Resenha Crítica - MDA

Resenha Crítica - MDA

 

        Ao longo da criação de um jogo, um desenvolvedor pode se utilizar de diversas metodologias para conseguir chegar no seu resultado desejado, no artigo analisado os autores, Robin Hunicke, Marc LeBlanc, Robert Zubek, apresentam uma delas, a MDA, que busca encurtar o caminho entre o designer e o jogador daquele jogo.

        A grande diferença de jogos em relação a outras mídias como filmes e livros, é que a utilização dele é de fato imprevisível, pois a experiência do jogo depende do comportamento do usuário e a forma a qual o jogo reage as ações dele, e assim podemos utilizar o MDA como uma “lente” e enxergar o jogo como divido em três partes: mecânica, dinâmica e estética.

        Basicamente a mecânica seria o elemento fundamental de um jogo, incluindo elementos particulares (como itens, chaves ou armas) ou ações simples (como poder pular, correr e usar habilidades). A dinâmica corresponde a maneira que os jogadores usufruem dessas mecânicas, como usar um fuzil de longo alcance para atacar um adversário ou economizar uma habilidade para atingir o maior número de inimigos. Já a estética de acordo com a estrutura MDA, está relacionada a sensações e emoções que são despertadas no jogador quando ele interage com o jogo, ou seja, interage com as dinâmicas.

        Ao analisar dessa forma o designer seria responsável pela criação das mecânicas que formam dinâmicas e por fim passam alguma emoção ou sensação estética, já o jogador enxergaria pelo sentido contrário, ao qual ele primeiro teria contato com essas experiencias estéticas que vão indicar a ele a forma de se comportar no jogo através das dinâmicas que virão das mecânicas.

        Utilizando-se dessa estrutura fica mais fácil para o desenvolvedor conseguir entender de que forma ele manipula o jogo e suas regras para atender determinado objetivo, seja ele passar uma sensação ou até mesmo produzir alguma experiencia ao usuário, através da criação das mecânicas base do jogo, além de que este método reforça mesmo que implicitamente a importância do teste prévio do jogo, para que o designer possa criar o produto mais fiel a ideia a qual ele quer passar, ou seja compreender os jogos como sistemas dinâmicos ajuda a controlar resultados indesejáveis.

        O artigo é bem didático em relação ao MDA, fazendo com que fique de fácil entendimento tal conceito, e é de grande importância para compreender o papel de quem faz o jogo e como ele interfere na interação do jogador com o produto, e na forma em que esse jogador vê, sente e utiliza determinado jogo.