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PENSAMENTO MARXISTA NA EDUCAÇÃO

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Por:   •  28/1/2015  •  Projeto de pesquisa  •  3.561 Palavras (15 Páginas)  •  294 Visualizações

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PENSAMENTO MARXISTA NA EDUCAÇÃO

Acadêmica: Rosélis do Rocio Batista

Prof. Tutor-Externo: Itamar Luis Gelain

Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi

Licenciatura em Sociologia (SOC0021) – Prática Módulo II

15/06/2013

RESUMO

Educar é um desafio social. A educação para Marx participa do processo de transformação das condições sociais, mas ao mesmo tempo, é condicionada pelo processo. O ponto de partida da história, para Marx, é a existência de seres humanos reais que vivem em sociedade e estabelecem relações. Para ele a essência do homem é o conjunto das relações sociais. Marx desejava uma educação socializada e igualitária para todos os cidadãos. Ele não só deu nova interpretação á ideia pedagógica, mas a transformou. Sua obra nos legou alguns princípios importantes que devem ser levados em conta, quando quisermos estabelecer uma prática educacional transformadora do contexto social no qual estamos inseridos. Marx não foi um clássico da pedagogia, mas um clássico para a pedagogia.

Palavras-chave: Sociedade. Educação. Emancipação.

1 INTRODUÇÃO

Marx não escreveu especificamente sobre a educação, mas muitos de seus escritos influenciaram o campo educacional.

Esses escritos nos levam a pensar que a educação não é um negócio, mas uma criação, que não se deve entender a educação como simplesmente uma oportunidade para o mercado de trabalho, mas como uma contribuição para o desenvolvimento de um indivíduo social.

Existem alguns textos que Marx, escreveu sobre a formação e o ensino em que a ideia de educação está unida as relações socioeconômicas daquela época.

A educação conforme Marx deveria ser um instrumento para mobilizar a população com a finalidade de atuar na transformação da sociedade e superar a exploração capitalista.

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2 PENSAMENTO MARXISTA NA EDUCAÇÃO

Marx via a educação com os olhos que via o capitalismo. Identificava na educação uma das mais importantes formas de perpetuação da exploração de uma classe sobre outra, utilizada pelo capitalismo para espalhar a ideologia dominante, para sugerir ao trabalhador o modo burguês de ver o mundo. Identificou nela uma arma valiosa, a ser empregada em favor da emancipação do ser humano, de sua libertação, da exploração e do jugo do capital. Conforme o conteúdo de classe ao qual estiver exposta, ela pode ser uma educação para a alienação ou uma educação para a emancipação.

Podemos dizer que a educação é um reflexo da política adotada em um país e do interesse desse país em coordená-la.

Nesse contexto, Delors (2004, pg. 82) lembra:

Um dos principais papéis reservados à educação consiste antes de tudo, dotar a humanidade de capacidade de dominar o seu próprio desenvolvimento. Ela deve, de fato, fazer com que cada um tome o seu destino nas mãos e contribua para o progresso da sociedade em que vive, baseando o desenvolvimento na participação responsável dos indivíduos e das comunidades.

Pela educação o ser humano aprende como se criam e recriam as invenções de uma cultura em uma sociedade. Cada povo, cada cultura, apresenta sua educação.

A educação pode ser imposta por um sistema centralizado de poder, ou existir de forma livre entre os povos. Pela educação se pensa tipos de homens, pois ela existe no imaginário

das pessoas e na ideologia dos grupos sociais, cuja missão é transformar sujeitos e mundos em algo melhor a partir da imagem que se tem uns dos outros (BRANDÃO, 1984, p. 112).

As teorias tradicionais da educação partem do pressuposto que: A educação é um direito natural universal. Portanto, impedir o acesso a ela é colocar obstáculos à realização da natureza humana. Como expressa muito bem Kant (1985, p. 110).

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Um homem sem dúvida pode, no que respeita a sua pessoa, e mesmo assim só por algum tempo que lhe incumbe adiar o esclarecimento (Aufklärung). Mas, renunciar a ela, quer para si mesmo quer ainda mais para sua descendência, significa ferir e calcar aos pés os sagrados direitos da humanidade.

Marx via na instrução das fábricas, criada pelo capitalismo, qualidades a ser aproveitadas para um ensino transformador, principalmente o rigor com que encarava o aprendizado para o trabalho. O mais importante, seria ir contra a tendência profissionalizante, que levava as escolas industriais a ensinar apenas o estritamente necessário para o exercício de determinada função. Marx entendia que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual, física e técnica. Marx considera necessário reunir o ensino intelectual ao trabalho físico, os exercícios com a formação tecnológica. Destes, a formação tecnológica adquire relevância:

“A formação tecnológica, que é desejada pelos autores proletários, deve compensar as deficiências que surgem da divisão do trabalho, que impede os aprendizes de adquirirem um conhecimento aprofundado de seus ofícios.” (MANACORDA, 1991, p. 90).

Marx foi muito reservado em relação às sugestões concretas de educação, além da sua crítica à instrumentalização da educação a serviço dos dominantes e, para a opressão dos dominados, ele só sugeriu um trabalho infantil bem dosado e um programa de educação politécnica.

Uma educação a serviço dos trabalhadores poderia ser um fator que modificasse a estrutura vigente de dominação. Diz Catini (2006, p. 2):

“A

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