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A Gestão Organizacional

Por:   •  23/6/2022  •  Bibliografia  •  829 Palavras (4 Páginas)  •  84 Visualizações

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MINDWALK – PONTO DE MUTAÇÃO

Uma dualidade perceptível no filme, é a respeito do pensamento mecanicista e do pensamento sistêmico, e suas particularidades. O filme atribui à Rene Descartes e a noção de pensamento científico a adoção dessa visão “mecanicista” ou cartesianista de mundo, onde o homem é uma máquina e tão somente. Um homem saudável é um relógio funcional e um não saudável, é um relógio com defeito, exemplificado em trechos do filme.

Em contrapartida, se opõem a essa visão de mundo, o pensamento sistêmico, baseada na consciência do estado de interdependência de todos os fenômenos, para a resolução dos problemas atuais de nossa sociedade. Esse viés, se embasa mais precisamente numa abordagem orgânica/holística, onde todos os sistemas vivos se relacionam e estão em constante interação com o meio ambiente.  

Para o autor que inspira o filme, Fritjop Capra, é necessário a adoção da concepção sistêmica. Autores como Capra, atribuem ao pensamento mecanicista, os principais problemas sociais e ambientais de nossa época. Violência, poluição, crises energéticas e precariedade em assistência à saúde e bem estar social, são provenientes da visão de mundo, que nos últimos trezentos anos privilegiou padrões dominantes de poder, fragmentação, controle e competição em nossa sociedade ocidental.

Superar essa concepção “reducionista” do universo enquanto máquina para ser descrito como um todo, dinâmico e indivisível, sendo suas partes inter-relacionadas. Há para estes, a ciência de que vivemos em um mundo globalizado e interligado, onde fenômenos psicológicos, biológicos, sociais e ambientais são interdependentes entre si. Para alterarmos esse quadro e compreendermos esses dilemas e o mundo de forma adequada, é necessária uma perspectiva ecológica que ultrapasse essas questões cartesianas e simplificadas de mundo.

THE CORPORATION

Um documentário, produzido nos estados unidos, que tem por objetivo mostrar um lado controverso das corporações. O documentário tangencia inicialmente uma visão sobre as corporações na sua origem semântica. Inicialmente, instituições mantidas com o objetivo de servir ao interesse público e social da prestação de alguns serviços, tais como a construção de pontes, ferrovias, que facilitassem a produção e o aumento de riqueza de um determinado contexto social, fosse uma cidade, estado ou país. As taxas, os prazos, as condições de implementação e execução dos serviços prestados, eram negociados previamente e determinavam esses empreendimentos propostos.

Um conceito prévio de “staff”, um auxílio de atenção e assistência ao “corpo” (sociedade), entendidas como uma família, onde os seus membros trabalham pelo melhor para a o coletivo. Posterior e atualmente, o bem, desta corporação. Dentro do aspecto empresarial, seria o crescimento da empresa e o lucro dos acionistas.

Na visão do filme, essa noção se altera significativamente, a partir da guerra civil americana, onde o conceito de corporações, cresce absurdamente passando a ter um novo perfil, o objetivo passa a ser tão somente a busca pelo lucro, ignorando aspectos sociais, ambientais e culturais de externalidade.

As corporações conseguiram evoluir e alcançar tal status, utilizando da constituição para intitular-se como “indivíduo do máximo poder” (ter bens e vendê-los, processar e ser processada), e com isso garantir sua longevidade. No fim do século XIX, através de esperteza e brechas, tiraram vantagem da 14ª Emenda da Constituição Americana, tornaram-se pessoas jurídicas com limitada responsabilidade recaindo sobre os donos das mesmas. Ou seja, as corporações tornaram-se escudos para que os seus verdadeiros donos e gestores, tomassem decisões sem a devida preocupação e prestação de contas. Através do lobby, elas conseguem mudar as leis, modificarem mercados, afetarem contextos de competição, e assim manterem sua lucratividade em seus fins e seus meios. Por vezes, utilizando-se de artifícios exclusos em benefício próprio, ou melhor, de seus acionistas. O aspecto mítico e central das corporações. Até que a crise de confiança estourou de vez, abalando as grandes corporações no mundo.

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