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O Processamento Auditivo Centralk

Por:   •  23/2/2023  •  Abstract  •  1.387 Palavras (6 Páginas)  •  84 Visualizações

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[pic 1]Formação Continuada – 2022

Equipe: Educação Infantil  

Tema: A importância do processamento auditivo (central) em crianças com dificuldades em leitura e escrita.

[pic 2]

Gisela Carvalho

Bianca Lopes

Introdução

O desenvolvimento da linguagem e aprendizagem depende do desenvolvimento do processamento auditivo, já que este capacita o indivíduo a analisar e interpretar os eventos acústicos recebidos pelo sistema auditivo central.

A avaliação do processamento auditivo em crianças com baixo desempenho escolar tem sido uma ferramenta complementar importante para o diagnóstico diferencial e a intervenção dos distúrbios de aprendizagem e de leitura e escrita.

Na população que apresenta queixas que envolvem leitura e escrita, os estudos e a prática clínica sugerem com maior frequência um rebaixamento nas habilidades de figura-fundo e processamento temporal, sendo relacionadas à atenção e à consciência fonológica.

Processamento Auditivo

O processamento auditivo central é um conjunto de habilidades que permite ao ouvinte interpretar a mensagem ouvida de forma eficiente e efetiva. Dentre as habilidades que o compõem, estão as de processamento temporal, essenciais para a compreensão da linguagem e desenvolvimento da fala.

As habilidades auditivas seguem uma sequência de desenvolvimento padronizada que evolui desde o nascimento até os dois anos de idade. A hierarquia do desenvolvimento das habilidades auditivas são:

  • Detecção: é a habilidade que faz perceber a presença do som, trabalhando a discriminação auditiva, que pode ser de reconhecimento de vogais, distinção das consoantes, melodia, frases, palavras entre outras detecções;

  • Discriminação: discriminar dois ou mais estímulos sonoros;

  • Localização: habilidade de localizar onde está origem sonora;
  • Reconhecimento: identificar o som e a fonte sonora com a capacidade de nomear e/ou classificar o som que ouviu;
  • Sensação sonora: perceber a intensidade, frequência e duração de um som;
  • Compreensão: é o ato de estabelecer relações entre o estímulo sonoro produzido de outros ambientes a do seu próprio comportamento;
  • Memória: habilidade de armazenar diferentes estímulos auditivos;
  • Fechamento: é a habilidade de perceber uma frase ou uma palavra por inteiro mesmo quando partes for omitidas;

Precisamos do completo funcionamento das estruturas responsáveis pela audição para aquisição e desenvolvimento da linguagem. A criança apenas estará pronta para compreender e reconhecer a fala após passar por todas as habilidades auditivas.  As habilidades linguísticas dependem de uma boa qualidade da audição, pois, caso esteja alterada, a criança terá dificuldade para localizar a fonte sonora e entender a fala.

As alterações das habilidades auditivas podem trazer consequências no processo de aprendizagem acadêmico, pois precisam, dentre outras, dessas habilidades auditivas para atingir o reconhecimento e a compreensão da fala e, assim a produção da leitura e escrita.

Essas habilidades auditivas fazem parte do que chamamos de processamento auditivo (central).

Desordem do Processamento Auditivo (Central)

A desordem refere-se às dificuldades no processamento perceptivo da informação auditiva no sistema nervoso central, demonstrado pelo fraco desempenho em algumas habilidades. O diagnóstico das alterações do processamento auditivo é feito com base nos testes comportamentais e eletrofisiológicos, sendo recomendado que o paciente seja submetido a uma avaliação completa.

A desordem do processamento auditivo quando presente pode apresentar as seguintes manifestações:

  • Dificuldade de compreensão de linguagem falada em ambientes ruidosos;
  • Mensagem competitiva, e em ambientes reverberantes.
  • Solicitação frequente de repetição e utilização de “hã? ” “o quê? ”;
  • Dificuldade em manter a atenção, distraindo-se facilmente;
  • Dificuldade de localização;
  • Problemas associados à leitura, escrita e aprendizagem.

Causas

As causas dos distúrbios de processamento são desconhecidas, pois há uma série de fatores já estudados que podem estar relacionados com a desordem do processamento auditivo.

As causas mais comuns referenciadas são: origem genética, ocorre por hereditariedade, problemas gestacionais e no nascimento, presença de outros distúrbios neurológicos, problemas na neuromaturação do sistema auditivo central e distúrbios otológicos.

Dentre as afecções otológicas mais frequentes, aparece a OTITE média de repetição. No primeiro ano de vida, ocorre o processo de maturação do sistema nervoso central, sendo que 90% do aprendizado de uma criança pequena é decorrente de exposição acidental às situações de comunicação, e os primeiros quatro anos de vida são críticos para o desenvolvimento da fala e da linguagem.

Esta privação sensorial, causada pela otite, pode gerar comportamento com características de desatenção, maior tempo de latência nas respostas, fadiga, alterações no desenvolvimento de fala e de linguagem.

Avaliação do Processamento Auditivo

A avaliação vem auxiliando o processo de reabilitação de crianças e adolescentes a melhorarem o seu processamento acústico e, com isso, criando condições de desenvolver os aspectos de processamento fonológico e linguístico por meio da audição. Assume um papel importante na análise diagnóstica de crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem ou perturbações da comunicação, visto que dificuldades na percepção auditiva de diferenças temporais do som ou na discriminação dos mesmos estão comumente relacionados ao transtorno de leitura e escrita.

Como avaliar as habilidades auditivas?

Inicialmente pode-se avaliar por meio de uma triagem escolar e avaliação simplificada do processamento auditivo, procedimentos esses de fácil aplicabilidade, onde é possível identificar facilmente as dificuldades encontradas na criança.

É necessário salientar a importância de como desenvolver essas habilidades auditivas através de atividades de múltiplas escolhas, iniciando com onomatopeias, vogais, consoantes, palavras, frases e quando a criança estiver numa fase mais avançada, ela deve repetir o que ouviu, estimulando assim a compreensão.

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