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A PSICOLOGIA NA CONTEMPORANEIDADE

Por:   •  27/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.850 Palavras (8 Páginas)  •  172 Visualizações

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Curso/Campus:    PSICOLOGIA/BARRA DA TIJUCA

Valor da avaliação:  8,0            

Nome e código da disciplina:  Psicologia na Contemporaneidade

( ) AV1  (  ) Teste AV1 ( x ) AV2 (  ) Teste AV2 (  ) AVS (  ) 2ª Chamada AVS

Professor (a):  Antonio Reguete Monteiro de Souza

Data: 28/06/2020

Aluno (a): Tuany Filip Germano

Matrícula: 3701290

OBS: A prova deve ser feita a caneta. Tempo de duração:2h.

O espaço reservado para as respostas não deve ser ultrapassado.

Não serão aceitas questões objetivas rasuradas.

Nota e data da entrega da avaliação:

                                      28/06/2020

Questões:
1. A partir do texto a Banalidade da Injustiça Social descreva situações concretas vivenciadas ou percebidas por você, na qual identifica a presença de comportamentos ou atitudes relativas à “banalidade do mal”.

Segundo o texto a Banalidade da Injustiça Social, a banalização do mal é um processo graças ao qual um comportamento excepcional, habitualmente reprimido pela ação e comportamento da maioria, pode erigir-se em norma de conduta ou mesmo em valor. A banalização do mal pressupõe, em sua própria origem, a criação de condições específicas para poder obter o consentimento e a cooperação de todos nessas condutas e em sua valorização social.

Segundo a filósofa Hannah Arendt, o mal é político e histórico, produzido por homens e se manifesta apenas onde encontra espaço institucional. Ela definiu que o mal pode ser banalizado, que a execução da maldade contra outra pessoa seja realizada de forma mecânica e sem nenhum constrangimento. Para a formulação desse pensamento ela analisou a atuação de oficiais nazistas, tendo como referência principal, o julgamento de Adolf Eichmann.

Depois de assistir ao julgamento, Arendt percebeu, que ele era uma pessoa qualquer, que não conseguia perceber a realidade, e não se colocava no lugar de outra pessoa. O problema não era a ignorância, mas sim ter entendido que o que ele fazia era o correto pois ele seguia a lei sem questionar o certo e errado. Ele obedecia às ordens impetradas pelo regime de sua época, sem fazer qualquer tipo de julgamento moral, e suas ações não eram consideradas más, para ele. Ficou claro que suas ações estavam intimamente relacionadas com sua incapacidade de pensar do ponto de vista de outra pessoa. 

Entende-se, portanto, que quanto mais uma pessoa seja incapaz de pensar, e incapaz de produzir julgamentos morais e éticos, mais propensa ela está a cometer o mal. A banalidade do mal pode ser vista em diversas situações do nosso cotidiano, como por exemplo, a agressividade, xingamentos e até agressão física no trânsito, o alto índice de mortalidade de pessoas de pele preta por assassinato onde assistimos todos os dia nos noticiários, a corrupção política que nos acompanha desde sempre, a reprodução de discursos de ódio nas redes sociais, o feminicídio, a violência em geral, o bullying, o racismo e etc. Essa falta de empatia do ser humano está cada vez mais explícita e fazendo com que as pessoas afetadas desenvolvam traumas e as vezes cometam até suicídio.

A incapacidade, falta de vontade de pensar e se colocar no lugar do outro é um dos grandes problemas da nossa sociedade que contribui para a banalidade do mal, pois é mais fácil e confortável acreditar em algo que lhe é dito do que pesquisar de fato as situações na qual nos posicionamos.

Como nos foi apresentado, a banalidade do mal é um problema de justiça e de direito, primeiramente, e posteriormente, um problema ético. O que significa que a violação do direito da outra pessoa vai estar estritamente relacionado com os valores sociais e humanos que aquela sociedade assume. Como por exemplo, a tortura na época da Ditadura.

2. A partir dos conceitos estudados sobre personalidade descreva a importância da cultura na identificação de transtornos de personalidade.

Segundo o DSM-5 o transtorno da personalidade é um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo.

Esse tipo de transtorno é ligado a subjetividade da cultura e tem uma relação com a dimensão de padrões sociais, de relacionamentos sociais e com o que é valorizado em uma sociedade. Esse transtorno não é identificado em crianças porque nessa fase ainda não foi formada a sua personalidade e começa a ser estabelecido a partir da adolescência.

Os transtornos de personalidade estão contidos em saúde mental, logo, é um campo que foge do mecanicismo e do tecnicismo, e como os tratamentos e diagnósticos são feitos por pessoas, por mais capacitadas que sejam, tratam de tipos de conhecimentos que tem uma subjetividade, que tem uma dimensão da cultura colocada dentro dessas questões, diferentemente de outras doenças da perspectiva biomédica mais “exata”.

A compreensão do contexto cultural da vivência da doença é essencial para a avaliação diagnóstica e o manejo clínico efetivo. Temos o exemplo da competência cultural em saúde coletiva, onde o profissional procura entender e buscar a compreensão de fatores culturais relacionados ao paciente.

O ser humano é biopsicossocial e possui traços de personalidade que são padrões persistentes da percepção do relacionamento com o ambiente e si mesmo, que são atribuídos em uma ampla gama de contextos sociais e pessoais. A cultura está completamente ligada não somente a questão da identidade do indivíduo, como também, está relacionada a sua personalidade.

Como citado no DSM-5, juízos acerca do funcionamento da personalidade devem levar em conta os antecedentes étnicos, culturais e sociais do indivíduo. Os transtornos da personalidade não devem ser confundidos com problemas associados à aculturação após imigração ou à expressão de hábitos, costumes ou valores religiosos e políticos professados pela cultura de origem do indivíduo. É útil para o clínico, especialmente ao avaliar alguém com origem diferente da sua, obter mais informações com pessoas que conheçam os antecedentes culturais do indivíduo.

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