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Gentileza Ou Assédio: Conflitos De gênero E De Raça Nas Relações De Trabalho

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Por:   •  3/5/2014  •  2.091 Palavras (9 Páginas)  •  351 Visualizações

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1 – INTRODUÇÃO

Administrar é tomar decisões. É administrar pessoas. É trabalhar com informações. Então é assim que a Administração obedece a um direcionamento e é uma atividade organizada que já existe desde os tempos mais remotos da Antiguidade. Sempre houve um administrador gerenciando grandes obras como foram a construção das pirâmides do Egito e da Grande Muralha da China, obras estas que envolveram milhares de pessoas.

Embora se tratasse de atividades onde fosse desenvolvido um trabalho para milhares de pessoas envolvidas, havia sempre alguém que determinava de quê maneira a atividade deveria ser executada. Todos os trâmites da obra, deveriam ser observados e fiscalizados por aquele a quem competia administrá-la. Seria como o responsável pela obra.

Dessa mesma maneira as coisas acontecem hoje, na Administração pública ou privada, onde a existência de um administrador reflete ou deve refletir a execução de um projeto organizacional no sentido de levar adiante as atividades propostas no contexto de um projeto.

O administrador deve ter liderança entre os demais participantes. Deve saber tratá-los de maneira que todos se sintam à vontade para executar um trabalho de qualidade. Como líder deve estar à frente do planejamento. A organização da atividade deve partir dele, para que haja controle na execução das mesmas.

Assim, esta atividade acadêmica que tem por objetivo analisar as funções de um administrador junto à esfera pública, seus métodos de trabalho e as atribuições de sua equipe sejam aqui colocadas em evidência. E para isso serão percorridas algumas etapas e feitos alguns levantamentos sobre questões como salário, cultura, raça, liderança, a fim de que se possa entender como o administrador público desenvolve suas funções.

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2 – DESENVOLVIMENTO

Em todos os setores de trabalho como escola, hospital, comércio sempre há conflitos por causa de conversas maldosas, sem razão de ser. Muitas vezes, é alguém que quer ser superior a outro e para chegar ao topo não mede consequências se vai ou não ferir alguém. Não raros são as situações conflituosas dentro de uma empresa, de uma escola e demais locais. Os seres humanos são diferentes uns dos outros. Nem todos têm a mesma facilidade de saber conduzir uma conversa esclarecedora.

Stoner & Freeman ( 1999, p. 4) argumentam:

Em vários momentos fazemos parte ou precisamos de uma organização. Seja ela uma escola, um hospital, uma empresa ou uma igreja. Uma organização é entendida como como o conjunto de duas ou mais pessoas que através do trabalho conjunto e estruturado, visa a alcançar um objetivo especificou um conjunto de objetivos.

Então é assim que estaremos evidenciando uma situação conflituosa ocorrida em um setor de gestão pública. O setor de Orçamento, Finanças, e Controladoria do Departamento de Projetos do Ministério de Políticas Estratégicas, que era chefiado por Fernando, formado em Administração Pública já com uma larga experiência dentro desse contexto. Tinha como sua principal colaboradora Carla, mulher forte e decidida, formada em Gestão Pública com Especialização em Perícia Judicial de Cálculo Trabalhista e o mais novo integrante da equipe, Ricardo. Jovem expansivo, sempre de bom humor e considerado por muitos como o “promoter” da área de orçamentos.

Um dia Fernando precisou ir ao médico e lhe foi dito que teria que fazer uma cirurgia, em caráter de urgência. Relutou contra a decisão do médico, mas viu que ele tinha razão. A sua relutância estava principalmente sobre alguns relatórios que deveriam ser enviados mensalmente, sem atrasos, pois deles dependiam outros setores.

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Mas Fernando tomou consciência que a equipe por ele chefiada era bem entrosada. Logo, a escolhida para substituí-lo foi Carla, por merecer total confiança de seu chefe. Ela é a mais antiga do setor e sua especialização lhe credenciava a assumir o cargo de chefe substituta, assumindo também o desafio de manter as atividades do setor, principalmente os relatórios de fechamento do mês – tarefa não muito fácil, por causa da lentidão na produção do setor após a troca da base de dados, suscitando dúvidas operacionais e alguns problemas técnicos de configuração.

Ao tomar pé da situação, Carla entendeu que se fazia necessária uma reunião com todos os funcionários para uma exposição de motivos sobre o andamento do serviço e o tempo hábil para a conclusão do mesmo. Assim, era necessário se fazer rodízio após o expediente para terminar os relatórios.

Ao ficar a sós com Carla, Ricardo resolveu assediá-la, no que foi repelido. Desta forma aproveitou-se da oportunidade para trazer-lhe doces e lanches acompanhados de olhares e elogios, dentre outros presentes como cd, convites para shows, e outros. Mesmo durante o expediente ele já não consegue disfarçar suas investidas e ela já se sente constrangida com a situação.

Mas Ricardo não aceita a recusa de Carla e resolve difamar a chefe. Consegue desestabilizá-la dizendo aos colegas do Ministério que ela não tem competência para assumir a chefia, falando inclusive, que ela e Fernando têm um caso. Por ser negra, ele a chama de mulata.

Nota-se, dessa forma, que o conflito está na falta de oportunidade tanto profissional como sexual negada por Carla a Ricardo. Sente-se ele, capacitado para assumir a chefia deixada temporariamente por Fernando e ter uma mulher e ainda por cima negra como chefe, está lhe deixando em situação desconfortável, e de certa forma constrangedora diante dos colegas do Ministério.

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Fernando é um homem calmo, tranquilo, sempre alegre, bem humorado. Nas horas em que há necessidade de um trabalho mais urgente, não tem nenhum problema em pedir maior empenho de sua equipe, pois sabe como fazê-lo. Tem total liderança sobre o grupo e boa relação de amizade com todos. Acredita-se que ele exerça sobre sua equipe a liderança da harmonização de atividades, pois faz questão de promover a harmonia no seu local de trabalho, para que todos sintam-se à vontade para desempenhar suas atividades.

Já Carla adotou como estilo de liderança estabelecer unidade cooperativa, competente energética e única, pois acreditava que o cooperativismo seria a saída para solucionar os problemas do Ministério. Fayol comenta esses dois tipos de liderança em sua obra “Teoria de Administração” (1916) “sua obra parte de todo organizacional e de sua estrutura para garantir eficiência às partes envolvidas”.

Fernando, ao escolher Carla como sua substituta observou os seguintes

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