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O DESENHO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  24/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  8.852 Palavras (36 Páginas)  •  261 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O desenho é como uma linguagem para a arte, para a ciência e para a técnica, é o instrumento de conhecimento possuidor de grande capacidade de abrangência como meio de comunicação e de expressão. O desenho pode manifestar-se, não só pelas marcas gráficas depositadas no papel, mas também através de sinais como um risco no muro, uma impressão digital, a impressão da mão ou pé numa superfície. O desenho infantil é objeto de estudo por parte de psicólogos, pedagogos, artistas, educadores. Nas escolas, de uma forma geral, o desenho se encaixa dentro da disciplina denominada Educação Artística. (Pillar, 1996, p 45)

Portanto, o desenho faz parte de um conjunto de atividades plásticas tais como a pintura, a escultura, a modelagem, a marcenaria, a colagem, a confecção de máscaras, de bonecos e de outros objetos, abrangendo uma determinada faixa etária a partir de educação infantil. A criança vive em transformação física, perspectiva, psíquica, emocional e cognitiva. Tais transformações promovem na criança um espírito curioso, atento e experimental. (Pillar, 1996, p 45)

O ato de conhecer e de criar estabelece relações, onde ambos suscitam a capacidade de compreender, relacionar, ordenar, configura significar. A concepção infantil é uma noção historicamente construída e conseqüentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época.

E é através do desenho que a criança possui uma natureza específica, particular em sua forma de comunicar uma idéia, uma imagem, um signo, através de determinados suportes, como papel, cartolina, lousa, muro, chão, areia, madeira ou pano.

Levando em conta tais considerações, o objetivo desta pesquisa foi investigar o ato da criança de 03 anos desenharem, tendo como ponto relevante o seu conhecimento através do mesmo. O estudo foi desenvolvido a partir de observações e intervenções apoiadas em estudos que tratam do desenho infantil e a construção do conhecimento.

Dentre os objetivos alcançados temos: A análise do desenvolvimento infantil e educacional da criança da faixa etária de 03 anos e a importância do desenho para o desenvolvimento e o conhecimento infantil.

O princípio da linguagem total é perfeitamente compatível com a proposta de educação de corpo inteiro. Se o que fundamenta o primeiro é o aproveitamento de todos os recursos, elementos e dimensões da linguagem, o que legitima a segunda é o desenvolvimento da criança na sua plenitude, isto é, levando em consideração os aspectos motor e físico que tanto têm sido desconsiderados no âmbito das salas de aula.

A ação criadora conjuga, no presente imediato, o futuro e o passado, o projetar, e o recuar, o avançar e o defender, o imaginar e o lembrar. Desenhar é uma atividade lúcida, abrangendo o aspecto operacional e o imaginário. Através do desenho a criança reflete continuamente suas impressões do meio circulante. Sua compreensão real faz-se por meio de uma inter-relação dessas impressões com as coisas percebidas.

O ensino de Arte, por muitos anos, foi visto como uma disciplina sem interesses por parte dos alunos. Enquanto isso, a Educação Infantil tem avançado nas suas expectativas de trabalho para o desenvolvimento de nossas crianças, sendo esta a primeira etapa da educação básica. Nesse sentido, pesquisar o ideal é refletirmos sobre algumas propostas no Plano  Curricular Nacional e o que encontramos na realidade, com o objetivo de medirmos a que distância está, realmente, desse ideal na prática do ensino de Arte na Educação.

A relevância deste estudo embasa-se na questão da importância do desenvolvimento integral da criança na educação  acreditando que o ensino de Arte muito contribui para esse desenvolvimento e aprendizagem do educando. O Plano de Educação propõe várias atividades e visões pedagógicas a serem praticadas no ensino. Contudo, por vários motivos, nem sempre praticamos esse ideal. Por isso, releva-se neste tema o sentido de compreender o quanto já avançou e o que ainda precisa ser feito para termos um ensino de Arte com qualidade na Educação Infantil.  

O tema ensino de Arte já vem sendo pesquisado por professores e especialistas que, outrora aprofundou numa visão direcionada aos alunos do ensino infantil, visualizando a relação entre o real e o ideal. Para o desenvolvimento a pesquisa adota-se as seguintes metodologias: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, e observação. Os dados coletados foram analisados qualitativamente numa abordagem comparativo-descritiva.

Para trabalhar com crianças na área da Arte, é necessário compreender as várias fases da evolução e possuir um completo conhecimento das possibilidades de crescimento. Tal consciência é necessária para que o professor determine até que ponto a criança pode compreender e utilizar a experiência artística. A Arte em si representa uma forma de pensar e uma forma de saber e têm um compromisso maior com a simbolização do que com o real. O simbólico não é o real, é o modo como cada um representa o real. Por isso, pode-se dizer que a Arte é um espelho criativo da vida.

2. A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO

A partir do século XVIII, estudiosos e pesquisadores começaram a investigar as formas artísticas de pensar, o que é específico na construção de conhecimentos em arte. Kant, segundo Pillar (1996, p.30), foi o primeiro filósofo a considerar a autonomia da arte em relação ao pensamento lógico. Antes de Kant, arte não tinha um valor próprio, independente de outras áreas.  Kant aborda a arte como uma forma de jogo.

A arte como jogo teria, então a liberdade de invenção, de criação, da fantasia, da descoberta, da diversão e, ao mesmo tempo, um compromisso com as coerências, com as leis, com os limites espaço-temporais próprios do novo sistema construído (Pillar, 1996, p.31).

O trabalho com a arte na escola tem uma amplitude limitada, mas ainda assim há possibilidades dessa ação educativa ser quantitativa e qualitativa bem-feita. Para isso, o professor precisa encontrar condições de aperfeiçoar-se continuamente (Ferraz e Fusari, 1999, p.19).

Nesse sentido, a construção de conhecimentos em arte poderia ser vista como um jogo de criação relacionado mais às representações do que os objetos reais. Ao estudar como o ser humano adquire conhecimento, (Ferraz e Fusari op cit, 1999, p.16): A Arte não tem importância para o homem somente como instrumento para desenvolver sua criatividade, sua percepção et., mas tem importância em si mesma, como assunto, como objeto de estudos.

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