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Obesidade Infantil

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Por:   •  17/2/2015  •  1.662 Palavras (7 Páginas)  •  197 Visualizações

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Introdução

A obesidade é uma condição médica na qual se verifica acumulação de tecido adiposo em excesso ao ponto de poder ter impacto negativo na saúde. É definida em função do índice de massa corporal (IMC) e avaliada em termos de distribuição de gordura pelo índice de cintura e quadris e pelos fatores de risco cardiovascular. O IMC está intimamente relacionado com a taxa de gordura corporal e a quantidade total de gordura no corpo.

Em crianças e adolescentes

Em crianças, o peso considerado saudável varia em função da idade e do sexo. A obesidade em crianças e adolescentes não é definida em função de um número absoluto, mas sim por um percentil. Assim, uma criança com idade superior a dois anos é considerada obesa quando o seu IMC é igual ou superior ao percentil 95 para o seu sexo e idade. Da mesma forma, considera-se que uma criança tem excesso de peso (pré-obesidade) quando o seu IMC está entre o percentil 85 e 95. Os dados de referência nos quais estes percentis se baseiam correspondem ao período entre 1963 e 1994, pelo que não foram afetados pelo aumento recente da média de peso.

No século XXI, a obesidade infantil atingiu proporções epidémicas, com taxas em ascensão tanto nos países desenvolvidos como nos países em vias de desenvolvimento. Por exemplo, a taxa de obesidade entre crianças do sexo masculino no Canadá subiu de 11% na década de 1980 para mais de 30% na década de 1990. No Brasil, no mesmo período, a taxa de obesidade infantil aumentou de 4 para 14%.

Tal como no caso dos adultos, existem diversos fatores que contribuem para o recente aumento da obesidade infantil. Acredita-se que as alterações dietéticas e a cada vez menor atividade física sejam as duas causas mais relevantes Uma vez que em muitos casos a obesidade infantil persiste na fase adulta e está associada a diversas doenças crónicas, as crianças com obesidade são frequentemente examinadas com o intuito de diagnosticar hipertensão arterial, diabetes, hiperlipidemia e fígado gorduroso. O tratamento em crianças passa sobretudo por intervenções ao nível do estilo de vida e técnicas de comportamento, embora as tentativas de fazer aumentar a atividade física em crianças tenham geralmente pouco êxito. Não se encontra aprovada medicação para este grupo etário.

Efeitos na saúde

O excesso de massa corporal está associado a várias doenças, em particular doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, apneia do sono, alguns tipos de cancro, osteoartrite e asma. Em consequência destes fatores, determina-se que a obesidade contribui para a diminuição da esperança de vida.

Mortalidade

A obesidade é uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo.7 22 23 Em cada ano, morrem 3,4 milhões de adultos em consequência da obesidade ou do sobrepeso. A doença está também na origem de 44% dos casos de diabetes, 23% dos casos de doença arterial coronariana e entre 7 e 41% de determinados tipos de cancro.24 Na Europa, 7,7% das mortes (cerca de um milhão de pessoas) são atribuídas ao excesso de peso.25 26 Em média, a obesidade reduz a esperança de vida entre seis a sete anos.1 27 Um IMC entre 30 e 35 kg/m2 reduz a esperança de vida entre dois e quatro anos,28 enquanto que a obesidade grave (IMC > 40 kg/m2) reduz a esperança de vida em dez anos.

O risco de mortalidade é menor no intervalo de IMC de 20-25 kg/m2 em não fumadores,e 24–27 kg/m2 em fumadores. Existe uma associação entre valores de IMC superiores a 32 kg/m2 e a duplicação da taxa de mortalidade entre mulheres, ao longo de um período de 16 anos.

Risco relativo de morte após dez anos para homens (à esquerda) e mulheres (à direita) de raça caucasiana e não fumadores nos Estados Unidos em função do IMC.

Causas

A nível individual, pensa-se que maior parte dos casos de obesidade se devam a uma conjugação da ingestão de alimentos energéticos em excesso com a ausência de exercício físico. Uma percentagem pequena de casos deve-se principalmente a condições genéticas, transtornos psiquiátricos ou razões médicas. Por outro lado, o aumento generalizado da prevalência de obesidade na sociedade deve-se à facilidade no acesso à dieta, ao aumento da dependência de transportes automóveis e à mecanização do trabalho.

Dieta

A maior parte da energia consumida em excesso tem origem no consumo de hidratos de carbono, e não de gordura. As principais fontes destes hidratos de carbono em excesso são bebidas açucaradas e fast-food.

Existe uma relação entre o consumo de energia total e a obesidade. A maior parte da energia consumida em excesso tem origem no aumento do consumo de hidratos de carbono, e não no consumo de gordura. As principais fontes destes hidratos de carbono em excesso são as bebidas açucaradas e as batatas fritas, pelo que se acredita que o seu consumo excessivo esteja a contribuir para a subida dos índices de obesidade. À medida que as sociedades se tornam cada vez mais consumidoras de dietas hipercalóricas, fast-food e refeições de grandes porções, a ligação entre o consumo de fast-food e a obesidade torna-se mais evidente.

A disponibilidade de energia dietética per capita varia de forma acentuada entre diferentes regiões e países, e foi-se alterando de forma significativa ao longo do tempo. Entre o início da década de 1970 e o fim da década de 1990, a energia alimentar disponível por pessoa e por dia (a quantidade de alimentos comprados) aumentou em todas as partes do mundo, exceto na Europa de Leste. A maior disponibilidade encontra-se nos Estados Unidos, com 3654 cal por pessoa em 1996, valor que aumentou para 3754 Cal em 2003. Em finais da década de 1990, os europeus tinham disponíveis em média 3394 Cal por pessoa, enquanto que nas regiões em desenvolvimento da Ásia a disponibilidade era de 2648 por pessoa e na África subsariana de 2176 Cal por pessoa. Apesar de estarem disponíveis recomendações de nutrição em diversos países, continuam a existir problemas derivados da ingestão excessiva de alimentos e escolhas dietéticas pouco saudáveis.

Genética

Tal como muitas outras condições médicas, a obesidade é o resultado da interação entre fatores genéticos e ambientais. Perante fatores ambientais idênticos, o risco de obesidade é

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