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Produção Textual Concepção De Infancia

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Por:   •  14/5/2014  •  627 Palavras (3 Páginas)  •  485 Visualizações

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CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E CRIANÇA

A concepção de infância nem sempre existiu da forma como hoje é concebida e difundida, tendo sido modificada a partir de mudanças econômicas e políticas da estrutura social.

Conforme Áries (1981) A palavra infância evoca um período da vida humana. No limite da significação poderíamos chamar da construção/apropriação de um sistema pessoal de comunicação, de signos e sinais destinados a fazer-se ouvir. O vocábulo criança, por sua vez, indica uma realidade psicobiológica referenciada ao indivíduo.

Segundo o Dicionário Aurélio, por exemplo, criança é ser humano de pouca idade. No mesmo dicionário, a infância está definida como um período de crescimento, no ser humano, que vai do nascimento até a puberdade.

Na sua origem etimológica, o termo “infância em latim é in-fans, que significa sem linguagem. Não ter linguagem significa não ter pensamento, não ter conhecimento, não ter racionalidade. Nesse sentido a criança é focalizada como um ser menor, alguém a ser adestrado, a ser moralizado, a ser educado.

A infância para alguns é uma fase da vida onde reina a fantasia e a liberdade. Para outros, a infância é uma etapa da vida onde a criança é considerada um adulto em miniatura. Outros ainda consideram a infância como uma fase em que a criança vai ser preparada para o futuro.

De acordo com Áries (1978), a ausência de representações da vida da criança, que ocorre até a Idade Média, tem como motivo o desinteresse por uma fase da vida que se mostrava tão instável e ao mesmo tempo representativa. Em outras palavras, este aparente desinteresse pela infância era resultado das altas taxas de mortalidade infantil, fazendo com que os mais velhos não se permitissem grandes apegos.

No século XII o adulto passou, então, pouco a pouco a preocupar-se com a criança, enquanto ser dependente e fraco. Fato este, que ligou este etapa da vida a idéia de proteção. Foi, então, a partir das idéias de proteção, amparo, dependência, que surge a infância. As crianças, vistas apenas como seres biológicos, necessitavam de grandes cuidados e, também, de uma rígida disciplina, a fim de transformá-las em adultos socialmente aceitos. Como diz Áries (1981)

“Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representa - la. É difícil crer que essa ausência se devesse à incompetência ou a falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse mundo” (ÁRIES,1981, p.50).

A infância passa a ser a partir de então “A invenção mais humanitária da modernidade. Ao lado da ciência, do estado - nação e da liberdade religiosa, a infância como estrutura social e como condição psicológica, surgiu por volta do século dezesseis e chegou refinada e fortalecida aos nossos dias”. (POSTMAN, 1999, p.11).

No século XIII, atribuíram-se à criança modos de pensar e sentimentos anteriores à razão e aos bons costumes. Cabia aos adultos desenvolver nelas o caráter e a razão. No lugar de procurar entender e aceitar as diferenças e semelhanças das crianças, a originalidade de seu pensamento, pensava-se nelas como páginas em branco a serem preenchidas, preparadas para a vida adulta.

Com o tempo foi reconhecido que as crianças precisavam de tratamento especial,

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