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Resenha crítica Filme: A Corrente do Bem

Por:   •  17/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  799 Visualizações

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Resenha crítica Filme: A corrente do bem[a]

Egeslaine de Nez[b]

Análise crítica[c]

Nesse filme, a ficção mostra uma lição de vida que deveria ser aplicada na vida real. Mudar o mundo não é uma tarefa fácil, mas pode-se mudar uma enorme quantidade de coisas na vida de cada um, dos alunos e da comunidade educacional. Ideias são maravilhosas, sempre. O problema mais difícil é colocá-las em prática. E Trevor fez isso. Há uma infinidade de obstáculos para enfrentar, mas há que se manter a cabeça erguida e seguir em frente.[d] Parar no meio do caminho ou dar ouvido às pessoas que falam que nada vai dar certo não é uma boa opção. A melhor maneira que existe é alcançar os objetivos “sem medo de ser feliz”. Deve-se seguir em frente.[e] Rejeições sempre existem, mas o importante é a batalha para formar bons cidadãos para a vida e para o mundo![f] Destaque-se, nesse filme, que é essencial ao educador compreender a importância que o professor tem na vida de seus alunos, pois sua ação docente deve ser coerente com a realidade deles. Trevor mostrou o valor que o professor tem perante a sociedade e seus alunos, bem como o poder que possui de transformar-lhes a vida. Essa marca pode ser boa ou ruim, depende de como o professor desenvolve suas atividades no espaço escolar, podendo acontecer de forma incorreta, prejudicando-os, ou de maneira a ajudar, melhorando suas ações na sociedade na qual estão inseridos. Cada professor, porém, desenvolve o seu próprio estilo, que é o reflexo da sua atitude e relação com o processo de ensino aprendizagem, conforme sua personalidade e sua compreensão e percepção dos alunos que fazem parte de sua vida cotidiana.[g] Isso faz lembrar Saint-Exupéry (2006, p. 78) no seu inesquecível o Pequeno Príncipe: Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, pois cada pessoa é única e uma não substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, mas não vai só; leva um pouco de nós mesmos e deixa um pouco de si mesma. Há os que levam muito. Há pessoas que nada levam, há os que deixam muito e há os que nada deixam. Essa é a maior responsabilidade de nossas vidas [...].[h]

Nesse sentido, o professor é aquele que dá direção ao processo de ensino e aprendizagem e assume o papel de mediador entre a cultura elaborada e em processo de acumulação pela humanidade; é o mediador entre o coletivo da sociedade, construído historicamente, e o aluno. Então, ele exerce o papel de ponte entre o conhecimento universal da sociedade e o conhecimento particular do educando, deixando-lhe marcas evidentes. [i]Luckesi (1993) afirma que o professor deve ter a “arte de ensinar”.[j] É necessário, assim, um desejo de ensinar; é preciso querer ensinar aos seus alunos. Por isso, torna-se também importante, além da competência teórica, técnica e política, uma paixão pelo que se faz, que se manifeste, ao mesmo tempo, de forma afetiva e política. Daí vem a “arte de ensinar”, que nada mais é que um desejo permanente de trabalhar, das mais variadas e adequadas formas, para a elevação cultural dos educandos.[k] Cabe, então, ao professor a iniciativa de criar ou aprimorar um ambiente necessário para o exercício de uma atitude dialógica1. É por meio dela que o professor poderá atingir o pensamento, a imaginação e as necessidades intelectuais dos alunos. O educando, como o educador, é caracterizado pelas múltiplas determinações da realidade, ou seja, é um sujeito ativo que, pela ação, se constrói. Ele é um membro da sociedade como qualquer outro sujeito, tendo socialidade, historicidade e praticidade.[l] Nesse sentido, Luckesi (1993), também caracteriza o aluno como sujeito capaz de construir-se a si mesmo.[m] O educando é um sujeito que precisa da mediação do educador para construir sua cultura, para tomar nas próprias mãos a cultura espontânea que possui, para reorganizá-la com a apropriação da cultura elaborada. Na escola, o educador deve compreender que o educando é um sujeito como ele mesmo, com capacidade de ação e de crescimento, de aprendizagem, de condutas inteligentes, de criatividade, de avaliação e julgamento. Assim, a sala de aula transforma-se num espaço de relações pedagógicas. Diante disso, a relação professor-aluno deixa de ser uma relação vertical e de imposição para ser compreendida como um momento de construção de um conhecimento que pode até ser coletivo e participativo (kULLOk, 2002), conforme se verificou na relação entre Eugene e Trevor. Veiga (1991) colabora, destacando que a sala de aula é o espaço onde professores e alunos se encontram e interagem na construção do conhecimento, e é esse relacionamento que faz a diferença na vida dos alunos, dos professores e da escola, que faz com que brilhem e saiam do anonimato. Professor e aluno, os sujeitos da aprendizagem, são constituídos nas relações afetivo-histórico-sociais que otimizam construção e reconstrução do saber em uma perspectiva pedagógica que compreenda a diversidade cultural da sociedade brasileira.. Portanto, ser docente implica a autoconstrução como ser humano e, consequentemente, como ser professor. Assim, a ação docente é construída na interação, considerando-se a vivência de cada ser e sua própria experiência. A prática educativa se insere nessa realidade social, cultural, econômica e política, sendo necessário ao educador o desenvolvimento de habilidades que lhe permitam desenvolver um trabalho ético e comprometido socialmente. Isso porque a formação do indivíduo é construída nas relações sociais, e a relação do educador com o educando não ocorre de forma isolada, ao contrário, se dá na interação com a família, com a escola e com a sociedade.[n]

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