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Piaget e Adolescencia Desenvolvimento Moral e Cognitivo

Por:   •  2/11/2017  •  Resenha  •  2.129 Palavras (9 Páginas)  •  632 Visualizações

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TRABALHO FERIADO

Aluna: Greici Fraga Celistre Duarte

Disciplina: Desenvolvimento Moral e Cognitivo

Data: 12/10/2017

RESUMO ARTIGO: SILVA, VIANA E CARNEIRO. O desenvolvimento da adolescência na Teoria de Piaget, 2011, disponível em www.psicologia.pt, acesso em 12/10/2017.

O presente artigo apresenta uma síntese das características do conhecimento cognitivo do desenvolvimento da adolescência, decorrentes dos estudos de Piaget. Para tanto, a pesquisa teve como objetivo apresentar a importância do desenvolvimento cognitivo do adolescente em vários níveis da teoria piagetiana dentro da perspectiva do período das operações formais, identificando o nível de pensamento e de conhecimento do adolescente. O trabalho consistiu em pesquisas bibliográficas, com o uso de alguns exemplos de observações realizadas pelo professor durante o expediente de trabalho.

O tema foi escolhido com a intenção de estabelecer ideias sobre como o indivíduo desenvolve suas habilidades e pensamentos cognitivos na fase da adolescência considerando a situação de aprendizagem e o relacionamento com os que fazem parte de seu cotidiano social. O tipo de pesquisa foi escolhido, por permitir que professores, educadores e pais do sertão central e do vale do Jaguaribe conheçam alguns motivos, pelos quais, certos adolescentes sentem dificuldades em desenvolver seus conhecimentos, bem como descrever  a importância do desenvolvimento cognitivo do adolescente em vários níveis da teoria piagetiana dentro da perspectiva do período das operações formais, identificando o nível de pensamento e de conhecimento do adolescente no âmbito escolar e familiar.

Como metodologia foi utilizada uma pesquisa do tipo bibliográfica, mas com exemplos concretos de observações feitas pelo pesquisador, através de experiências de um trabalho realizado como educador e professor durante doze anos em escolas particulares. O autor aborda que as transformações ocorridas nos últimos anos, especialmente na área da educação, colocam o adolescente, a escola e a família diante de novos desafios da aprendizagem, os quais serão superados a partir de um estudo, de uma análise profunda e de uma nova concepção por parte dos educadores e estudiosos na área, considerando a importância de manter-se atualizado diante das alterações ocorridas na adolescência e no cotidiano da sociedade. O professor é aquele que aprende com suas experiências do dia-a-dia, não somente ensina, mas busca, descobre modos para o próprio educando descobrir e elabora situações-problemas.

Conforme Piaget, o desenvolvimento do ser humano é uma evolução gradativa, que se dá a partir de estruturas organizadas que norteiam o processo de desenvolvimento humano, baseando-se principalmente no processo de acomodação e assimilação. Portanto, o aprendizado é um processo gradual no qual o adolescente vai se capacitando seguindo uma sequência lógica. Ao atingir a fase da adolescência, o indivíduo adquire a sua forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Isso não quer dizer que a partir do ápice adquirido, ocorra uma estagnação das funções cognitivas. No período das operações formais, o indivíduo tem capacidade de raciocinar com hipóteses verbais e não apenas com objetos concretos, portanto o real é percebido como um caso particular do possível. Logo, o crescimento cognitivo se dá através de assimilação e acomodação. O ser humano constrói esquemas de assimilação mentais para abordar a realidade, no processo de assimilação a mente não se modifica, o conhecimento da realidade não é modificado.

Já a teoria do desenvolvimento mental é baseada na interação do organismo com o meio, e isso acontece por um processo interno de organização e um processo externo de adaptação. As estruturas mentais são todas construídas ao longo do desenvolvimento do indivíduo, neste momento ele interage com o meio utilizando-se dos processos de acomodação e assimilação. Portanto, o que seria essa acomodação e assimilação? A primeira leva o organismo a adaptar-se, para sobreviver, à realidade, e a segunda tende a fazer a realidade adaptar-se às necessidades do organismo. “O ato de assimilação é o fato primeiro, que engloba em um todo a necessidade funcional, a repetição, e é esta coordenação entre o sujeito e o objeto que anuncia a implicação e o julgamento.

Organização e adaptação são invariáveis e inseparáveis. São dois processos complementares de um só mecanismo, sendo o primeiro a parte interna de um ciclo e constituindo a adaptação o aspecto externo, de acordo com Piaget. A adaptação é um processo único, dinâmico e progressivo que compreende, por sua vez, duas funções: a assimilação e a acomodação. Portanto, todo e qualquer ato de inteligência pressupõe uma concepção ou interpretação da realidade exterior, quer dizer, uma assimilação do externo ao conhecimento já existente.

Dessa forma a criança estrutura sua vida mental, passando pela fase sensório-motora, período pré-conceitual até alcançar o período do pensamento lógico-concreto. Nesta fase que antecede a puberdade, as operações mentais exigem situações concretas, presentes, a fim de se processarem. É devido a maturação e a cooperação com outros indivíduos que a pessoa, na puberdade, é levada ao desenvolvimento da lógica formal, baseada nos símbolos e na ação internalizada ou operação.

No período das operações formais, que corresponde ao período da adolescência até chegar a vida adulta, ocorre a passagem do pensamento formal, abstrato, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no período anterior. É capaz de tirar conclusões a partir de hipóteses. O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente, submeter o mundo real aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de criar. Isto se vai atenuando de forma crescente, através da reconciliação do pensamento com a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é contradizer, porém se adiantar e interpretar a experiência.

Nas relações sociais, o adolescente passa por um processo de se caracterizar por uma fase de interiorização, que pode até no princípio ser identificado como anti-social. Ele se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; contudo, na realidade, o ponto chave de sua reflexão é a sociedade. Depois, ele atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real. No período da afetividade, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é um importante referencial para o jovem, determinando as palavras, as vestimentas e outros aspectos de seu comportamento. Aqui ele começa a estabelecer sua moral individual, que é referencial a moral do grupo.

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