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A Socialdemocracia como fenômeno histórico

Por:   •  5/7/2018  •  Dissertação  •  1.798 Palavras (8 Páginas)  •  458 Visualizações

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Universidade Federal de Pernambuco

Disciplina: História das ideias políticas

Professor: Diogo Cunha

Alunos: Alan Melo, Devyson Thiago, Igor Lins, Leonardo Vizioli e Vinícius Pinon.

Capitalismo e socialdemocracia

(Cap. 1 – A socialdemocracia como fenômeno histórico)

Adam Przeworski

Recife

2018

Resumo:

O objetivo do trabalho é apresentar e desenvolver os tópicos considerados mais relevantes do primeiro capítulo do livro “Capitalismo e social-democracia” de Adam Przeworski.

Palavras-chave: Capitalismo, Social-democracia, Socialismo.

Abstract:

The aim of the paper is to present and develop the topics considered most relevant in the first chapter of Adam Przeworski's book Capitalism and Social-Democracy.

Keywords: Capitalism, Social-democracy, Socialism.

Referência:

PRZEWORDKI, Adam. Capitalismo e social-democracia. Rio de Janeiro: Companhia dias letras, 1985

Nota:

A formatação segundo as normas da ABNT foram modificadas de acordo com o trabalho estabelecido.


A decisão de participar

Participar ou não? Socialistas acreditavam no prolongamento do princípio democrático do poder político, que já havia sido conquistado pela burguesia, ao poder social, que seria primariamente econômico.

Os primeiros socialistas eram os chamados comunitários ou cooperativistas. Esses queriam uma sociedade à parte que superasse a sociedade burguesa, o que chamavam de independência desinteressada. Proudhon acreditava que a reforma social não mudaria a política. A burguesia, por sua vez, tinha controle do desenvolvimento de instituições políticas (burocracia, exército permanente, parlamento eleito pelo povo). Mesmo se a ação política fosse ineficaz essas instituições deveriam ser tratadas como inimigas e instrumentos potenciais ao mesmo tempo.


Ação direta ou ação política?

Marx acreditava que para emancipar a classe operária, o sistema cooperativo devia ser desenvolvido a nível nacional, o que implicaria dispor de meios nacionais. Sendo assim, a grande tarefa da classe operária seria a conquista do poder político. As eleições deviam ser usadas como um fórum já pronto para a agitação, organização e propaganda.

Os Anarquistas eram totalmente avessos à ideia, acreditavam que quem aceita reformas não é um verdadeiro socialista, já que acreditavam que as mesmas seriam usadas para a manutenção do status quo. Diziam também que a participação eleitoral transformaria os socialistas em um mero partido parlamentar, ao invés de uma nova teoria da sociedade. Os Anarquistas se consideravam os reais revolucionários por resistirem ao “canto da sereia” das eleições.

Ainda em vida, Engels concordou que voto seria somente uma medida de maturidade das massas. O próprio Marx lançou críticas também ao processo democrático formal (“cretinismo parlamentar”), Sartre já argumentou que eleições seriam armadilhas para idiotas. A ambiguidade que não era teórica, pouco se ganha avaliando cada linha de Marx a esse respeito, pois ele mesmo e partidos políticos socialistas pouco sabiam sobre as consequências da participação eleitoral.

A grande dúvida era: A burguesia repartiria o poder em caso de triunfo eleitoral dos socialistas? Na história isso nunca havia ocorrido, e muitos temiam um segundo 18 de Brumário, mas era impossível dar uma resposta imediata. Muitos dos primeiros socialdemocratas no texto eram revolucionários. Burguesia repartiria poder em caso de triunfo eleitoral dos socialistas? Na história isso nunca ocorreu, mas é impossível dar uma resposta imediata. Muitos dos primeiros sociais democratas no texto eram revolucionários. O termo vai ganhando feições diferentes conforme o tempo.

Capitalismo democrático e participação política

Descrição do capitalismo: forma de organização social da produção e troca, baseado na avançada divisão do trabalho. A produção é orientada para a troca e quem não dispõe dos instrumentos de produção vende sua força de trabalho produzindo lucro. Os capitalistas (tomadores de lucro) alocam e distribuem recursos, regulamentam organização do trabalho e organizam a produção, tudo isso pode ser limitado pela concorrência e pela influência do sistema político.É essa influência pela qual os trabalhadores poderiam fazer reivindicações, no entanto apenas de forma indireta e coletiva, diferente dos capitalistas que podem atuar diretamente e continuamente na realização de seus interesses.

“Ideais revolucionários movem a história, mas não alimentam e nem abrigam”.

Schumpeter argumentou que nenhum partido sobrevive sem um programa de benefícios a curto prazo. Exemplo do êxito de greves visando o sufrágio e fracasso das greves gerais. Kautsky também argumentou que os direitos políticos seriam essenciais para proteger a luta econômica.O sufrágio universal ainda evitaria a identificação dos trabalhadores em grupos particulares, articulados assim como uma classe.

Participação eleitoral e organização de classe

Rosa Luxemburgo: “renúncia do caráter de massa (participação) ou renúncia dos objetos finais (não participação)”. Separação da luta econômica da política, a primeira vira uma luta fracionada em cada ramo da produção, a segunda atua em conformidade com a estrutura do Estado burguês.

Autores como Lukács apontaram o problema da individualização dos atores políticos que representam as massas.

“embourgeoisement” militantes socialistas tornam-se burocratas, trabalhadores comuns, etc.

Hobsbawm: dificuldade de comportar-se como revolucionário em sociedades industriais estáveis.

Democracia representativa começou a ser vista como um valor universal = adotada pelos socialistas democráticos. Socialismo seria a democracia trazida à sua conclusão lógica. Democracia se tornaria ao mesmo tempo meio e fim.

A promessa de eleições

A população inevitavelmente de proletarizaria, fazendo valer seus desejos socialistas, consequentemente, nas urnas.

Essa convicção foi alimentada por sucessivas vitórias socialistas nas urnas, social-democratas tornaram-se maioria na Alemanha, Bélgica, Áustria, Finlândia, Suécia, e cresceu muito nos demais países em meados do fim do Século XIX e começo do XX.

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