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Estudo De Caso IBM

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Por:   •  25/3/2015  •  635 Palavras (3 Páginas)  •  726 Visualizações

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Durante aproximadamente 30 anos, a IBM, a Big Blue, foi sinônimo de computador. Desde que o

“cérebro eletrônico” foi desenvolvido, nos anos 50, até o início dos anos 80, a IBM dominou o mercado

das grandes máquinas, compradas por empresas que empregavam exércitos de analistas de sistemas e

programadores. Nos anos 80, com o surgimento dos computadores pessoais e dos aplicativos,

começaram as dificuldades desse modelo de negócio. A ênfase deslocou-se das máquinas para o

software. Esse produto, em um mercado dominado pela Microsoft, assumiu a importância que antes

tinham os computadores. No entanto, a IBM manteve-se como fabricante de computadores.

No final de 2004, uma notícia surpreendente. A IBM, que praticamente inventou o modelo dominante

de computadores pessoais, vendeu sua divisão desse produto para a Lenovo, uma estatal ligada às

Forças Armadas da China. Os chineses pagariam 1,75 bilhão de dólares pela compra. Forma de

pagamento: 650 milhões de dólares em dinheiro, 650 milhões em ações e uma dívida de 500 milhões de

dólares. A IBM havia gasto o dobro desse valor para comprar, dois anos antes, parte da consultoria

Price, a PwC Consulting.

Com a compra, a Lenovo tornar-se-ia a terceira maior fabricante mundial de computadores. A Lenovo

poderia usar por cinco anos o símbolo da IBM. Por tempo indeterminado, poderia estampar nas

máquinas o lema Think (Pense), um diferencial no mercado de notebooks. Os chineses também usariam

as fábricas, os centros de distribuição e os profissionais de marketing da IBM. Com esse negócio, a

empresa chinesa comprou, por um preço baixo, a tecnologia mundialmente reconhecida, com as

condições para ganhar a confiança dos consumidores americanos e europeus.

O negócio indicava também a ambição do capitalismo chinês, de apropriar-se de marcas fortes e

abandonar a imagem de fabricante de bugigangas e produtos piratas. Nos anos 80, a Lenovo conseguiu

permissão do governo chinês para distribuir no país os PCs da IBM. Mais tarde, seu presidente

convenceu as autoridades a criar sua própria fábrica de PCs – a Legend, que se tornou Lenovo em 1988.

As razões da IBM para desfazer-se de seu negócio de computadores marcavam o fim de uma era.

Montar e vender PCs deixara havia algum tempo de ser atividade lucrativa. Os PCs haviam se tornado,

em 20 anos, em commodities, deixando de ser produtos de alta tecnologia. De 1986 pra 2003, o preço de

uma máquina nos Estados Unidos caíra de 5000 para 2000 dólares. O preço baixo tornara-se a grande

vantagem competitiva, mas essa não dependia dos fabricantes e

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