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Celebrando a vida

Por:   •  17/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  123 Visualizações

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Dança – celebrando a vida

 “Mudar é fácil quando você se aceita plenamente 
como é agora, em vez de tentar mudar 
através do esforço e julgamento.”
(Joseph Bailey)
  

      Há tempos tenho um grupo de meditação que se chama Escola de Iluminação.
Nesse grupo trabalhamos a iluminação do momento, um estado corporal e do coração (não-mental) de extrema alegria e fidelidade no aqui e agora.

     Esse estado é obtido através das meditações que envolvem dança, movimentos e silêncio.
A dança é uma linguagem bastante antiga, mas foi muito esquecida em nosso mundo “moderno”. No passado ela era praticada como forma de alcançar a eternidade e a alegria em quase todas as culturas.
O homem, o Homo sapiens, segundo vários registros, dança há pelo menos 50 mil anos e por muito tempo fez disso uma prática diária.

      Em nossa sociedade valoriza-se muito a tristeza. Por exemplo, se você está andando na rua, cabisbaixo, chorando, é bem possível que alguém tente consolá-lo. Agora, se começar a dançar na rua, provavelmente será julgado louco, a sociedade irá prendê-lo. 

     Em nossa cultura as pessoas alegres acabam incomodando, porém toda criança já nasce com a dimensão da alegria, da celebração. As crianças nascem assim: rodando, dançando, girando no mesmo lugar, que também é um tipo de meditação praticada por mestres sufis. 
     A criança nasce
 absolutamente inteira, por isso é bonita. Quando ela tem raiva, é tão inteira nesse sentimento que se torna bonita.

Quando está feliz, ela é inteira. Quando fala, é inteira. Quando pergunta “por quê?” “por quê?” “por quê?”, ela é inteira. Por isso é difícil controlar uma criança, ela tem liberdade, que com o tempo nós perdemos. 

     Quando eu era criança me acordavam às 7 horas da manhã, com o dia frio, dizendo: “Acorde! Vá estudar”. Eu queria continuar dormindo. O cobertor e a cama quentinha... Eu queria dormir, mas me acordavam. À noite eu queria olhar a lua, as estrelas, namorar, paquerar, mas vinha alguém e dizia: “Vá dormir, está na hora”.
Sinto que isso já aconteceu com você. Não é culpa dos pais. É a “mãe cultura”.

     A criança quer dormir, mandam que acorde; ela quer acordar, pedem para que durma. Nós nascemos com o sabor da liberdade, aí vem à sociedade, a religião, a família, e cortam essa liberdade. Qual criança que ao ver um dia de sol já não perguntou: “Mãe, posso brincar? Pai, posso brincar?”. “Não, vá estudar!”. E a criança ouve uma quantidade de “nãos” absolutamente grandes na vida: “não pode”, “não pode”, “não pode”. Portanto, vamos perdendo esse êxtase, a alegria, a dança, a liberdade. 

     No dicionário podemos encontrar dez vezes mais palavras que expressem emoções de tristeza, como depressão, medo, chateação, aborrecimento, do que as que expressam alegria, felicidade, bem-estar, contentamento.

     Para recuperar essa capacidade de êxtase, um dos caminhos é a dança educativa, criada por Rudolf Laban. É uma dança para você, para o dançarino, diferente do balé, em que se fazem movimentos estudados. No caso de Laban, você dança para você, fecha a porta do seu quarto e dança. É tão simples, mas eficaz. 
Podemos perceber que quando jovens e adolescentes “saem” para dançar encontram esse estado de êxtase, pois a dança é uma porta para a felicidade que nos coloca em contato com o sentir, com o coração. Você é feliz no momento da dança. Existe até um texto de um mestre sufi chamado Kabir que diz:

     “Dance, meu coração! Dance hoje com alegria.
As formas do amor enchem os dias e as noites de música, e o mundo ouve a melodia
Loucas de alegria, a vida e a morte dançando ao ritmo dessa música.
As montanhas, o mar e a terra dançam. O mundo do homem dança em riso e lágrimas”.

     A dança de Laban envolve oito movimentos:

     primeiro deles é o de socar, ou arremeter: você soca com as mãos, com a cabeça, com as pernas, os pés, com o corpo todo. Isso nos proporciona uma catarse, em que jogamos para fora muitos lixos que temos no corpo. Nesse exercício, use músicas fortes.

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