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A INVERSÃO SEXUAL ENTRE OS AZANDE – EVANS PRITCHARD

Por:   •  6/9/2017  •  Resenha  •  353 Palavras (2 Páginas)  •  623 Visualizações

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CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

TURNO: NOTURNO

SEMESTRE: 2016.2

DISCIPLINA: LEITURAS ETNOGRÁFICAS

PROFESSOR: SIMONE SIMÕES

ALUNO: IGOR MASCARENHAS DOS SANTOS COSTA

A INVERSÃO SEXUAL ENTRE OS AZANDE – EVANS PRITCHARD

O texto de Pritchard foi escrito na década de 1970, retratando as práticas homossexuais - que segundo o autor não eram mais comuns – entre os Azande, na região sul do Sudão. Essas práticas existiam e eram permitidas entre homens solteiros que estivessem no serviço militar, sem mulheres, e era comum em “casas poligâmicas” entre as mulheres, embora fosse altamente reprovável.

Pritchard afirma que os rapazes solteiros das companhias militares, antes da colonização europeia, por não possuírem muitos recursos para poder obter um casamento e devido aos ricos possuírem haréns, o que escasseava o número de mulheres, acabavam por tomar como “esposas” jovens rapazes da mesma companhia militar para assim satisfazerem suas necessidades sexuais. Isso era feito já que era arriscado ter relações sexuais com a esposa de alguém, o que poderia ocasionar diversas punições, que iam desde um pagamento até a mutilação do jovem. Com o tempo, essa prática da homossexualidade entre os Azande foi sendo abandonada, tanto em decorrência de uma proibição europeia, como também pelo fato de ter se tornado mais fácil ter uma relação heterossexual.

O casamento entre homens era legalizado entre os Azande, com o pagamento inclusive, de um dote para os pais do rapaz e se houvesse traição, responsabilizava-se o adúltero da mesma forma que aconteceria com um casamento heterossexual. Havia uma relação da mesma natureza de um homem com sua esposa. O rapaz, que teria entre 12 e 20 anos, era a esposa, e o seu marido era um guerreiro. Esse período era encarado como de aprendizado. Quando a esposa atingisse a idade, deixaria de ser esposa para tornar-se um guerreiro e um marido de outra “esposa”.

O lesbianismo também era uma prática decorrente do casamento poligâmico, já que uma mulher que compartilhava seu marido com outras, ficava privada da atenção sexual que uma mulher em um casamento monogâmico teria. O adultério era muito perigoso, podendo significar até a morte para os adúlteros; dessa forma, as mulheres de uma mesma casa poderiam desenvolver relações homossexuais.

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