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Resenha do filme “Germinal”

Resenha: Resenha do filme “Germinal”. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/9/2013  •  Resenha  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  816 Visualizações

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Resenha do filme “Germinal”.

O filme “Germinal” retrata a rotina de exploração que ocorria com os trabalhadores nas minas de carvão, na região de Montsou, França. Demonstra com exatidão a necessidade do trabalho para a sobrevivência.

A classe de proletários vive sobre a influência do capitalismo, ou seja, são instigados ao consumo e ao lucro, onde a burguesia se apresenta constantemente dominante. Nesse contexto, existem variados conflitos de interesses, ocasionando um enorme descontentamento social por parcela dos trabalhadores das minas. Eles possuem uma postura altamente ofensiva diante da injustiça provocada pelos baixos salários e cobranças de multas devido às esfoliações sofridas.

A partir das passagens do filme posso concluir que para a compreensão do mesmo, é necessária uma análise das relações de trabalho, isto é, a miséria a que eram expostos os trabalhadores, a relação deles com as máquinas, a relação entre capitalistas e operários, o surgimento de greves e do sindicalismo, anarquismo e socialismo. Essas questões sociais são etapas históricas, na França.

No inicio da Revolução Industrial, muitas pessoas viviam do trabalho manual, como nos demais países europeus, estavam ainda ligadas às formas de produção anteriores, e foram obrigadas a habituar-se às novas condições, estando também assim presos aos donos dos meios de produção, tendo assim que vender a sua força de trabalho, para conseguirem sobreviver, pois, o trabalho vira mercadoria.

Devido aos chamados acercamentos e outros fatores, os trabalhadores migraram para os centros onde se expandiam as indústrias a fim de conseguirem se empregar, sendo que, com o decorrer desta situação o que era escasso, a mão-de-obra, se tornou excedente daí a desvalorização do trabalho que expunha os trabalhadores as condições mostradas no filme, de precariedade e salários inaceitáveis com cargas horárias desgastantes de 16 horas ou mais diárias, causando a necessidade do trabalho infantil para as famílias conseguirem sobreviver.

Vale a pena lembrar que mesmo estando expostos a possíveis acidentes de trabalho, os trabalhadores não recebiam seguro, não tinham férias, 13º salário e não recebiam salários se ficassem sem trabalhar, além de também não receberem quaisquer tipo de benefícios, este sistema fabril apareceu para “organizar” o processo de trabalho, isto é organizar em partes, apenas para garantir a dominação do capital sobre o trabalho, organizando um controle social, como no caso do filme.

Enfim, é um belo filme, retratando um momento complicado de nossa história, e demonstrando quantas coisas, e até algumas vidas, tiveram que serem sacrificadas para que os direitos que conhecemos hoje, como registro profissional, direito de greve (sem prejuízos salariais e com estabilidade para os líderes sindicais – evidentemente para evitar retaliações) e a preocupação com as condições de trabalho e saúde ocupacional pudessem ser hoje uma realidade dentro das empresas.

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