A Especialização e Patrimônio Cultural e artístico

Especialização e Patrimônio Cultural e artístico

Universidade de Brasília

Henrique de Siqueira e Silva

Já não vivemos sem os nossos “SmartFones”, ou telefones inteligentes, são tantos aparelhos com muitas funcionalidades, que nos enche os olhos, mas a questão é: O que está por traz de um celular inteligente? Em primeiro lugar podemos sintetizar que por traz de um aparelho moderno de celular reconhecemos um grande e acelerado avanço tecnológico que trouxe a difusão do conhecimento e assim assuntos correlatos como o Direito autoral e Pirataria.

A alguns anos atrás era coisa de cinema conversar ao vivo com outra pessoa através de vídeo conferencia, hoje qualquer celular inteligente, com um aplicativo adequado e uma conexão com a internet, pode-se conversar e desta forma até mesmo estudar a distância de certa forma podemos dizer que houve uma difusão do conhecimento que antes era restrito aos livros e enciclopédias, hoje por meio da internet  podemos estudar para provas, fazer cursos, aprender uma nova língua, usar tradutores simultâneos e com esse avanço percebemos alguns assuntos que ficaram pendentes mas que fazem parte desse avanço tecnológico a saber o direito autoral.

 Com a difusão do conhecimento e a facilidade de copiar imagens, baixar músicas, compartilhar livros e muitos outros arquivos em rede fica a pergunta: Como fica a questão dos direitos autorais? A arte sempre teve um papel importante com relação a nos fazer refletir sobre diversos temas e pensando nessa questão e respondendo a essa pergunta o coletivo “Filé de Peixe” do Rio de Janeiro criou o trabalho “Piratão” que é uma performance que estuda a economia informal e pirata, nessa performance os artistas vendem na rua DVDS de Vídeo arte pirateado a preço de Banana.

O grupo se apropria de vídeo arte, antes vinculado a galerias e colecionadores,  e agora uma ação para difusão e distribuição e acesso a arte por meio da pirataria e apropriação de propriedade intelectual. Esse trabalho levanta as questões contemporâneas: da cópia e da reprodução indevida do trabalho intelectual, e de que existe uma crise que não é discutida ou fiscalizada, não existe respeito pelo trabalho do outro, havendo respeito é possível que exista uma construtividade.

No documentário “Saving Banksy” mostra os trabalhos do grafiteiro mais famoso do mundo sendo retirado e vendido em leilões por milhões de dólares e sem o consentimento do artista, desrespeito aos direitos autorais da obra de arte, mesmo instituições sérias como galerias de arte estão se apropriando e pirateando o trabalho intelectual, percebemos que o problema da pirataria não está apenas nas feiras e camelôs dos subúrbios das grandes cidades mas em toda a estruturas e camadas sociais, estudantes copiam trabalhos monográficos, teses e artigos, tudo em nome do mercado, e com o advento dos cursos EAD, a pratica ao “CTROL+C e CTRL+V”, ou seja copiar e colar é assunto que tem que ser discutido, tanto entre os alunos quanto aos profissionais envolvidos como a figura do professor autor de material para essa nova modalidade de ensino a distância.

A pirataria, é a apropriação do trabalho intelectual alheiro sem prévia autorização, com aumento dos internautas a luta contra a pirataria está perdendo na queda de braço, em recente caso do site de downloads pirataria mais famoso da internet o Pirate Bay foi multado e parou de funcionar, mas ao invés de acabar com a pratica, piorou e a Suécia criaram até um partido político, o ditado “Se não podes com eles, junte-se a eles” literalmente o que vemos hoje, a indústria do entretenimento mudou a estratégia de combate a pirataria para liberação dos dowloads e por muitos motivos e estratégia de mercado, visualização e vendas de produtos embutidos por exemplo o Site de busca Google libera musicas para quem compra determinado aparelho de celular, artistas ganham por visualização e marketing dos patrocinadores.

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