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Artigo: A Saúde na Ralé

Por:   •  28/5/2016  •  Artigo  •  1.405 Palavras (6 Páginas)  •  176 Visualizações

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                                SAÚDE NA RALÉ

                                                                Débora Figueiredo Dias

                                                                                              

Resumo:

No decorrer desse artigo, irei falar sobre a saúde na ralé brasileira, relacionado a desigualdade social, vou apresentar os principais pontos de precariedade na saúde pública e citar alguns exemplos.

Palavras chaves: Saúde, desigualdade, precarização...

Introdução:

O Brasil não é um dos países mais precários na área da saúde, mas ao decorrer dos anos vem vivenciando muita precarização, principalmente em locais públicos (postos de saúde, hospitais 24h e etc) , onde mais se necessita de atendimento, principalmente para população carente, ou seja, mais necessitadas. Hoje em dia, um dos maiores problemas da sociedade está localizada principalmente na área da saúde pública, por conta disso, querendo ou não, se forma a desigualdade. Segundo a autora Lara Luna ; “a saúde está apenas reproduzindo o esquema de desigualdade que se perpetua por alguns séculos em nosso país. Sendo assim, desvendar o que está por trás da debilidade dos seus serviços é uma forma de compreendermos algo importante acerca da nossa sociedade.” Ela quer dizer que a desigualdade vem se reproduzindo cada vez mais no nosso país através da saúde.

Entretanto, a rede de saúde pública vive em conflito com a rede privada. Segundo a autora Lara, ela repassa no texto a questão da forma de funcionamento das instituições públicas que expõem seus funcionários e pacientes a conflitos de classe a todo instante. Com isso, esses conflitos são destinados de alguma forma, “a ralé”.   Para Jessé a “ralé” pode ser definida como Uma classe inteira de indivíduos, não só sem capital cultural nem econômico em qualquer medida significativa, mas desprovida, esse é o aspecto fundamental, das precondições sociais, morais e culturais que permitem essa apropriação. É essa classe social que designamos neste livro de “ralé” estrutural, não para “ofender” essas pessoas já tão sofridas e humilhadas, mas para chamar a atenção, provocativamente, para nosso maior conflito social e político: o abandono social e político, “consentido por toda a sociedade”, de toda uma classe de indivíduos “precarizados” que se reproduz há gerações enquanto tal. Essa classe social, que é sempre esquecida enquanto uma classe com  uma  gênese e um destino comum, só é percebida no debate público como um conjunto de “indivíduos” carentes ou perigosos, tratados fragmentariamente por temas de discussão superficiais, dado que nunca chegam sequer a nomear o problema real, tais como “violência”, “segurança pública”, “problema da escola pública”, “carência da saúde pública”, “combate à fome” Ou seja, sendo uma parte inferior na questão financeira da sociedade.

Há alguns anos atrás não existia o SUS, isso por volta da década de 80, onde pessoas que necessitavam não podiam ter acesso a médicos por não ter condições financeiras, onde só tinha acesso a médicos pessoas que trabalhavam de carteira assinada, ou seja, se o individuo não trabalhasse, fosse pobre, morria, pois não tinha outro recurso. Com o tempo, surgiu a necessidade de se tratar a saúde de forma diferente no País criando-se o Sistema único de saúde (SUS).

 Por parte do governo a precarização só vem aumentando cada vez mais, muitas vezes falta recursos nos postos de saúde preventiva mais próximos , falta de medicamentos, faltas de médicos e etc. Isso em todo lugar do Brasil.

Fui até o Posto de saúde de Ivaiporã, onde lá pude fazer entrevista de campo.  E entrevistei algumas funcionárias. Vale ressaltar aqui algo interessante quando cheguei no local, até o tratamento foi diferente de outra vez que fui como paciente, a conversa era outra, porém o sistema era o mesmo. Algumas defendiam a saúde pública, outras não. Entrevistando a secretária da chefe do posto e ela dizia:

“ As vezes vem paciente que tem condições financeiras e acaba ocupando vagas de pessoas que não tem condições, ou muitas vezes vem buscar medicamentos e acaba deixando sem, quem não teria condições de comprar e muitas vezes o governo atrasa, não manda medicamentos e as pessoas vem reclamar como se os culpados fossemos nós, e vão na promotoria reclamar e acabamos sofrendo processos por conta dessas condições. No fim das contas, ninguém fica sem ser atendido, caso de emergência mandamos para outros lugares com recursos maiores, pois aqui não tem muito.”

Ou seja, as funcionárias não tem culpa, e sim o governo que não manda verba o suficiente para suprir as necessidades de todos, deixando a desejar, faltando medicamentos, e outros recursos para a população necessitada.  Já entrevistando a secretária que agendava consultas dizia assim:

 “olha, falta de atendimento ninguém fica, pois atendemos 50 pacientes de manhã e 55 a tarde, não falta medicamentos e nem médicos, temos de sobra, inclusive tem um que está sem fazer nada no momento”.

 Ou seja, já contradizendo o que a secretária anterior argumentou, sendo que, as maiores necessidades está focada na falta de atendimento, falta de vagas, e medicamentos.

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