará e de sua região metropolitana houve uma pressão sobre os recursos básicos para população: saúde, educação, segurança e saneamento, no caso de nosso estudo o recurso hídrico foi intensamente solicitado e os mananciais de abastecimento de água da RMB, os açudes Bolonha e água Preta começaram a sentir as mudanças no uso do solo e ocupações urbanas em áreas não adequadas próximas ou com influência direta ou indireta nos cursos d’água, através de produção de dejetos e substâncias nocivas a qualidade da água.

Uma foto que deve ser levado em conta no contexto urbano em relação a escassez da água é motiva pela a hipérbole no consumo habitacional e industrial e a expansão da área urbana, o que resulta na impermeabilização da superfície do solo prejudicando o grau de adsorção de água interferindo direto nos mananciais.

Com o aumento de consumo doméstico e industrial através da ampliação da rede geral de abastecimento, geral pressão sobre os recursos hídricos, promovendo investimentos no sistema de abastecimento de água,

MAPA 02: O PARQUE AMBIENTAL E AS ÁREAS URBANAS NAS PROXIMIDADES

MAPA 03: Área de proteção ambiental (APA) de Belém, as setas indicam habitações , nas proximidade dos mananciais

Fonte:Google imagens

Gráfico 02: Projeção Populacional nos anos de 2004, 2005, 201 e 2025

Gráfico 03: Projeção Consumo de água, anos de 2004, 2005, 201 e 2025

O desenvolvimento urbano elevado, sem um crescimento das infraestruturas de caráter urbanístico e sanitário, sem implantação de coleta e tratamento de esgotos sanitário, canalização de rios e preservação de nascentes e mata auxiliar, vem agravando os impactos socioambientais, afetando diretamente no ciclo hidrológico, a diminuição na área de cobertura vegetal original entorno dos mananciais e pela exploração de maneira irregular de materiais para construção civil e implantação de cemitérios e de lixões a céu aberto. Com o avanço rápido do desmatamento das áreas ambientais afetando a biodiversidade, ocasionando erosão superficial do solo gerando o aumento do assoreamento das margens e cabeceiras dos lagos.

Os lixões nos bairros da RMB e principalmente o lixão do Aurá são grandes problemas ambientais.

O planejamento para o projeto de biorremediação do local que funciona como depósito de resíduos produzido por Belém e sua região metropolitana, ocorreu em 1984, no de 1990 foi executado precipitamente com o recebimento de rejeitos, sem estar completamente adequado

Nos lixões tem as características, nível d’água próximo à superfície, presença de solo mole, cabeceira de drenagem, contígua a cemitério, sendo impróprio criar um as proximidades de áreas ambientais e de mananciais. No caso do Aurá não foi feito a impermeabilização da superfície do solo a qual impediria que o chorume produzido (resultado da decomposição da matéria orgânica) fosse absorvido pelo solo e escoesse em direção à bacia hidrográfica do rio Aurá, que desemboca no rio Guamá a aproximadamente 150 metros da estação de captação de água responsável pela regularização dos lagos Bolonha e Água Preta.

Ao longo do tempo a população vem tomando áreas próximas as zonas de ambiente natural, com construções inadequadas sem nenhuma estrutura urbanística e sanitarista incidindo diretamente na natureza. A partir de 1984 o estado começou a intervi com medidas e decretos, através do então governador Jader Fontenelle Barbalho baixo dois decretos: o de nº 3.251 que em seu Art.1º declara de utilidade pública para os fins de desapropriação, a área de proteção sanitária, lago do Bolonha e Água Preta, em Utinga com dimensão de 1.598 ha, englobando parte de Belém e Ananindeua e o decreto nº 3.252 que define em seu Art. 1º, como área de proteção especial para fins de preservação dos mananciais da região metropolitana de Belém, os terrenos que integram as bacias hidrográficas e a área de proteção sanitária dos lagos em Utinga com aproximadamente de 1.825,20ha e 1.598,10ha.

A discussão cada vez mais pertinente em relação as habitações próxima dessas áreas de proteção, tomam mais forças em 1990 com fórum e outras atividades relacionado a ocupações que podem a vim a contribuir diretamente ou indiretamente para o comprometimento do sistema de abastecimento no modo geral, ocasionando na criação de área de proteção ambiental dos mananciais de abastecimento de água de Belém e da RMB (APA), implantada oficialmente no dia 3 de maio de 1993, através do decreto estadual nº 1.551, possuindo área de 10.000ha, dentro da APA foi criado o parque ambiental de Belém, através do decreto de lei 1.552 do dia 3 de maio de 1993, com área total do parque 1.340ha.

A Constituição Federal estabelece com o artigo 225 o “meio ambiente ecologicamente equilibrado” como direito dos brasileiros, “[...] bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida”, também atribui ao “Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (QUINTAS, 2004).

A APA - Belém tem dois principais objetivos: assegurar a que água seja potável nos mananciais que abastecem a Região Metropolitana de Belém (RMB) por meio da restauração e da manutenção da qualidade ambiental dos lagos Água Preta e Bolonha, do rio Aurá e respectivas bacias hidrográficas; e implementar a educação ambiental comunitária.

Fonte: Redação Portal ORM, Foto: Rodolfo Oliveira/Ag. Pará

Ainda em relação a criação da Área de proteção Ambiental, gerou muitas divergências entre populares e o poder público, pois como foi conduzido o processo, a qual não levou em consideração as pessoas que ali viviam, reforçando a criação de fóruns de discussão do problema instalado na região.

As habitações já se encontravam a mais de 30 anos nesses locais, a APA levou 10 anos para sair do papel de 1993 a 2003, e ainda se deu de forma arbitrária. Forram desapropriadas por volta de 882 residências e ainda faltariam cerca de 311. Alguns moradores não aceitaram a maneira como foi avaliada a sua residência pela companhia de habitação do Pará (Cohab)

Foi discutido através de um encontro promovido pelo fórum dos lagos no dia 23 de março de 2003, consolidando o movimento e integrou novas entidades de Bairros do entorno. Com intuito de reforçar a importância da preservação da área e as possibilidades de melhor convivência entre famílias e o meio ambiente naquele espaço.

Com o decorrer do tempo até os dias atuais, o sistema de abastecimento não atende somente a capital do estado, e sim a outros municípios que pertencem a região metropolitana de Belém como: Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Barbara, e Santa Isabel do Pará, onde todos utilização o sistema de forma subterrânea eu superficial, chegando a uma área total de 1.819.337 km².

Esses problemas já existem desde a época colonial no município de Belém e da RMB, que assombram o poder publico quanto a sociedade, na época colonial com baixo índice demográfico bastava alguns poços, do Paul d’água para atender a população, localizado na avenida Governador José Malcher com esquina com a travessa Piedade (FEITOSA, 1994).

O poder público já vem estudando e executando ações que viesse a suprir as necessidades de saneamento, drenagens e abastecimento de água da época. Em 1907 o governador atual desse período o Dr. Augusto Montenegro deu inicio a ampliação do sistema de abastecimento de água da capital, aumentando a produção, captação de água do Utinga, assim como melhorando a canalização, enterrando a rede de tubos (FEITOSA,1994).

Após 25 anos o Major Interventor Magalhães Barata deu prosseguimento as obras no Utinga, em janeiro de 1932, podendo-se perceber que as condições do abastecimento e distribuição de água à cidade foram melhoradas, não havendo mais deficiência do precioso líquido, embora ainda a rede geral se ressinta de imperfeições devidas ao estado do material antigo que ainda compõe a infraestrutura Houve para isso a construção do canal de Água Preta, denominado na época como Yuna.

Por volta de 1945, concomitante a na segunda interventoria de Magalhães Barata tem início as obras de completa remodelação dos sistemas de esgoto e abastecimento de água, para tanto em 19 de abril de 1945 é feito contrato entre o Governo do Estado do Pará e a firma Byington & CIA, responsável técnica pelo desenvolvimento de tais atividades. (FEITOSA, 1994).

Com o crescimento demográfico sentiu a necessidade de aumentar ainda mais a capitação de água com instalação de uma bomba de recalque para bombear água do rio Guamá a poucos dos lados do Utinga, os lagos somente em época de estiagem não atendia a demanda. Em 1968 procedeu-se a ampliação da capacidade de bombeamento, agregando outro sistema de bombas e aumentando o diâmetro da adutora entre o Guamá e o Utinga. (IDESP, 1991).

Segundo a COSANPA através de cálculo de sua equipe técnica, a Área Metropolitana de Belém já no ano de 1980 teria uma deficiência de água de 1,83 m³/s. Em 1985 este déficit aumentaria para 3,24 m³/s. Isto já pode ser observado naquele momento, pois já existia falta de água em muitas regiões, fato que seria agravado com a estiagem. (COIMBRA e SOUZA, 1979).

Com a divulgação dos resultados pela COSANPA, foram traçados plano de ações para melhorar o sistema com medidas alternativas econômicas e técnicas, que correspondesse a uma demanda de 6m³/s que amenizaria as necessidades até 1986, o intuito era alcançar um atendimento maior até o ano de 2000.

Pela sua localização geográfica o rio Guamá era uma alternativa muito boa, pois tem um grande potencial hídrico para abastecimento de Belém, porém o mesmo sofre grande influencia das marés, ocorrendo altos teores de salinidade e alguns momentos uma péssima condição bacteriológica, partindo para outras possibilidades como: rio Caraparu; rio Benfica; rio Acará e águas subterrâneas ( COIMBRA E SOUZA, 1979).

Várias questões foram analisadas, as distancias desses rios em relação a capital, condições fluviométricas de potencial abastecedor, topografia da região, mobilização para implantação das obras e as dificuldades acarretariam em longos prazos de execução, necessitaria de mais estudos para complementar os dados, esses fatores acabaram sendo negativos para tal urgência da época.

Optou-se pelas melhorias e expansão do sistema Utinga já existente ficando economicamente viável. Como já se utilizava o rio Guamá acoplado a um sistema de abastecimento (Água Preta e/ou Bolonha), já garantia 3 m³/s, as execuções das obras teriam menores prazos, com um grande potencial abastecedor quase ilimitado, ficando garantidas as demandas futuras e as próximas etapas; as restrições existentes ou as futuras são contornáveis.

Em dias atuais com influência diretamente no parque ambiental do Utinga e na população de vive em torno da área ambiental é o prolongamento da Avenida João Paulo II que terá sua extensão em torno do parque, podendo afetar diretamente o meio ambiente, devido a isso Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), assumiu compromisso de construir um sistema de proteção sanitária do parque do Utinga.

Em fevereiro de 2014 houve a reunião do conselho do parque, onde a COSANPA apresentou o projeto da construção de um sistema de esgoto sanitário e abastecimento de água para os bairros das proximidades do parque. A Avenida João Paulo II será condutor e coletor do sistema dos bairros do Castanheira, Cabanagem e Guanabara, tratando os lençóis freáticos que desaguam no parque, mas atualmente estão carreando também esgoto aqual é lançado pela população que vive ao redor do parque, serão varias as medidas compensatórias como a construção de um muro ao longo da via, um centro de recebimento e triagem de animais silvestres, jardins filtrantes para desinfecção das águas servidas, ainda será aproveitada as áreas remanescente para atendimento socioeducativo e lazer.

Fonte: Governo do Estado do Pará- Ação Metrópole

A via será limite entre a área protegida e os bairros qual se encontra ao em torno do parque, sendo uma barreira física de proteção de toda área verde, lagos e sua biodiversidade. Os lagos Bolonha e Água Preta são artificiais e dependem muito mais da água bombeada do rio Guamá pela Cosanpa do que os cursos d’águas do seu entorno, existem oito áreas remanescentes com estruturas de Jardim Botânico, a qual serão protegidas e reintroduzidas as coleções florísticas do local e as frutíferas identificadas na supressão vegetal servirão para dar suporte à vida silvestre do entorno do Parque.

Mais um ponto positivo que devem ser levado em consideração é o a modernização da tecnologia do processo de mudança dos serviços de bacias de detenção, , que busca a integração do processo de desinfecção das águas com o meio ambiente através de plantas, conhecido como jardins filtrantes.( SEMMA, 2014)

CONCLUSÃO

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