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RESENHA CRÍTICA

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Por:   •  20/9/2014  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  613 Visualizações

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Teorias do Jornalismo: a tribo jornalística uma comunidade interpretativo transnacional, de Nelson Traquina lançado em 2005, ano em que os jornais impressos começaram perder os seus leitores para a Internet. Esse livro tem como principal objetivo alcançar um nível elevado na compreensão do estudo teórico das práticas jornalísticas.

Logo na introdução o autor fala sobre o poder do jornalismo e dos jornalistas, sua tribo, suas “estórias”, seus mitos, a relação que os jornalistas têm com tempo; fala sobre o poder persuasivo que um jornalista possui.

Um dos questionamentos feito no livro é explicar a concepção do que é noticia para os jornalistas. A partir desse ponto surge a teoria do jornalismo, que reúne ideias que dão base ao conhecimento puramente especulativo e a uma visão a respeito de aspectos da realidade social.

Na construção da noticia é ressaltado a importante da teoria do agendamento fundamental na relação e seleção dos fatos que podem virar noticias. Segundo o autor “a teoria do agendamento sublinha uma forte mudança no paradigma dominante da teoria dos efeitos dos medias e significa uma redescoberta do poder do jornalismo não só para selecionar os acontecimentos ou temas que são noticiáveis, mas também para enquadra estes acontecimentos e/ ou temas”. Este enquadramento da uma noção de inclusão, integração e limitação do que se quer noticiar, ou seja, uma maneira de se organizar os acontecimentos. Como assegura Tuchman (1976: 94) apud Traquina, “a notícia, através dos seus enquadramentos, oferece definições da realidade social; conta ‘estórias’”.

O contar ‘estórias’ dos jornalistas não fica apenas em desenvolver uma narrativa de ficção, mas uma forma preferencial de se referir às notícias, que por sua vez, são relatos de acontecimentos atuais e de interesse público, mas que não deixam de ser ‘estórias’.

Tudo isso acontece em meio de um campo chamado de “campo jornalístico”, que se desenvolveu no período do capitalismo durante o século XIX, período da industrialização, urbanização e do desenvolvimento tecnológico. A partir dessa época, o jornalismo passou a ser considerada uma profissão.

Com o processo de profissionalização do jornalismo, a sociedade e até mesmo os próprios profissionais da área, passaram a exigir mais do seu próprio caráter profissional.

A independência e a autoridade, são defendidas pelos jornalistas, como sua ideologia, a qual segundo Bourdieu (1996:11) apud Traquina, “cada profissão produz uma ideologia profissional, uma representação mais ou menos idealista e mítica de si mesma”. As suas ideias são próprias de uma época que determina o encontro da sua “identidade profissional”.

A “identidade profissional” pode ser verificada dentro de uma tribo, citada pelo autor como: “a tribo jornalística”, na qual, vive uma comunidade que defendem os mesmos propósitos e compartilham os mesmo ideais, por exemplo, o ato de partilhar as informações, ou noticias. Diante desse ato de dividir as informações, Nelson Traquina, apresenta o seguinte pensamento: “Uma das consequências de um ‘pensamento de grupo’ comum é aquilo a que se chama ‘jornalismo em pacote’, isto é, os fenômenos frequentemente observados de uma legião de jornalistas cobrindo a mesma história da mesma maneira”. Além disso, “(...) a nossa hipótese é que os jornalistas são uma comunidade ou tribo interpretativa transnacional, e que a cobertura noticiosa em países diferentes revela semelhanças significativas (...)”.

No século XIX, em uma sociedade democrata, que o jornalismo passou a ser considerada uma profissão. A partir de então, o jornalista passou a ter um novo uma nova meta, levantar, apurar e transmitir noticia e comentários dispostos em diversos veículos e meios de comunicação, como: jornais, revistas e TV. Na mesma época, os jornais começaram a apresentar uma grande margem de lucro, significando um o aumento na distribuição de seus exemplares, tendo como base às notícias e não as propagandas.

Com o reconhecimento da profissão do jornalista, as notícias, passaram a serem consideradas como mercadorias, ou seja, o começo da comercialização de informações – alvo principal da imprensa atual. Segundo o autor essa situação se deu a partir da

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