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Estudo de Caso -FORD

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Por:   •  2/11/2013  •  Tese  •  1.287 Palavras (6 Páginas)  •  539 Visualizações

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Estudo de Caso -FORD

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Guarulhos

2013

Elizete Sales da Silva 209642012

Kátia Karina dos Santos

Paula Gregorio Uchaime 206802012

Thaysa Miranda de Freitas 240512012

Estudo de Caso -FORD

Trabalho apresentado ao Curso de Processos Gerenciais da Faculdade ENIAC para a disciplina de Produção e Recursos de Materiais.

Prof. Francisco Felipe

Guarulhos

2013

Respostas:

1) Toda a indústria automobilística vive a mesma inquietação. Hoje, para manter ou aumentar a venda de veículos, uma montadora tem de colocar nas revendedoras o que o consumidor quer: um carro bonito, confortável, durável, prático, ágil e, principalmente, barato. Isso não é mais segredo para ninguém e vale para modelos de todos os patamares de preço. A competição tem como objetivo fazer mais com menos. Ela concentra-se no mercado dos populares, os carros de motor 1.0. Esses modelos são hoje os propulsores da indústria automotiva brasileira. De cada dez veículos vendidos no Brasil, sete são 1.0. Não é por outra razão que a Ford investiu 1,2 bilhão de dólares na construção do complexo de Camaçari para fabricar um carro com esse perfil. Com o tempo, outros modelos se seguirão.

2) Depois de desfeita a união com a Volkswagen, em 1994, batizada de Autolatina, a Ford não conseguiu voltar a seu patamar de vendas anterior. Nos anos 80 tinha quase um quarto do mercado brasileiro. Com o fim do casamento com a montadora alemã, tinha 11% da preferência do consumidor. Durante a parceria, a Ford ignorou uma tendência que se tornaria mania nacional: os carros populares. Enquanto a montadora americana investia em modelos mais caros, a alemã lançava o Gol 1000, um dos maiores sucessos da indústria brasileira.Em 1995, a Ford lançou o Fiesta 1.0. Dois anos depois veio o Ka. Os dois juntos têm hoje 5% do mercado de populares.

3) A produtividade deu um salto nos últimos vinte anos. A robotização da indústria já chega a 50% nas fábricas mais modernas do país. Um operário produz hoje mais de 100 automóveis por ano, contra uma média de quinze

na década de 80. A logística evoluiu a tal ponto que as indústrias de autopeças, que antes ficavam concentradas em poucos Estados, hoje viajam com as montadoras para onde elas fixam endereço. Na fábrica de Camaçari, por exemplo, 33 fornecedores acompanharam a Ford no projeto. Juntos, reduziram o tempo de produção de um carro de uma semana para um dia.

4) Os consumidores também ganharam com o aumento de produtividade. Além

do preço mais baixo, a qualidade e a durabilidade do veículo cresceram muito. "Nos anos 80 um carro era projetado para durar até três anos sem dar problemas maiores ao motorista. Hoje, o prazo de validade subiu para dez anos", diz Luc de Ferran, o vice-presidente da Ford no Brasil. O consultor de indústria automobilístico Edgard Viana, da A.T. Kearney, aponta outros avanços excepcionais obtidos entre o fim da década de 70 e hoje.

Segundo ele, as pastilhas de freio, que precisavam ser trocadas a cada 10.000 quilômetros, atualmente duram quatro vezes mais. Um jogo de pneus, que agüentava 20.000 quilômetros, agora roda mais que o dobro dessa distância.

5) Os metalúrgicos também viveram mudanças radicais nesse período. A qualificação exigida para um candidato que quisesse ingressar em uma montadora aumentou. Antes bastava ter o 1º grau. Agora o piso acadêmico é o

2º grau completo. Os benefícios também cresceram a ponto de os metalúrgicos ficarem com parte do lucro. O número de acidentes de trabalho caiu 95% em vinte anos. A mão-de-obra feminina, que era nula há duas décadas, já representa quase 20% da força de trabalho nas montadoras. No caso da Ford da Bahia, elas são 40% do contingente. Os avanços obviamente custaram vários postos de trabalho. Muitas funções simplesmente desapareceram nas fábricas. O nível de emprego, porém, perdeu menos do que se costuma acreditar. "Feitas as contas, a indústria automotiva como um todo não registrou grande alteração do número de funcionários", diz Viana. Até as históricas greves dos metalúrgicos cederam lugar a acordos mais flexíveis, como a redução da jornada de trabalho, que vem impedindo demissões nos últimos anos.

6) Just in time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa. O termo just in time é em inglês, e significa na hora certa.

O sistema just in time pode ser aplicado em qualquer organização, e é muito importante para auxiliar a reduzir estoques e os custos decorrentes do processo. O just in time é o principal pilar de diversas fábricas.

A divisão interna da montadora em Camaçari é comparável ao traçado de uma pequena cidade, onde a Ford seria a avenida principal e os fornecedores, as ruas transversais. À medida que o automóvel entra na linha de montagem as fornecedoras de autopeças vão simultaneamente recheando a máquina com seus equipamentos e acabamentos. Todos os funcionários dos 33 fornecedores estão lado a lado e usam o mesmo uniforme: calça azul-marinho e camisa cáqui, que traz o emblema da bandeira do Brasil de um lado da manga e do outro o da Ford ou da empresa em que trabalham. É a identificação de cada um dos 1.300 operadores. A vestimenta é adotada por gente de todos os níveis hierárquicos, do chefão, o engenheiro Luc de Ferran, aos funcionários que cuidam da limpeza da fábrica. A integração vai além disso. As companhias do complexo têm administração única. Dividem o transporte, o centro médico e têm o mesmo piso salarial. O custo de segurança é rateado entre a Ford e os fornecedores. O resultado disso é uma economia para a montadora de pelo menos 50% dos custos de administração dos serviços.

Outro ponto da fábrica que é marca registrada da modernidade é a preocupação ecológica. O sistema de tratamento de esgoto é feito por um método que utiliza a filtragem mecânica e biológica de água no solo e em

tanques com o plantio de arroz. No fim do processo, a água sai purificada, podendo ser reutilizada na irrigação de jardins. A implantação dessa técnica custou 200.000 reais. O tratamento tradicional não sairia por menos de 3 milhões de reais. O sistema é simples, mas resolve o problema dos resíduos produzidos por um complexo de quase 5 milhões de metros quadrados de área, equivalente a cinco autódromos do tamanho do de Interlagos.

Andando pelo terreno, é possível ver também as primeiras mudas de um projeto de reflorestamento com o plantio de espécies nativas da Mata Atlântica.

Conclusão:

Em meio à maior crise da indústria automobilística americana, o presidente da Ford recusou o socorro do governo, reduziu os custos em 47%, fez a empresa retomar lucros bilionários e ainda conseguiu ultrapassar a GM em vendas o novo Fiesta, de certa forma, é o símbolo da nova Ford. Estará presente em todos os mercados em que a empresa atua. E 65% de suas peças serão as mesmas em qualquer parte do mundo. No caso do Fusion, um sedã de alto luxo, os componentes comuns chegam a 80%, o que significa uma padronização da qualidade. A fórmula nasceu em 2006, quando Mulally aceitou o convite de Bill Ford, bisneto do fundador Henry Ford, para deixar o comando da Boeing e assumir a direção da montadora.

Chegou com um conceito simples. Minimalista. Ele batizou seu plano, capaz de ser compreendido por qualquer pessoa, de “One Ford – one team, one plan, one goal”, ou seja, “Uma Ford – um time, um plano, um objetivo”. Até hoje ele anda com uma cópia plastificada do plano no bolso. Todos os dias. Há quem diga até que dorme com uma versão ao lado da cama. “Estou contando a mesma história desde que cheguei”, diz ele. Deu certo. Na era Mulally, o preço da ação subiu de US$ 2 para US$ 13,40 – uma alta de 570%.

Nos Estados Unidos, a empresa acaba de superar a General Motors, como a número 1 em vendas.

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