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Deficiencia Intelectual

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Por:   •  11/6/2014  •  2.504 Palavras (11 Páginas)  •  756 Visualizações

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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU ATRASO COGNITIVO

Marcelo Cardoso Barbosa

Professor: Arley Souza

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Informática (LIN0164/1) – Educação Inclusiva

24/11/2013

RESUMO

O presente trabalho propõe uma reflexão sobre Deficiência intelectual ou atraso mental, que é um termo que se usa para identificar certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social. Esse trabalho tem como objetivo mostrar as limitações provocadas na aprendizagem e no desenvolvimento pessoal. É possível que algumas pessoas não consigam aprender algumas coisas como qualquer pessoa que também não consegue aprender tudo.

Palavra-chave: Deficiência intelectual, atraso mental.

1 – INTRODUÇÃO

Este trabalho visa analisar o relevante papel da Educação no desenvolvimento dos indivíduos e das sociedades e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos responsáveis e participativos. Vive-se numa época marcada pela competição, onde os progressos científicos e tecnológicos definem o futuro dos jovens no mundo do trabalho. Tal demanda leva a pensar na efetivação dos alunos deficientes intelectuais no ensino comum, ou seja, de que forma vem acontecendo à inclusão educacional diante deste contexto? A capacidade de argumentação dessas pessoas também pode ser afetada e precisam ser devidamente estimulada para facilitar o processo de inclusão e fazer com que a pessoa adquira independência em suas relações com o mundo. As causas são variadas e complexas, sendo a genética a mais comum, assim como as complicações perinatais, a má-formação fetal ou problemas durante a gravidez. A desnutrição severa e o envenenamento por metais pesados durante a infância também podem acarretar problemas graves para o desenvolvimento intelectual. O Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das crianças brasileiras com algum tipo de deficiência intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem escolar e na aquisição de novas competências, se comparada a crianças sem deficiência. Mesmo assim, é possível que a grande maioria alcance certa independência ao longo do seu desenvolvimento. Apenas os 13% restantes, com comprometimentos mais severos, vão depender de atendimento especial por toda a vida.

2 – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU ATRASO COGNITIVO

A Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo é uma deficiência que costuma apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as ações de autocuidado. O conceito de Deficiência intelectual passou no decorrer dos anos por diversas definições e terminologias para caracterizá-la, tais como: Oligofrenia, Retardo mental, Atraso mental, Deficiência mental, etc. De acordo com Krynski et al. (1983), esse tipo de deficiência é um vasto complexo de quadros clínicos, produzidos por várias etiologias e que se caracteriza pelo desenvolvimento intelectual insuficiente, em termos globais ou específicos.

A deficiência intelectual se caracteriza também por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população. Esta é uma nova classificação e tem importantes implicações para o sistema de prestação de serviços para pessoas com esse tipo de deficiência. A maneira anterior de classificação fazia referência aos elementos diagnósticos da deficiência mental. Assim, a utilização de um único código de diagnóstico de deficiência mental se afasta da conceituação prévia amplamente baseada no QI, que estabelecia as categorias de leve, médio, severo e profundo. Deste modo a pessoa era diagnosticada como deficiente mental ou não, com base no comprometimento dos três critérios de: idade de instalação, habilidades intelectuais significativamente inferiores à média, limitações em duas ou mais das dez áreas de habilidades adaptativas estabelecidas.

A história da humanidade sempre foi marcada pela segregação e exclusão econômica, política, social e cultural das pessoas com deficiência, afetando, principalmente aquelas pertencentes às classes exploradas. As pessoas com deficiência mental também compõem a totalidade social e, desta forma, vivenciam as contradições que são produzidas historicamente. O deficiente intelectual parece sempre uma criança quando assim é tratado. E assim, é tratado porque a aproximação dos modos de agir culturalmente, estabelecidos para cada idade não se dá de forma espontânea, em nenhum sujeito e quando fala-se dos deficientes intelectuais é mais complicado ainda. As limitações são da ordem do biológico e da ordem do cultural. Vigotsky (1989) é claro quando diz que “a capacidade não é uma função íntegra, mas uma serie de funções e fatores diferentes que estão unidos num todo” (p.127). E diz mais, é preciso criar instrumentos culturais (signos) especiais, que consigam tirar o deficiente do desenvolvimento limitado das funções superiores.

Segundo D’Antino, a definição e deficiência mental mais difundida e aceita é a da Associação Americana de Deficiência Mental, de 1992, que representa um avanço conceitual:

“Deficiência mental corresponde a um funcionamento intelectual significativamente abaixo da media, coexistindo com outras limitações relativas a duas ou mais das seguintes áreas de habilidades adaptativas: comunicação, autocuidado, habilidades sociais, participação familiar e comunitária, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica, lazer e trabalho, manifestando-se antes dos dezoito anos de idade.” D’Antino (1997, p. 97).

Os prejuízos no funcionamento adaptativos são usados como referência, já que é a maneira com o cada um enfrenta as exigências próprias da vida e o grau em que põe em prática a independência pessoal de acordo com sua idade, e com as experiências socioculturais no contexto da qual esta inserida. Sendo assim sofre influências de vários fatores, dentre eles: características pessoais, oportunidades sociais, motivação, educação, treinamento, bem como suas necessidades práticas e suas condições médicas gerais.

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