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A Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa: Terapia em equipas Multidisciplinares: Psiquiatras, nutricionistas, psicólogos, Assistentes Sociais e Enfermeiros          

Por:   •  5/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.907 Palavras (16 Páginas)  •  273 Visualizações

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A Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa: Terapia em equipas Multidisciplinares: Psiquiatras, nutricionistas, psicólogos, Assistentes Sociais e Enfermeiros

         

       

             Resumo

Dos transtornos alimentares, a anorexia nervosa e bulimia nervosa são os que mais têm levado pacientes adolescentes, geralmente do sexo feminino e cada vez mais jovens, a procurar ajuda. A Psicoterapia tem-se mostrado uma componente eficaz para a melhoria desses pacientes. O apoio prestado dá-se através de uma equipa multidisciplinar envolvendo médicos, psiquiatras, nutricionistas, psicólogos e Assistentes Sociais. O presente artigo tem por objetivo apresentar propostas de tratamento numa perspetiva multidisciplinar respetivamente para a Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa. Focaremos ainda o papel do Assistente Social, integrado em equipe multidisciplinar em contexto hospitalar.

 

Palavras chave: Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa, Terapia, Equipa Multidisciplinar

           Autor: Raquel Sofia Oliveira Dias aluna do 3ºano do Curso de Serviço Social, no I.S.M.T.

Critérios de Diagnóstico da Anorexia Nervosa (segundo DSM-5 TM)

  1. “Restrição do consumo de energia relativamente às necessidades, conduzindo a um peso significativamente baixo para a idade, sexo, trajetória de desenvolvimento e saúde física. O peso significativamente baixo é definido como peso corporal abaixo do nível normal mínimo ou, para crianças e adolescentes, abaixo do peso mínimo esperado”.
  2. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar ou comportamentos persistentes que interferem com o ganho de peso, mesmo quando tem um peso significativamente baixo.
  3. Perturbação na própria apreciação do peso ou forma corporal, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência de reconhecimento persistente da gravidade do baixo peso atual.

Subtipos

A maioria dos indivíduos com anorexia nervosa do tipo ingestão compulsão/purgativo que têm ingestão compulsiva também usam métodos purgativos como indução do vómito ou mau uso de laxantes, diuréticos ou enemas. Em remissão parcial: Após terem preenchido os critérios de diagnóstico para anorexia nervosa, o critério A (baixo peso corporal) já não se encontra presente durante um longo período de tempo, mas ainda presente no critério B( medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamentos persistentes que interferem com o ganho de peso) ou o critério C( alteração na apreciação do próprio peso ou forma corporal).

Características de Diagnóstico (Segundo DSM V TM)

Há três características essenciais na anorexia nervosa: restrição persistente do consumo de energia, medo intenso em ganhar peso ou engordar ou comportamento persistente que interfere com o ganho do peso.

O Critério A requer que o indivíduo tenha um peso significativamente baixo( isto é, abaixo do peso mínimo). A avaliação do peso pode ser desafiante porque o intervalo de peso normal difere entre indivíduos, e porque têm sido publicados diferentes limiares para definir o estado de magreza ou baixo peso. O índice de massa corporal (IMC), calculado como o peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros, é uma medida útil para avaliar o peso corporal para a altura. Para os adultos, o IMC de 18,5kg/m2 tem sido pelos Centros de Controle de doenças e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como limite inferior para o peso corporal normal.

Tipicamente, os indivíduos com esta perturbação receiam intensamente ganhar peso ou engordar ( critério B). Este medo de engordar em geral não é atenuado pela perda de peso.

De facto, as preocupações com o peso chegam a aumentar, mesmo quando o peso continua a diminuir. Na ausência de outra explicação para o baixo peso significativo, a inferência clínica da história colateral, dados de observação, exame físico e exames laboratoriais, ou dá evolução longitudinal quer indicando o ganho de peso, pode ser utilizada para estabelecer o critério B.

Nesses indivíduos, a experiência e o significado do peso e formas corporais estão distorcidas (critério C).

Alguns sentem-se globalmente gordos. Outros sabem que estão magros, mas mantém-se preocupados quanto a certas formas do corpo que acreditam estar “demasiado gordas” particularmente o abdómen, nádegas e pernas. Podem empregar uma grande variedade de técnicas para avaliar a forma e peso corporais, incluindo pesagens repetidas, medição obsessiva de certas partes e exposição persistente ao espelho para verificar as áreas consideradas “gordas”. A auto- estima de pessoas com anorexia nervosa depende muito do seu peso e formas corporais. A perda de peso é vista como um feito impressionante e sinal de uma extraordinária autodisciplina, enquanto o aumento de peso é sentido como um falhanço inaceitável de autocontrolo.

Com frequência, o indivíduo é levado aos profissionais por familiares após acentuada perda de peso(ou incapacidade para atingir os ganhos de peso esperados). Se os indivíduos procuram eles próprios ajuda, fazem-no devido ao mal-estar que decorre das sequelas somáticas e fisiológicas do jejum. É raro alguém com anorexia nervosa queixar-se do emagrecimento por si. É por isso muitas vezes importante obter informação dos familiares ou de outras fontes para avaliar a história da perda de peso e outras características da doença.

Fatores de Risco e de Prognóstico (segundo DSMV TM)

Temperamentais: Os indivíduos que desenvolvem perturbações de ansiedade ou apresentam traços obsessivos na infância tem maior risco de desenvolver anorexia nervosa.

Ambientais: A variabilidade histórica e entre as culturas na prevalência da anorexia nervosa suporta a sua associação com culturas e ambientes nos quais a magreza é valorizada. Profissões e ocupações que encorajam a magreza, tais como a moda e o desporto  de alta competição também estão associadas a um aumento de risco.

Genéticos e fisiológicos: Há um risco aumentado de anorexia nervosa e de bulimia nervosa entre os familiares biológicos em primeiro grau de indivíduos com a perturbação. Há também um risco aumentado de perturbações depressivas e bipolares entre os familiares biológicos, em primeiro grau de indivíduos com anorexia nervosa, sobretudo parentes de indivíduos com o tipo ingestão compulsiva/purgativo.

Estudos de gémeos revelam uma taxa mais elevada para a anorexia nervosa nos homozigóticos do que dizigóticos.

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