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O Trabalho da enfermagem na saude mental

Por:   •  4/6/2018  •  Artigo  •  3.254 Palavras (14 Páginas)  •  314 Visualizações

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O TRABALHO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE MENTAL

Itabira

2018

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Curso: Curso de Técnico de Enfermagem

Turma: B 6

Módulo 2

Itabira

2018

O TRABALHO DA ENFERMAGEM NA SAÚDE MENTAL

INTRODUÇÃO

Saúde Mental é o equilíbrio emocional com capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações no cotidiano. É estar de bem consigo e com os outros, saber lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações. Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário (FILHO, COELHO, PERES,1999).

Quando ocorre um desequilíbrio da saúde mental, á uma alteração na qualidade de vida cognitiva e/ou emocional. Desta forma se faz necessário procurar uma ajuda profissional, para um tratamento especializado. As pessoas com este desequilíbrio, geralmente são chamados de loucos ou doentes mentais.

A atenção às pessoas com sofrimento mental passou por mudanças concretas e profundas. Na qual houve muitas transições, procedidas de uma série de visões, retratos, testemunhos e tratamentos. Transformações que alteraram a ética da inclusão, da construção do lugar social do louco, través de evoluções nas fundamentações teóricas e técnicas de tratamento do mundo da saúde mental necessário (FILHO, COELHO, PERES,1999).

  1. Desenvolvimento

A partir do nascimento da sociedade moderna, a loucura passou a ser vista de um modo diferente. Na antiguidade e na idade média, os chamados loucos gozavam de certo grau de liberdade, muitas vezes circulando e fazendo parte de cenário e das linguagens. Apenas a partir do século XVIII, instala-se, ao menos na sociedade ocidental, uma forma universal e hegemônica de abordagem dos transtornos mentais, com internações em instituições psiquiátricas (VALVERDE, 2010).

Isso aconteceu devido ao declínio dos ofícios artesanais e o início da sociedade industrial, as cidades cada vez maiores encheram-se de pessoas que não encontravam lugar nesta nova ordem social. As medidas adotadas para abordar esse problema social foram essencialmente repressivas, com internações em hospitais. Tais instituições, muitas vezes de origem religiosa, não propunha função curativa, limitava a punição do peado e da ociosidade (FIGUEIRÊDO, DELEVATI, TAVARES, 2014).

No final do século XVIII, surgiu a nova reestruturação do espaço social, simbolizada na Europa pela Evolução Francesa. Assim as pessoas de saúde passaram de pecadores para doentes, com objetivo de curá-los, assim as internações passaram ser em instituições destinadas especificamente a eles, ou seja, os manicômios (FIGUEIRÊDO, DELEVATI, TAVARES, 2014).

Essa reclusão dos loucos nos manicômios possibilitou o nascimento da psiquiatria. A psiquiatria trabalha a descrição e agrupamento dos diferentes tipos de sintomas e denominações dos diversos transtornos psíquicos que fundamentam a psiquiatria moderna. Ao final do II Guerra Mundial, era dramática situação dos hospitais psiquiátricos. Surgiram, então, os primeiros movimentos da Reforma Psiquiátrica. A guerra causou sérios danos psíquicos e um enorme contingente de homens jovens (VALVERDE, 2010).

A psicoterapia institucional iniciou-se na França, no final da II Guerra. Os hospitais psiquiátricos deveriam ser reformados para se tornarem realmente terapêutico, assim, capazes de desenvolver os doentes. Fortemente influenciada pela psicanálise, a psicoterapia institucional, enfatizava na importância da relação terapeuta- paciente a refazer seus laços com as pessoas e estimular práticas de: ateliês, atividades de animação, festas, reuniões, entre outros (VALVERDE, 2010).

As comunidades terapêuticas surgiram na Inglaterra, na mesma época. Realizar do hospital psiquiátrico um espaço terapêutico, para incentivar os internos a participarem ativamente da administração do hospital, do próprio tratamento e do tratamento dos outros. Isso com ênfase especial as práticas de reuniões, de assembleias e de outros espaços em que os pacientes pudessem ter voz ativa na instituição (FIGUEIRÊDO, DELEVATI, TAVARES, 2014).

Nos anos 50, nos Estados Unidos, iniciou-se a psiquiatria preventiva, que estimulava três níveis de prevenção. O nível primário consistia em intervir nas condições individuais e ambientais de formação da doença mental; o secundário visava diagnosticar precocemente essas doenças; o terciário buscava readaptar o paciente à vida social após a sua melhora. Propunha o recurso à internação psiquiátrica apenas quando esgotadas outras possibilidades e apenas por curtos períodos de tempo (VALVERDE, 2010).

A antipsiquiatria surgiu na Inglaterra, nos anos 60. Não tratava de proposta de Reforma Psiquiátrica, e sim de toda uma nova reflexão sobre loucura. Essas ideias surgiram a partir de algumas experiências ousadas em comunidades terapêuticas, que acabaram por ultrapassar esse marcos institucional. Pensava-se na loucura não mais como doença, mas como uma reação ao desequilíbrio familiar e à alienação social (FIGUEIRÊDO, DELEVATI, TAVARES, 2014).

A psiquiatria democrática surgiu na Itália, também nos anos 60, a partir dos impasses encontrados na aplicação da proposta das comunidades terapêuticas. Para isto, foi preciso criticar a apropriação do fenômeno da loucura feita pelos saberes médicos e psicológicos. Na concepção da psiquiatria democrática, os muros dos manicômios simbolizavam toda a denominação das palavras, ações e decisões dos ditos loucos feita m nome da ciência (FIGUEIRÊDO, DELEVATI, TAVARES, 2014).

Portanto, tratava-se de assegurar ais portadores de sofrimento mental em um espaço real de cidadania, ou seja, propriciar-lhes o lugar protagonista de uma transformação social, retomando suas próprias vidas, como legitimo habitante da cidade. Todo esse movimento resultou também na aprovação da lei nº 180, de 1978, que proíbe a construção de novos hospitais psiquiátricos (VALVERDE, 2010).

Uma condição essencial para o impacto da Reforma Psiquiátrica num determinado país, consiste na existência de políticas públicas adequadas na área social, ou melhor, dizendo, um sistema nacional de saúde, destinado a toda a população. Não basta a existência de alguns serviços de saúde mental de qualidade, porem desvinculados de um modelo assistencial assumindo pelo poder público. Na ausência de uma política pública de saúde e de seu controle social, não se garante a todos o acesso a uma assistência digna, nem se criam novas relações entre loucura e sociedade (FIGUEIRÊDO, DELEVATI, TAVARES, 2014).

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