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Resenha Crítica Max Weber e o “racismo científico” da sociedade moderna.

Por:   •  28/10/2021  •  Resenha  •  413 Palavras (2 Páginas)  •  242 Visualizações

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RESUMO: SOUZA, Jessé. Max Weber e o “racismo científico” da sociedade moderna. Rio de Janeiro: Periódicos SBU, 2014.  

Jessé José Freire de Souza, formado em Direito pela Universidade de Brasília (1981), concluiu o mestrado em Sociologia pela mesma instituição em 1986. Em 1991, doutorou-se em Sociologia pela Karl Ruprecht Universität Heidelberg (Alemanha), país onde obteve livre docência nesta mesma disciplina Universität Flensburg em 2006. Também fez pós-doutorado em Filosofia e Psicanálise na New School for Social Research, Nova Iorque, (1994/1995). A partir de 2014, Souza fomentou pesquisa sociológica em todo o Brasil para corroborar a tese de que havia surgido uma ideia de hierarquia social científica a partir das interpretações de Max Weber.

Jessé de Souza, em “Max Weber e o “racismo científico” da sociedade moderna”, pretende desmascarar, portanto, a forma que essa base científica foi utilizada com o intuito de fomentar o racismo científico no Brasil.  Vale ressaltar que o autor não descarta a contribuição de Weber para a sociologia, mas reflete a cerca da maneira como ela foi conduzida no país.

Nesse contexto, Souza (2014) se interessa em examinar de perto o elemento apologético e a utilização do prestígio científico weberiano para a afirmação de uma visão distorcida, conformista e superficial da realidade. Para o autor, aderir aos preceitos de Weber poderia representar em um retrocesso estrutural, caracterizado pelo mesmo de “racismo científico”.

Souza critica a maneira de Weber legitimar o poder social fatídico para apenas um nicho social, ou seja, como o aparato científico está a disposição apenas do centro, excluindo desse processo intelectual a periferia. O autor também tenta demonstrar, em sua crítica, o potencial de distorção sistemática da realidade social das teorias até hoje hegemônicas no discurso científico internacional (SOUZA, 2014).

Para Souza (2014), o racismo velado do “culturalismo científico” segrega as sociedades “avançadas” das “atrasadas”. O autor tenta explicar que as nações desenvolvidas dispõem de uma superioridade científica que só existem em algumas concepções equivocadas que utilizam autores como Weber para distorcer a realidade e formar uma hierarquia social. A verdade, para Souza, é que todas as nações tem capacidade de desenvolvimento científico e que nenhuma nação deve se sobrepor a outra como “moralmente superior”. Para o autor, tudo é questão é questão de financiamento em ciência.

Por último, Souza (2014) traz a questão para os dias atuais e defende que, hoje, é possível demonstrar que tanto a hierarquia social quanto a legitimação dessa mesma hierarquia são realizadas de maneira semelhantes, tanto no centro quanto na periferia.

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