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Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas

Por:   •  26/7/2021  •  Resenha  •  1.854 Palavras (8 Páginas)  •  121 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES - ECA

Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas – GESTCORP

Disciplina: Comunicação Organizacional Conceitos e Processos Novas Interfaces e desafios

Docente: Dr. Paulo Nassar

Discente: Caio Olliveira

RESENHA: Narrativas Rituais: Uma Aproximação entre Comunicação e Antropologia

NASSAR, Paulo; DE FARIAS, Luiz Alberto e POMARICO, Emiliana. Narrativas Rituais: Uma Aproximação entre Comunicação e Antropologia. Tendências em Comunicação Organizacional: Temas emergentes no contexto das organizações. Santa Maria, RS: Facos-UFSM, 2019. Disponível em: <https://www.ufsm.br/cursos/graduacao/frederico-westphalen/relacoes-publicas/wp-content/uploads/sites/330/2019/12/ebook-Tend%C3%AAncias.pdf>. Acesso em: 29 de maio. de 2021.

Esta atividade objetiva dar visibilidade ao conhecimento construído a partir da esfera da sala de aula, com os desafios impostos pela Covid-19, em aulas on-line, mediadas pela tecnologia, transpondo as paredes da Universidade. Este artigo contribui com a disseminação do conhecimento produzido na USP à comunidade e com a qualificação dos acadêmicos deste curso.

O artigo científico com o tema sobre Comunicação, Relações Públicas e Antropologia proposto pelos autores Paulo Nassar, Luiz Alberto de Farias e Emiliana Pomarico, intitulado “Narrativas Rituais: Uma Aproximação entre Comunicação e Antropologia”, foi publicado no livro desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa EstratO, da UFSM, em 2019. O artigo apresenta discussão a respeito e chama a atenção para a questão da multidisciplinaridade entre as disciplinas de Comunicação e Relações Públicas com a Antropologia, a Literatura e a História e como essa multidisciplinaridade ajuda a estabelecer e responder problemas de pesquisas de ritual e de um processo de comunicação.

Quanto à formação dos autores, Paulo Roberto Nassar de Oliveira, mais conhecido como Paulo Nassar, é graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É livre docente (2013), doutor (2006) e mestre (2001) pela Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo (ECA-USP). É professor doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Diretor da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e membro do Conselho da Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Organicom). Desenvolve pesquisas na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação Organizacional e Relações Públicas. Também é considerado um dos principais nomes brasileiros na sua área de atuação. O autor Luiz Alberto de Farias é Pós-doutorado em Comunicação pela Universidade de Málaga (2016), é graduado em Relações Públicas pela Faculdade Casper Líbero. É professor-doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo desde 2003 e é editor da Organicom Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Qualis B1). Também é considerado um dos principais nomes na sua área de atuação. Por fim, a autora Emiliana Pomarico Ribeiro é graduada em Relações Públicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2010), é mestre e doutora pelo Programa de Pós-Graduação da ECA-USP (PPGCOM), tendo defendido a tese intitulada "Novas Narrativas da Comunicação em Organizações" e a dissertação intitulada "Micronarrativas como estratégia de comunicação interna". É membro do Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN, da ECA-USP). Atualmente, trabalha na área de Comunicação da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) como Gerente Executiva da Escola Aberje de Comunicação.

        A pesquisa organizada pelos autores foi em prol aos estudos da Comunicação e Relações Públicas, procurando explicar, de maneira simplificada, suas conexões com outras disciplinas, como Antropologia, a Literatura, a História, a Administração e a Narratologia, com reflexões sobre mitos, rituais e narrativas, sejam de empresas, instituições ou indivíduos. É um artigo bem escrito e já no resumo os autores põem os leitores para refletirem junto com eles e um quadro com as perguntas e problemas de pesquisa elaborados pelos próprios dando uma clareza sobre o que esperar e a proposta sobre o tema. O artigo científico possui 11 páginas, destas, três são de introdução, cinco desenvolvendo e explicando o tema, duas de conclusão e três – as últimas – com as referências bibliográficas. O texto é composto por três partes, nos quais tecerei brevemente um comentário sobre cada um logo mais.

        Antes da introdução, os autores inseriram uma epígrafe de Levi-Strauss: “O mito é o que é dito, enquanto o ritual é a maneira como as coisas são ditas”. A introdução foi escrita em três longos parágrafos e apresenta a proposta do texto de refletir acerca dos papéis e da centralidade da narrativa e do ritual na vida organizacional e na sociedade, bem como da interligação entre a Comunicação e as Relações Públicas e a Antropologia, a Literatura, a História, a Administração e a Narratologia. Também é chamada a atenção dos Comunicadores e relações-públicas para tais temas. Eles estruturam, em um quadro, as definições canônicas de ritual e de um processo de comunicação, já estabelecendo um primeiro paralelo entre os campos da Antropologia e o da Comunicação: Quem diz?; O que se diz, Para quem e Como é dito?, Onde é dito?; Quando é dito?; Por que é dito? Ou seja, estabelecerem um conjunto de problemas de pesquisa via o desdobramento da estrutura ritual. Esses questionamentos já deixam o leitor instigado a querer saber e como aplicar em sua realidade bem como não só saber o como, mas o do por quê é fundamental ter noção do tema para sua atuação e vida.

        No capítulo seguinte, intitulado A Narrativa e o Ritual Como Organizadores da Ação das Empresas e Instituições e dos Indivíduos, os autores desenvolvem toda sua sustentação em um longo e explicativo capitulo sobre o que defendem e acreditam. São onze páginas, nesse capítulo, que trazem muitos exemplos e diversas citações que corroboram com o tema para reflexões e novas indagações e interpretações por parte do leitor.

Eles iniciam comentando sobre como o ser humano sabe construir e contar as suas histórias, no quais suas narrativas foram da oralidade para parar no papel, sendo documentadas com mais precisão e mais “fiéis” aos fatos. Em uma parte da construção desse capítulo, os autores destacam bem fatos históricos sobre o desenrolar da narrativa oral à escrita – e leitura - e de como isso trouxe não só o compartilhamento de conhecimento e sabedoria, mas sobretudo de novas experiências e de sentimentos. Para isso, eles destacam e exemplificam com as milenares narrativas religiosas da Bíblia, de Buda, de Confúcio; as narrativas filosóficas iluministas de Diderot, Rousseau, Lavoisier; as narrativas políticas de Marx e Engels, etc. Também trazem ideias e contrapontos de outros autores como Joseph Campbell, Harari, Brockma, Rosenfield, entre outros, para exemplificar o papel das narrativas e do mito. “As grandes literaturas com suas histórias da criação do mundo, do presente e do futuro, com seus protagonistas mostrados como deuses e demônios, ou apenas como frágeis seres humanos, cumprem o seu papel de compartilhar destinos e experiências, além de transmitir, de alguma forma, conhecimento e sabedoria” (p.05).

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