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Resenha Tempestade em um copo de água

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Por:   •  10/5/2014  •  Resenha  •  932 Palavras (4 Páginas)  •  286 Visualizações

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PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. Tempestade em copo d’água. São Paulo, Revista Língua, n. 68, jun.2006, p.16-18.

O autor, Luiz Costa Pereira Junior é jornalista e professor. Foi assessor de imprensa na Central Única dos Trabalhadores (CUT), editor da revista Livros & Artes, e, entre 1994 e 2001 atuou no jornal O Estado de S. Paulo, como repórter do Caderno 2 e editor do suplemento Telejornal.

O artigo apresentado por Pereira Junior a Revista Língua, mostra a polêmica gerada em torno do livro didático Por uma vida melhor adotado pelo MEC e que estaria "ensinando errada” a língua portuguesa, ao reproduzir erros de concordância.

O artigo Tempestade em copo d’água está estruturado em seis tópicos. No primeiro tópico, o autor descreve que a repercussão iniciou com uma nota divulgada pela Academia Brasileira de Letras, criticando o livro Por uma vida melhor, destinado à educação de jovens e adultos e distribuído às escolas públicas pelo MEC. Num trecho que aborda as diferenças entre a língua oral e a língua escrita, a professora Heloísa Ramos, autora da obra, diz que é possível alguém dizer “Os livro” ao invés de “Os livros”.

No tópico adequação, menciona que Língua teve acesso á obra e constatou que ela não diz que é correto falar errado, como foi propagado, mas que cada padrão exigido numa situação comunicativa tem formas adequadas e inadequadas de expressão do idioma. Nessa parte, a autora versa ainda sobre quando há conhecimento das muitas variedades da língua, é possível escolher a que melhor se encaixa ao contexto.

No tópico parâmetros, são destacadas opiniões de várias pessoas, como Vera Masagão, coordenadora executiva da Ação Educativa, que diz acreditar que, se o aluno toma consciência do modo com ele fala, tem melhores condições de se apropriar da regra e usá-la quando for apropriado. E ainda de Maria José Foltran, presidente da Abralin (Associação Brasileira de Linguística) que considera o caso como marcado por posicionamentos “virulentos” e “até histéricos”, apesar do livro seguir os Parâmetros Curriculares Nacionais, de 1997. Segundo Maria José, não somente este, mas outros livros didáticos englobam discussão da variação linguística com o intuito de ressaltar a importância da norma culta no mundo letrado. Portanto, em nenhum momento houve ou há defesa de que a norma culta não deva ser ensinada.

No tópico contexto, o autor mostra como sendo um dos desafios do aprendizado de português a dificuldade de saber qual linguagem usar em determinadas situações e de identificar os diferentes níveis de formalidade, pois as pessoas saem da escola sem saber interpretar textos e expressar-se fora das situações a que estão acostumadas. Segundo o linguista Sírio Possenti, professor da Unicamp e colunista de Língua a discussão do livro foi fruto da descontextualização. Uma página da obra teria sido “sistematicamente mal lida pelos comentaristas”.

No tópico repercussão, o autor aponta duas passagens do livro que segundo o linguista Sírio Possenti foram alvo dessa estratégia: Uma foi aquela que o livro responde “pode” á pergunta se pode dizer “Os menino pegam peixe” onde “pode” foi lida como se a forma devesse ser ensinada na escola (quando é apenas apresentada e analisada previamente na obra). E

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