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O Professor de Apoio

Por:   •  4/5/2023  •  Artigo  •  6.745 Palavras (27 Páginas)  •  36 Visualizações

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É NECESSÁRIO PARA O PORTADOR DE CEGUEIRA UM PROFESSOR DE APOIO PARA O SEU DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL  ?

RESUMO

A educação inclusiva configura-se como um desafio da atualidade. Neste contexto, este estudo busca identificar as políticas públicas, em especial, as que normatizam a função do professor de apoio permanente em salas de ensino regular, apresentando em diálogo com autores contemporâneos, algumas proposições de práticas docentes que busquem discutir e promover a humanização dos sujeitos com necessidades educacionais especiais. Entre  muitos pontos circulantes do atual panorama educacional, este artigo busca analisar as imputações, atribuídas pela insuficiente legislação, ao docente de apoio permanente nas salas de aula do ensino regular. Tentando assim entender a necessidade e entender a função desse profissional, a pesquisa busca subsídios de autores contemporâneos, para analisar as ponderações sobre as várias percepções envolvidas na configuração da função do profissional de apoio no ambiente educacional.

Palavras-chave: Inclusão. Deficiente Visual. Professor de Apoio

1 INTRODUÇÃO

        Nos últimos tempos as discussões sobre as pessoas com necessidades educacionais especiais vêm buscando novos caminhos e apresentando uma visibilidade maior; ao passo  em que a educação inclusiva vai se inserindo  no campo de discussão atualmente vai se ganhando também um espaço maior, e a inclusão social passa a se apresentar como direito do indivíduo.

        A educação inclusiva estabelece hoje como um dos maiores desafios da educação brasileira, ainda com muitos equívocos e altercações sendo alçadas, necessitando urgência em sua reformulação para acolher esta clientela que a muito foi extirpada e que na atualmente reclamam por sua admissão na escola de ensino regular.

        Entre tantas questões que circundam o atual panorama educacional, este artigo busca analisar as imputações, atribuídas pela insuficiente legislação, ao docente de apoio permanente nas salas de aula do ensino regular. Tentando assim entender a necessidade e entender a função desse profissional, a pesquisa busca subsídios de autores contemporâneos, para analisar as ponderações sobre as várias percepções envolvidas na configuração da função do profissional de apoio na conjuntura inclusiva.

        Quanto aos procedimentos metodológicos serão apresentados estudos bibliográficos sobre o tema escolhido e estudado. Os objetivos do artigo vêm ao encontro da busca de compreender a função do professor de apoio permanente, identificar a evolução histórica da educação especial juntamente com suas normas legais; avaliar o processo de inclusão dos alunos com deficiência visual na escola pública.

2  BREVE HISTÓRICO DA DEFICIÊNCIA VISUAL,  EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUAS NORMAS LEGAIS

        Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos –  DCE Paraná/2006, desde a antiguidade até os dias atuais, a história da Educação Especial mostra o quanto mudou o atendimento às pessoas com qualquer tipo de deficiência, fortalecendo mitos e estereótipos acerca de suas limitações e possibilidades (DCE/PARANÁ, 2006).

           A deficiência é um fenômeno que se estabelece socialmente, portanto, ser ou estar “deficiente” é relativo a outros indivíduos  que são considerados com ausência de "deficiências"

        O caso da cegueira e seus distintos significados fazem parte da história da humanidade, de acordo com Selau (2007) as deficiências visuais igualmente a qualquer outra deficiência surgiram na Pré – História concomitantemente ao homo erectus.

        Segundo Mósquera (2012) não se pode precisamente dizer como os cegos viviam, a possível observação firmada é a pintura que existe no Museu Britânico de Arqueologia, em Londres, esta pintura foi descoberta no Monte Tassili, no deserto do Saara, a mesma retrata um individuo talhando uma pedra com os olhos fechados. Entretanto, não se pode precisar ao certo se o indivíduo era portador da deficiência ou não, a dedução de dada deficiência é possível realizar essa inferência, por meio da pintura é possível observar também que os deficientes visuais eram pessoas que viviam isoladas e muito tímidas.

         De acordo com o autor acima citado as civilizações Gregas apreciavam a beleza e a força do corpo, para se dedicar a guerra, e assim o corpo forte era valorizado, ligando a estética e a força do corpo com o objetivo de vida de todos, esses motivos levavam também a eliminar as crianças que nasciam sem o potencial esperado e ditado pela sociedade daquela época.

         Bianchetti (1998) apud Mosquerá (2013) salienta que a eliminação das crianças deficientes se justificava pelo fato de elas não se moldarem ao padrão estabelecido.

        As pessoas que apresentavam algum tipo de deficiência e que conseguiam permanecerem vivos viviam com muito sofrimento. As mudanças de atitudes da sociedade para com a pessoa cega ocorrem da mesma forma, em função da organização social à qual estão submetidas. A pessoa cega tem sido na maioria das vezes, excluída da sociedade e, de um modo geral, as marcas se perpetraram nos grupos minoritários, o infanticídio de crianças que nasciam cegas e o desamparo aos pediam a visão na idade adulta eram os processos que ocorriam frequentemente (AMARAL, 2009).

     A supressão dos cegos e dos analisados como inválidos não se dava simplesmente pelas complicadas condições de vida da época. As sociedades primitivas acreditavam que os indivíduos cegos eram possuídos por espíritos malignos e ao conservar uma relação com esses sujeitos denotava manter uma relação com espírito do mau.

         Mecloy, (2014) o cego, então, convertia-se em objeto de temor religioso. Entre os primitivos, em muitos casos, a cegueira era analisada um castigo imposto pelos deuses, o individuo cego arrastava em si mesma a marca do pecado perpetrado por ele.

       Em algumas tribos nômades seus doentes eram abandonados lugares inóspitos, entre eles os idosos e sujeitos com deficiências eram expostos a riscos de  confrontação com animais ferozes ou ate mesmo com as tribos inimigas.

Segundo Mecloy (2014) na Idade Média, a cegueira era empregada como castigo ou como uma ação de vingança, como no século XI, em que o imperador de Constantinopla Basílio II, depois de ter abatido os búlgaros em Belasitza, deu ordem para fossem retirados os olhos dos quinze mil prisioneiros fazendo-os  retornar para sua pátria. Contudo um, em cada cem indivíduos, teve a conservação de um olho para que pudesse então, servir de orientação aos outros noventa e nove.

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