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Qual O Papel Do Professor De Educação Física?

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Por:   •  10/11/2014  •  4.766 Palavras (20 Páginas)  •  274 Visualizações

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1. APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE

1.1 TEMA: Imagem Corporal e a Influência da Mídia: Qual o papel do professor de Educação Física?

1.2 DISCIPLINAS DO SEMESTRE RELACIONADAS AO TEMA: Corporiedade e Motricidade Humana

1.3 Introdução:

O afastamento das aulas de Educação Física Escolar por parte dos adolescentes pode ocorrer devido a vários fatores. Pesquisas já apontam, entre outras razões, o esporte enquanto conteúdo predominante, as relações de gênero, a falta de habilidade. Porém, acreditamos que a insatisfação com a imagem corporal dos adolescentes possa também ser um dos motivos a contribuir com a não participação desses alunos nas aulas.

Nos meios de comunicação podemos perceber como “ um modelo de corpo ideal” é valorizado, construindo nos adolescentes uma imagem corporal com referência em um único padrão. Este movimento na construção das representações dos jovens, os incentiva a ficarem numa constante busca para atingir o padrão de beleza “ imposto pela mídia que, na atualidade, os adolescentes são os principais indivíduos a demonstrarem grande preocupação com a imagem corporal, em especial as meninas.”

Ainda em formação, desesperam-se, deprimem-se, na maioria das vezes por não conseguirem alcançar o padrão de beleza imposto. Numa faixa etária em que a dificuldade maior é descobrirmos quem somos, a preocupação do adolescente fica restrita a aparência. Estudos que focalizam a relação entre o sexo e a prática de atividades física e esportivas, concluem que indivíduos do sexo masculino tendem a ser mais ativos que os do feminino.

Assim, as meninas ficam ainda mais prejudicadas neste espaço, pois, geralmente, elas são consideradas menos habilidosas, sendo-lhes reservados os cantos das quadras nas aulas de Educação Física. Este aspecto pode ser explicado baseado na cultura, que estimula desde criança os meninos a praticarem atividades físicas, enquanto as meninas são educadas a serem menos ativas e mais delicadas, meigas, sutis e graciosas. De acordo com Pereira (2004, p. 94) “a habilidade corporal nos esportes, sobretudo em nossa cultura, ainda é tida como coisa de homem”. Duarte (2003) realizou uma pesquisa em escolas onde constatou que existem três grupos típicos de meninas: a) as que participam; b) as que tentam participar e c) as que boicotam as aulas. Talvez a esportivização seja a maior responsável pela atribuição de estereótipos, de modo que contribui para a perpetuação de características que, equivocadamente, têm sido vinculadas a cada sexo, excluindo a mulher de sua prática e ocasionando-lhe desmotivação para realizar atividades físicas (DURAN, 1999, p.36). As aulas de Educação Física são um importante espaço para o aluno refletir sobre este modelo de imagem corporal difundido pela mídia e as relações culturais tidas como “normais” para a prática de atividades físicas, a partir da própria imagem corporal, das relações de gênero e seus significados. Como afirma Kehl (2001), a intensidade com que os meios de comunicação atingem as culturas é mais intensa que a capacidade de

assimilação das pessoas, fazendo com que o que se vê seja incorporado sem ser simbolizado. Em nossa sociedade, há uma desconsideração da subjetividade e uma supervalorização da imagem, um culto narcísico ao corpo, que é vendido como objeto de consumo onde o mais importante do que sentir, pensar, criar, é ter medidas perfeitas, considerando-se o padrão de magreza como ideal. Assim, aos adolescentes é imposto um modelo que, na maioria das vezes, há impossibilidade de correspondê-lo nesta fase, devido também às transformações que o corpo está passando. Com a impossibilidade de atingir o corpo desejado ou o padrão de corpo imposto pela mídia, os adolescentes acabam ficando desmotivados a praticarem atividades físicas ou, até mesmo, deixam de praticar por vergonha. E acabam frustrados ocasionando mudanças psicológicas, afetivas e sociais (NUNES, 2001; STICE, 2000). A imagem corporal é definida por Schilder (1994) como a figuração que formamos em nossa mente a respeito de nosso corpo, constituindo-se por aspectos fisiológicos, sociológicos e libidinais. Sua fluidez se deve às constantes transformações as quais é submetida, “se reconstruindo e reestruturando a todo instante” (SILVA, 2004). Assim, acreditamos ser a adolescência a fase da vida em que esta imagem passa por maiores transformações. Os adolescentes são os mais susceptíveis às influências da mídia, principalmente

quando envolve o corpo idealizado. Há uma cultura do corpo belo, magro, sarado, musculoso, etc. Alguns jovens nessa busca acabam usando de meios inapropriados para atingir o corpo desejado (remédios para emagrecer, anabolizantes, cirurgias, etc.). A motivação em propor este projeto de pesquisa é de descobrir o quanto à imagem corporal influencia na participação nas aulas de Educação Física, pois é este o espaço escolar onde o corpo fica em maior evidência. Onde é necessário se utilizar dele para realização de movimentos, onde não há uma mesa e uma cadeira para escondê-lo, onde às vezes é necessário tocar o colega e ser tocado por ele para realizar um movimento, enfim, o local onde se estuda e compreende a cultura corporal.

corpo está em alta! Alta cotação, alta produção, alto

investimento...alta frustração. Alvo do ideal de completude e

perfeição, veiculado na pós modernidade, o corpo parece servir de

forma privilegiada,

...

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