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RESENHA: VENDO VOZES – UMA VIAGEM AO MUNDO DOS SURDOS

Por:   •  3/3/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.024 Palavras (9 Páginas)  •  4.394 Visualizações

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VENDO VOZES – UMA VIAGEM AO MUNDO DOS SURDOS







VENDO VOZES – UMA VIAGEM AO MUNDO DOS SURDOS


Resumo do livro: Vendo vozes - uma viagem ao mundo dos surdos, obra de  Oliver Sacks  apresentado à Disciplina de LIBRAS, Curso de Licenciatura em Química, da Universidade Federal de Rondônia [UNIR], como requisito parcial para avaliação da disciplina, sob a orientação do Prof. Amauri Moret da Silva.





PORTO VELHO - RO

2017


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        3

2. CONCLUSÃO        8

3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA        9

1. INTRODUÇÃO

Vendo Vozes de Oliver Sacks é uma obra de três capítulos. O primeiro capítulo conta como o autor começou a viajar no mundo dos surdos, principalmente aqueles que nunca tiveram a língua de sinais. O segundo capítulo é a parte que conta mais as histórias de como é a vida de pessoas que são surdas. Porém essa segunda parte do livro foi escrita depois do capitulo 3. No capítulo 3 a pedagogia era voltada para o mundo dos ouvintes e esta relação de ensino era basicamente oral, e como todo estudante eles preocupavam-se com a construção de suas identidades e a formação de suas culturas. A pedagogia de inclusão foi importante para que não só as famílias percebessem a necessidade da participação social, mas também o direito de todos como cidadãos livres e conscientes.

No cerne da cultura e da linguagem o bilinguismo é fundamental para a construção da diversidade linguística e cultural do surdo. É por essa razão que a mudança histórica é essencial para a conscientização e transformação do cidadão surdo.


 CAPÍTULO  1

O autor começa este capítulo com a seguinte afirmação: “Somos totalmente ignorantes a respeito da surdez” (p. 10), demonstrando a sua opinião inicial sobre o contexto do meio social em que vivia. Nos dias atuais, esta afirmação pode ser considerada válida, ainda que os surdos venham ganhando cada vez mais o seu espaço, existem muitas pessoas ouvintes que são completamente ignorantes quando se trata de surdez, muitos afirmam não se importar com essas pessoas porque não convivem com elas e que por esse motivo, não se importam muito e debater este assunto.

Oliver retrata que começou a ter conhecimento sobre a surdez quando ele teve de fazer uma resenha crítica sobre o livro When the mind hears: a history of the deaf, a partir de então, um assunto novo a ser estudado o impressionou e cada vez mais ele procurou se aprofundar, conversando com a dr. Isabelle Rapin que naquele momento era sua amiga a mais de 25 anos e procurou obter contato com uma amiga surda que antes ele não dava muita importância até chegar no momento em que ele afirma: “Hoje em dia, tenho toda uma prateleira da estante ocupada por obras sobre um assunto que seis meses atrás eu nem se quer pensava que existia [...]” (p. 11).

Um dos assuntos que se destacam nesta obra é a citação que ele faz de um exemplar autobiográfico de David Wright que ele ganhou de um amigo no ano de 1969. Wright perdeu a audição aos sete anos de idade e ele retrata a sua experiência nessa transição de ouvinte para surdo. Uma de suas experiências é que ele se recorda de parecer ouvir a sua mãe conversando no hospital, mas que em certa hora, ela tampou a boca e ele percebeu que não poderia entender nada do que sua mãe estava falando, foi aí que ele percebeu que as vozes que ele ouvia tanto de sua mãe quanto das pessoas que a acompanhavam, não passavam de vozes fantasmagóricas, de algo que sua memória recordava. Esse é um dos motivos que Oliver diz o porquê do nome de seu livro “Vendo Vozes” que é justamente pelo fato da pessoa surda ter a noção de ver vozes, pois tudo o que faz parte de sua comunicação e dado pela visão.  

 CAPÍTULO  2

No capítulo 2 do livro VENDO VOZES- UMA VIAGEM AO MUNDO DOS SURDOS começa nos explicando que observamos e reagimos ao mundo muito antes de aprendermos uma língua. E que existe grandes pensamentos — nos animais ou nos bebês — antes de se expressarem por uma linguagem.

Esse capítulo nos mostra histórias de Joseph, Ildefonso e de outros como eles, que são surdos, e a importância e necessidade deles aprenderem a Língua de Sinais. Fala sobre o perigo de um surdo não ter a possibilidade de aprender uma língua e ter uma total incompreensão da ideia de uma língua. Pois se não desenvolver uma comunicação, pode afetar o desenvolvimento mental, emocional e dificuldades de interagir socialmente.A primeira linguagem e comunicação geralmente acontecem entre mãe e filho, uma comunicação que se expressa entre os dois. Quando nascemos, podemos desenvolver sozinhos habilidades motoras, mas não adquirimos sozinhos uma língua. Só desenvolvemos uma língua, quando outra pessoa nos ensina uma linguagem, e quando compreendemos essa linguagem, aprendemos a nos comunicar.Toda comunicação, todo pensamento reflete as necessidades e interesses pessoais do indivíduo. O diálogo criativo, um intercurso comunicativo rico durante a infância, desperta a imaginação e a mente, um espírito brincalhão, um humor que acompanharão a pessoa pelo resto da vida.A língua de sinais manuais usada pelos surdos é uma linguagem ideográfica. Essencialmente, ela é mais pictórica, menos simbólica e, como sistema, enquadra-se principalmente no nível da representação por imagens. Para alguém que apenas observa a língua de sinais, como os gestos ou mímica, pode achar simples e fácil, mas não é tão simples assim, é muito complexa a língua de sinais, consistindo em inúmeros padrões espaciais encaixados de forma tridimensional uns nos outros.De fato, a primeira e principal descoberta de Ursula Bellugi foi que o hemisfério esquerdo do cérebro é essencial para a língua de sinais, tanto quanto para a fala, e que a língua de sinais usa algumas das mesmas vias neurais que são necessárias ao processamento da fala gramatical — mas, em adição, algumas vias normalmente associadas ao processamento visual.

 CAPÍTULO 3

            A Universidade Gallaudet (Washington, USA) é a única faculdade de ciências humanas para surdos do mundo. Em 1988, com 124 anos de existência, nunca havia tido um reitor surdo. Porem, neste ano, houve uma forte manifestação por parte dos estudantes, e de toda a comunidade surda, para que este fato fosse transformado, após uma assembleia realizada pelo corpo diretivo da universidade votar, novamente, por um reitor (a) ouvinte. Os estudantes e a comunidade surda, com apoio dos professores e funcionários da instituição, reivindicavam 4 essenciais mudanças: (1) nomeação imediata de um novo reitor, surdo; (2) renúncia imediata da presidente do corpo diretivo, Jane Bassett Spilman; (3) maioria de 51% de membros surdos no corpo diretivo (que a época possuía dezessete membros ouvintes e apenas quatro surdos); (4) que não houvessem represálias.

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