Comida Como Cultura

TRABALHO DE SOCIOLOGIA

COMIDA COMO CULTURA

Todos os processos envolvendo comida, coletivo, preparação, consumo, são culturais já que as escolhas são realizadas através de suas próprias escolhas, baseados em vários preceitos.

Montanari mostra que todas as formas de cozer são escolhas culturais, até mesmo a opção por não cozinhar. Ao longo da história, muitas ideologias pregaram o distanciamento da sociedade “civilizada” e a adoção de um estilo de vida mais simples, sustentado por alimentos “naturais”, livres da intervenção humana. Além de contar com o cru como seu antagonista, o cozido também tinha significado simbólico oposto ao assado, tido como um método de cocção mais “natural”, que dispensava artefatos culturais (como a panela) e remetia à caçada, domínio direto das forças da natureza.

O trecho do livro lembra ainda que as sociedades têm diferentes motivos para eleger determinados ingredientes. Há comidas que se apresentam nas mesas simples e sofisticadas sem ao menos agradar aos comensais em volta delas: os mais pobres as consomem por necessidade, e os mais ricos pela utopia de simplicidade. A oferta de determinados alimentos também influencia em seu poder de atração: o que abunda é sempre desinteressante, enquanto o raro é valorizado.

A antropologia foi criada para explicar os modos, costumes, culinárias de origem diferentes que não pertencem a um único grupo e suas maneiras, ou seja, sua cultura.

A antropologia é o estudo do homem desde sua extensão até sua evolução. O homem não come para viver, mas vive para comer. Porém é a comida quem dá a saciedade e a energia para se exercer o trabalho esperado. A antropologia nutricional está ligada aos valores simbólicos que representa um determinado alimento.

Segundo Geertz(1978), a cultura não deve ser considerada apenas o conjunto de hábitos e tradições de um grupo, mas um programa “planos”, “regras”, “instruções”, sistema simbólico que orienta o comportamento.

Para a antropologia, o modo de vida é um acúmulo de conhecimentos e esquemas de ação e pensamentos, passados de geração em geração que consciente ou inconscientemente são utilizados a todo o momento em que se come. Sendo as práticas alimentares reconstructos sociais, e elas se relacionam as instituições sociais (familiares, econômicas, políticas, religiosas e outras) a partir do desenvolvimento histórico (Goffton, 1986).

Podemos abordar cultura como um complexo de conhecimentos, crenças, artes, religião, moral, costumes ou quaisquer outro hábito adquirido pelo ser humano como membro da sociedade. Um exemplo claro disso é a turma de ANS 2016.2 estar cursando nutrição e ser composta por quase 100% de mulheres. A cultura é tudo aquilo que adquirimos e como somos seres de rápida adaptação ela é super mutátil.

O etnocentrismo cultural é o modo com que determinados grupos sociais se declaram superiores aos outros, de modo com que sua cultura jamais seja igualada ou minimizada diante de qualquer outra forma de cultura.

A evolução cultural é muito mais lenta que a tecnológica, porém com a forte entrada da tecnologia a cultura se modificou rapidamente e nos modificou em seres super tecnológicos e com isso conseguimos nos transformar rápido demais fazendo com que nos adaptemos de forma muito mais acelerada.