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Por:   •  25/5/2017  •  Relatório de pesquisa  •  3.623 Palavras (15 Páginas)  •  408 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Sustentabilidade é o termo utilizado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades dos seres humanos, sem comprometer as futuras gerações, ou seja, satisfazer as necessidades da geração presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.

Segundo Sachs (1986) a sustentabilidade esta dividida em cinco dimensões do eco desenvolvimento: sustentabilidade social, econômica, ecológica, espacial, e cultural, descritas a seguir:

  • Sustentabilidade Social: o processo deve se dar de tal maneira que reduza substancialmente as diferenças sociais. Considerar o desenvolvimento em sua multidimensionalidade, abrangendo todo o espectro de necessidades materiais e não materiais.
  • Sustentabilidade Econômica: a eficiência econômica baseia-se em uma alocação e gestão mais eficientes dos recursos e por um fluxo regular do investimento publico e privado. A eficiência deve ser medida, sobretudo em termos de critérios macrossociais.
  • Sustentabilidade Ecológica: compreende a intensificação do uso dos potenciais inerentes aos variados ecossistemas, compatível com a sua mínima determinação. Deve permitir que a natureza encontre novos equilíbrios, através de processos de utilização que obedeçam a um ciclo temporal. Implica, também, em preservar as fontes de recursos energéticos e naturais.
  • Sustentabilidade Espacial: pressupõe evitar a concentração geográfica exagerada de populações, atividades e de poder. Busca uma relação equilibrada cidade-campo.
  • Sustentabilidade Cultural: significa traduzir o conceito normativo de eco desenvolvimento em uma pluralidade de soluções particulares, que respeitam as especificidades de cada ecossistema, de cada cultura e de cada local.

Atualmente a sustentabilidade faz parte da estratégia das organizações, adquirindo contornos de vantagem competitiva. A aplicação de práticas sustentáveis revela-se cada vez mais economicamente viável, muitas vezes trazendo um fôlego financeiro extra as organizações. Este é um dos grandes motivos pelos quais as ideias de projetos empresarias que atendam aos parâmetros de sustentabilidade, começaram a multiplicar-se e espalhar-se por vários lugares do planeta.

A ISO (Organização Internacional de Normalização) 26000 surge para ser a primeira norma internacional de Responsabilidade Social Empresarial. Ela começou a ser desenvolvida em 2005 e sua versão final foi publicada em 1º de novembro de 2010. O documento tem como objetivo traçar diretrizes para ajudar empresas de diferentes portes, origens e localidades na implantação e desenvolvimento de políticas baseadas na sustentabilidade.  A ISO 26000 uma norma de diretrizes e de uso voluntário, não visa nem é apropriada a fins de certificação (INMETRO, 2012). A ISO 26000 (2010) declara que a “responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e sustentabilidade” não são conceitos que competem entre si, mas que se completam. Uma plausível expressão está refletida na figura 1:

[pic 1]

Figura 1: Responsabilidade Social – Desenvolvimento Sustentável – Sustentabilidade. Fonte: ISO 26000 – Norma Internacional de Responsabilidade Ambiental

  1. Sustentabilidade no Varejo

        O termo varejo foi conceituado por Parente (2000, pg 22) como “todas as atividades que englobam o processo de vendas de produtos e serviços a uma necessidade pessoal do consumidor final”.

Berman e Evans (2004) apresentam quatro princípios básicos sobre varejo que são:

  • Foco no cliente: a empresa visa satisfazer o máximo as necessidades demandadas pelos consumidores;
  • Esforço de coordenação: o varejo visa integrar planos e atividades para alavancar a maior eficiência possível na cadeia;
  • Foco em custo: a empresa visa ter preços compatíveis e serviços ofertados;
  • Foco nos objetivos: o varejo define metas e objetivos e busca realizá-los.

A contribuição do varejo brasileiro para o desenvolvimento econômico é imensa, e que é fruto de profunda transformação do mercado (SOUZA, 2010). Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE (2012) apontavam que o varejo tinha sido alavancado devido à estabilização da moeda, pela recuperação da economia brasileira e pelo maior controle fiscal e tributário. Esse quadro também havia favorecido o emprego formal, a disponibilização do crédito e redução das taxas de juros. Assim, aliado à melhoria da renda e do emprego observou-se uma expansão do consumo interno das famílias. O setor de varejo, pelos dados do IBGE (2012), apresentava um desempenho acima do PIB brasileiro, sendo responsável por melhorar o resultado geral da economia. A Revista Exame, em 2012 demonstrava que o setor varejista havia apresentado crescimento de 0,2% nas vendas em agosto, em comparação com o mês de julho, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

Atualmente, esse panorama tem se mostrado mais pessimista, como reflexo da continuidade da deterioração dos principais indicadores econômicos brasileiros, como aumento da inflação, encarecimento do crédito, aumento do nível de desemprego e desvalorização do real frente ao dólar. A PMC do IBGE (2016) apontou queda real do varejo, que descontada a inflação, foi de -6%, na comparação outubro de 2016 contra outubro de 2015 (Quadro 1), mas com previsão de melhora, pela confiança em um cenário futuro.

Quadro 1. Indicadores Econômicos 2016 e Projeções futuras.[pic 2]

Fonte: IBGE/ PMC (2016)

Assim, para os varejistas, adotar práticas sustentáveis em suas operações pode ser uma forma de orientar-se na busca pela vantagem competitiva no longo prazo e também uma maneira de aproximar-se cada vez mais dos seus públicos internos e externos (PINTO, 2004; ALIGLERI; ALIGLERI; KRUGLIANSKAS, 2009). Desde a década de 1980 a preocupação ambiental passou, gradativamente, a ser encarada como uma necessidade de sobrevivência, diferenciando as organizações em termos de política de marketing e de competitividade no mercado (LAYRARGUES, 1998; AMARAL, 2003 apud ARAÚJO e MENDONÇA, 2007).

A responsabilidade social e ambiental das empresas gera uma estratégia de vantagem competitiva através da qual competem num ambiente de negócios cada vez mais complexo, no qual não é suficiente oferecer apenas qualidade e preço acessível (DEMAJOROVIC, 2006), ou seja, organizações estão cada vez mais pressionadas para observar intensamente os impactos das suas políticas, diretrizes, empregados, clientes e sociedade como um todo (PEREIRA, 2009).  

Segundo Mendes[a] (2012, p. 44), “o varejo oferece serviços e vende produtos de outras empresas, então se acredita que esse modelo de negócio não era responsável pela consequência da comercialização dos seus produtos e muito menos pela preservação do meio ambiente”.

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