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EMPREEDEDORISMO NA CULTURA DE CACAU

Por:   •  15/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.608 Palavras (11 Páginas)  •  212 Visualizações

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EMPREEDEDORISMO NA CULTURA DE CACAU

Gestão de Recursos Humanos (RHU 0245) - Empreendedorismo

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo mostrar o ponto de vista que os habitantes da Região Cacaueira têm sobre crise cacaueira, a sua gravidade, as suas causas, as mudanças que aí se operaram e as alternativas definidas para sua solução. Assim, dados foram obtidos por consultas livres na internet sobre o empreendedorismo nessa região. A influência da família foi determinante para se construir um perfil empreendedor. Se por um lado o apoio da família ajudou alguns, por outro fez com que o fracasso fosse total. Os que perceberam que havia chegado a hora da mudança, no que se refere ao tipo de cultura na região, conseguiram obter êxito muito mais rapidamente do que aqueles que insistiram na cultura de cacau como única forma de renda. Alguns empreendedores insistiram em manter a base agrícola na monocultura do cacau. Mesmo percebendo a crise, insistiram na ideia que o fator predominante para o fracasso seria apenas a praga na plantação, ignorando completamente a crise gerada pela globalização. A chegada da crise, gerada pela praga ou pela globalização, trouxe consequências terríveis para a região, como baixa qualidade nos serviços públicos, êxodo para a cidade e aumento da criminalidade. Fato observado e de comum acordo de todos é que precisamos retomar o crescimento econômico, melhorar os serviços prestados à população de forma geral, tornar as empresas da região competitivas, investir pesado na educação e criar instituições capazes de representar o interesse coletivo.

Palavras-chave: Crise cacaueira. Itabuna (BA). Percepção da crise. Empreendedorismo.

1 INTRODUÇÃO

        O presente artigo objetiva explanar sobre o significado do empreendedorismo num contexto da Região Cacaueira. Vamos analisar as mudanças em uma região cuja atividade esteve historicamente ligada a atividade cacaueira, mas que, em decorrência da crise nessa cultura, deu de frente com sérios problemas sociais e econômicos.

As cidades que formam a região cacaueira eram prósperas devido à produção de cacau. A partir da década de 1980, com a chegada da crise, a população passou a deparar com sérios problemas decorrentes do abandono das propriedades rurais e da migração de suas populações para as áreas urbanas. Assim, cidades como Itabuna e Ilhéus enfrentam hoje problemas como saneamento básico, perda de qualidade dos serviços públicos, ocupação desordenada do solo urbano, e principalmente desemprego.

Além de outras crises no setor, a atual crise pode ser identificada no processo de globalização. Esse processo contribui para propiciar uma sociedade com economia mais aberta e com maior liberdade para o intercâmbio de bens e ideias e ao mesmo tempo incentiva o desenvolvimento de relações econômicas entre os empreendedores locais, a concentração da capacidade de informação dos poderosos e a mudança das culturas locais.

Assim, não há como negar que a crise na região Sul da Bahia tem a ver com a crise trazida pela rápida globalização. A população da região, que durante mais de um século conviveu com a fartura trazida pelo cacau, tem dificuldade de associar a crise atual a outra coisa a não ser os problemas com fungos nas plantações. No entanto, devemos levar em consideração os múltiplos fatores que contribuíram para a crise.

Tanto fatores externos, trazidos pela globalização como a concorrência de outros países produtores da amêndoa, quanto internos como as mudanças climáticas, endividamento dos produtores e pragas e doenças da lavoura. Veja o quadro a seguir a queda da produção do cacau:

Ano

Taxa de

Efeitos

Crescimento

Área

Rendimento

Preço

1990

                -  

                -  

                -  

                -  

1991

-14,89

-0,42

-28,36

13,89

1992

-14,51

-0,56

0,82

-14,78

1993

24,75

-0,42

9,78

15,39

1994

-30,44

-0,57

-13,59

-16,28

1995

-46,77

-0,57

-32,29

-13,91

1996

23,47

-7,01

22,51

7,97

1997

1,99

-7,69

-10,05

19,73

1998

-3,72

-8,33

-3,48

8,10

1999

-36,53

-9,09

-14,54

-12,90

2000

45,96

-10,00

10,00

45,96

2001

57,52

                -  

29,25

28,27

2002

13,49

                -  

-21,84

35,33

2003

-4,64

                -  

31,71

-36,35

2004

-24,09

                -  

-5,85

-18,24

Fonte: CEPLAC (2005)

...

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