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O PAPEL DO PROFESSOR

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Por:   •  8/6/2013  •  Seminário  •  1.150 Palavras (5 Páginas)  •  601 Visualizações

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O PAPEL DO PROFESSOR

Há uma série de questões acerca das funções assumidas pelo professor, de sua atuação cotidiana e das particularidades da atividade docente.

O documento-base do PROEJA (2006) ressalta a importância do papel dos professores e sua formação para atuarem no programa, cuja consolidação é dependente desse fator, ou seja, o desenvolvimento do PROEJA e sua constituição como política de Estado serão efetivados, de acordo com o documento, a partir do envolvimento dos professores na construção de um projeto pedagógico assentado no currículo integrado, o qual possa fazer a união da formação geral com a específica.

Sendo a educação uma pré-condição para sobreviver em uma sociedade de competências, a formação dos profissionais envolvidos neste processo se torna ainda mais importante.

Ainda nesta perspectiva, Lopes (2004) ressalta que a atuação dos professores não se limita a cumprir ou a negar: os professores também são produtores das políticas existentes, seja quando incorporam princípios oficiais, seja quando resistem, pois sempre se restabelecem processos de reinterpretação e de criação de sentidos.

“Pede-se muito aos professores, demasiado até. Espera-se que remediem as falhas de outras instituições, também elas com responsabilidades no campo da educação e formação dos jovens. Pede-se-lhes muito, agora que o mundo exterior invade cada vez mais a escola, principalmente através dos novos meios de informação e de comunicação. De fato, os professores têm na sua frente jovens cada vez menos enquadrados pelas famílias ou pelos movimentos religiosos, mas cada vez mais informados, terão de ser em conta este novo contexto, que quiserem fazer-se ouvir e compreender pelos jovens, transmitir-lhes o gasto de aprender, explicar-lhes que informação não é conhecimento e que este exige esforço, atenção, vontade”.(Relatório Delours, 2003 p.26-27).

O profissional que trabalha com a modalidade de EJA/PROEJA deve ser qualificado, formado especificamente para este fim onde dará continuidade aos estudos através de sua formação continuada. Caracteriza-se o professor dessas modalidades como trabalhador, cujo sujeito de sua atividade é o aluno, que também é um trabalhador.

A qualidade do educador e dos métodos utilizados influencia muito na permanência ou não dos alunos em sala de aula. Utilizar temas da realidade do aluno, fazer relações entre as disciplinas e fazer conexões entre o cultural, social e econômico, é essencial para prender a atenção dos alunos, tornando o aprendizado mais atraente, despertando o seu interesse e fazendo com que o indivíduo descubra um verdadeiro significado na educação, vendo nela um poder de transformação da sociedade e de sua vida, e não apenas reproduzir ou adaptar o ensino de crianças para adultos. Conhecer o aluno e ter consciência do que idealiza com sua ação é imprescindível na atividade docente.

O professor é responsável por criar conexão entre todas as fontes, constituindo um terreno de sustentação para o desenvolvimento das capacidades globais do aluno: ele é o responsável por auxiliar nos processos de significação dos conteúdos e no processo de reprodução social, tendo em vista que exerce a função de mediar entre o conhecimento socialmente produzido e o indivíduo. Esse artifício de mediação realizado pelo professor entre o aluno e a cultura independe da idade e nível de escolaridade do aluno. No entanto, cada modalidade de ensino tem uma idade especificidade própria e para efetivar essa mediação, o professor necessita inicialmente apropriar-se das condições sócio-históricas de produção que os alunos, e ele próprio, se constituíram como seres sociais, que ocupam uma posição na sociedade e no mundo do trabalho contemporâneo.

A terminologia e a figura do mediador é bastante freqüente em debates políticos, mesas redondas e em congressos e sua presença tem como finalidade garantir o desenvolvimento da ação sendo ele o responsável por dosar as informações dos participantes a fim de construir um resultado compreensível e imparcial. Contudo a ação do educador não se reduz à transmissão de informações e conhecimentos ou simplesmente aguardar um resultado, mas é ativa na construção de tramas que articulam conteúdos, mundo, vida, experiências (suas e dos alunos) num todo significante: é neste sentido que o professor é mediador.

Mediar, portanto, é estar entre, no meio, o que poderia ser entendido como uma barreira, afastando pólos, colocando-os em extremos opostos - incomunicáveis, inconciliáveis. Mas a proposta de mediação

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