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JOGOS SÃO APENAS ENTRETENIMENTO SEM CONHECIMENTO?

Por:   •  17/9/2017  •  Artigo  •  3.103 Palavras (13 Páginas)  •  287 Visualizações

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JOGOS SÃO APENAS ENTRETENIMENTO SEM CONHECIMENTO?

Gustavo Santela Oliveira[1]

Prof. Marcos Danilo Graciano[2]

FATEC Ourinhos, 2016

Resumo

Muito se discute sobre a relação de jogos com o aprendizado, em que jogos não didáticos não são meios de se aprender e são apenas distrações. Isso normalmente ocorre porque as pessoas desconhecem e/ou não analisam o que de fato acontece, o quanto é possível aprender com os jogos. Por isso o objetivo deste artigo é buscar esclarecer que tipo de ensinamentos são adquiridos através dos jogos e como eles podem ser úteis para nós.

Palavras-Chave: Jogos. Conhecimento. Entretenimento.

Abstract

Much discussion about the relation between games and the learning, wherein not textbooks games aren’t ways to learn and are only distractions. This usually occurs because people don’t know and/or don’t analyze what actually happens, as you can learn with the games. So the purpose of this article is to seek to clarify what kind of teachings are acquired through the games and how they can be useful to us.

Keywords: Games. Knowledge. Entertainment.


  1. Introdução

Os jogos existem desde os primórdios, o ser humano nasce com a necessidade de jogar. Com o tempo os jogos foram evoluindo junto com a humanidade, sendo utilizados através da história de diversas maneiras como ensinamento, diversão e treinamento por exemplo.

 Hoje há milhões de jogos com diferentes aplicações, dentre elas a educação, sendo o jogo aplicado como ferramenta de ensino por muitos professores, mas o que você pode não saber é que um jogo não tem a mínima necessidade de ser didático para ensinar, sim, apesar de muitos desconhecerem, discordarem ou apenas não notarem, todos os jogos tem algo a ensinar. São ótimas ferramentas para tal, além de entreterem, ajudarem a diminuir o stress e até mesmo nos ajudar de alguma forma, como motivação.

  1. Metodologia de pesquisa

Para a realização desta pesquisa foram utilizadas variadas fontes na internet. Esta pesquisa, primeiramente, teve como base pesquisas feitas online, estudos de profissionais de diversas áreas. A pesquisa foi feita usando como base pesquisa dos profissionais da área.

  1. Desenvolvimento

3.1 O jogo para o ser humano

Desde tempos remotos, o jogo está inserido no cotidiano do ser humano, como uma necessidade. Rizzi e Haydt (1998) afirmam que “o ato de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, pois este sempre manifestou uma tendência lúdica, isto é, um impulso para jogar”.

Há diversas definições para jogo dentre vários autores, onde muitos apontam características semelhantes em suas definições. De acordo com Huizinga,

O jogo é uma atividade voluntária realizada dentro de alguns limites de tempo e espaço, através de regras livremente consentidas, porém obrigatórias, dotadas de um fim em si mesmo, guiadas por sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência, de ser diferente da vida cotidiana (HUIZINGA 1993, p. 16).

Caillois define jogo como

O jogo é uma atividade voluntária fonte de alegria e divertimento. Nele o jogador se entrega espontaneamente, de livre vontade e por exclusivo prazer, tendo a cada instante a possibilidade de optar pelo retiro, silêncio, recolhimento, solidão ociosa por uma atividade mais fecunda. O jogo é essencialmente uma ocupação separada do resto da existência e é realizado em geral dentro de limites preciosos de tempo e lugar (CAILLOIS, 1990, p. 26).

No decorrer da história é possível ver claramente jogos sendo utilizados de diferentes formas. Baseado em autores como Balen (1995), Brougère (1998) e Kishimoto (2003), temos um breve conteúdo histórico que mostra isso, onde dizem, por exemplo, que do século I a.C. à I d.C.  em Roma, o jogo era destinado como treinamento ao preparo físico com a finalidade de formar soldados e cidadãos obedientes e posteriormente Horácio e Quintiliano assinalam em seus escritos a presença de guloseimas em formas de letras , destinados ao aprendizado das letras, entre outras formas no decorrer da história.

Independente de se tratar de uma época primitiva ou dos dias atuais, os jogos fazem parte da vida do ser humano, e não é utilizado por todos com uma única finalidade, é utilizado de acordo com a vontade ou do que precisa a pessoa que está jogando.

Freud apud MANONI (1983) referiu-se pela primeira vez à importância do jogo infantil em 1903 naquela oportunidade afirma que no jogo a criança cria o mundo dela, reordena suas ideias e as coisas do mundo.

3.2 As vantagens do jogo na aprendizagem

Hoje o jogo (ou game) é também utilizado na área educação, para ensinar as crianças de uma forma mais descontraída e divertida para elas, onde existem vantagens em que elas têm maior motivação na fixação de conceitos aprendidos anteriormente, maior facilidade na introdução e no desenvolvimento de conteúdos complexos e de difícil compreensão, por meio dos desafios dos jogos, estimula-se o desenvolvimento de estratégias para resolução de problemas, aprendem e exercitam a tomada de decisões rápida, bem como a avaliação dos resultados, o jogo requer a participação ativa do aluno na construção do seu próprio conhecimento, favorece a socialização entre alunos e a conscientização do trabalho em equipe, promove maior engajamento por parte dos alunos que se veem mais motivados e estimula e exercita o raciocínio lógico. Dentre essas vantagens levantadas, encontramos conceitos abordados por autores como Piaget, Vigotsky, Koster, Gee, entre outros.

Para Piaget os jogos tem dupla função, a de consolidar as estruturas já formadas (aprendizagens adquiridas) e a de dar prazer e/ou equilíbrio emocional à criança.

Dos vários pesquisadores que investigaram o desenvolvimento infantil nas áreas psicológicas ou da psicanálise na educação ou em outra área foi necessário abordar a relação da criança com o brinquedo, o jogo e as artes.

Esses são alguns dos aliados na tarefa de desenvolver a criatividade e a independência das crianças. Segundo especialistas esses instrumentos dão possibilidades de formar pessoas independentes, capazes de recriar situações e não apenas repetir o que aprendem.

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