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Escola de Manchester e Cambridge

Por:   •  24/7/2016  •  Resenha  •  1.446 Palavras (6 Páginas)  •  1.150 Visualizações

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ESCOLA DE MANCHESTER

Grupo de antropólogos aglutinados em torno da figura de Max Gluckman;

Críticas ao modelo clássico da antropologia britânica e grandes avanços metodológicos;

O processo de descolonização na África, registrado a partir das pesquisas no Rhodes-Livingstone Institute marcou a perspectiva do grupo.

O objeto da antropologia não eram mais os nativos isolados ou sistemas tradicionais africanos.

A mudança social provocada pelo projeto colonial permeou as preocupações do grupo. Ex.: Migrações, trabalho assalariado nas cidades, contradições entre normas conflitantes foram temas recorrentes do grupo.

Barnes, Mayer e Mitchell transformaram o método genealógico para a análise de redes de relações sociais.

As monografias onde os registros etnográficos serviam para ilustrar as ideias do autor deixam lugar ao estudo de casos detalhados (Gluckman), análise de dramas sociais (Turner).

Introduz-se a tensão e a contradição como inerentes ao sistema social e se resgata a sociologia marxista para a análise deste novo quadro social.

Contexto: descolonização da África, revolução cubana e a derrota dos americanos em Vietnam. Beatles, Rolling Stones na Inglaterra, poucos anos depois eclodiu o maio do 68 na França e a contracultura do movimento hippie nos EUA.

DÉCADA DE 1950

Onde estavam os grandes nomes da antropologia britânica no pós-guerra:

a) DARYLL FORDE – 1945 – University College London

b) EVANS-PRITCHARD – 1946 – Oxford

c) FIRTH - 1949   London School of Economics

d) MAX GLUCKMAN – 1949 - Manchester

e) MEYER FORTES – 1950 – Cambridge

f) SCHAPERA – 1950 – Universidade de Londres

g) LEACH – 1953 – Universidade de Cambridge  

Fortes

Evans-Pritchard      os 3 continuaram ligados ao estrutural funcionalismo

Forde

*EP – rejeitou a idéia de ciência natural

*Forde -  interesse na antropologia ecológica

Firth

Leach     os 3 desenvolveram diferentes tipos de funcionalismo malinowskiano

Richards

Gluckman    campo intermediário – estrutural funcionalistas auto-declarados,

Schapera          porém interessavam-se pela MUDANÇA SOCIAL

1950-1960 – Grandes transformações na Antropologia Britânica

- mudança de foco da “estrutura” para o “significado”  

- Rhodes-Livingstone Institute/Manchester – urbanização no sul da África; pioneiros em métodos e temas; responsáveis pela derrocada do estrutural-funcionalismo

- Tensões internas no estrutural-funcionalismo tornaram-se difíceis de sustentar

- Malinowski, Firth e antropólogos americanos – apontaram maior fragilidade no estrutural –funcionalismo – pressuposto de que as sociedades tendem a reproduzir a si mesmas

- Tal pressuposto gerou dificuldades de explicar a mudança

- Evidência: sociedades colonizadas na África  e no mundo mudavam rapidamente

- Mudança como componente essencial da vida humana

- Antropólogos do Rhodes-Livingstone Institute – trabalho de campo prolongados em regiões urbanizadas, com migrações em busca de emprego e com rápido crescimento populacional

- Estudos feitos em cidades mineradoras da Rodésia do Norte (Zambia) mostraram como formas sociais tradicionais (parentesco) podiam ser mantidas e mesmo fortalecidas em situações de mudanças rápidas

- Ex: The Trumpet Shall Sound – Peter Worsley  - análise dos cultos da carga messiânicos na Melanésia – tradição e modernidade

- África  e África do Sul como bases etnográfica

- The Trumpet Shall Sound – analisou “cultos de carga” – [movimentos religiosos que combinavam elementos de uma cultura tradicional fragmentada com elementos de uma modernidade pouco compreendida, chegando as sínteses simbólicas e organizacionais novas e criativas]

- Rhodes-Livingstone Institute – iniciou vários novos campos de pesquisa relacionados com MUDANÇA SOCIAL (etnicidade e retribalização)

- Estudos das relações raciais em cidades mineradoras

- Métodos inovadores: uso da estatística e analise regressive para obter “dados precisos” sobre distância social

JOHN BARNES – análise de rede objetivava rastrear a mudança de relações entre pessoas que não tinham residência fixa

JAAP VAN VELSEN – método do caso alargado [único evento dramático ou uma serie de eventos era isolado e estudado em contextos sucessivamente mais amplos, permitindo estudar estruturas sociais em grande escala – países].

- Com seu artigo sobre estudo de caso detalhado sistematiza as críticas à geração anterior de antropólogos e apresenta as inovações metodológicas desenvolvidas pelo grupo - a análise situacional

- Colonialismo permitiu alianças entre universidades e países periféricos para campo de estudo.

GLUCKMAN – estudou em Oxford e foi orientado por Pritchard e Fortes

- Diretor do Instituto da Rodesia de 1942 a 1947

- Temas: lei, política, conflitos e resoluções (sul da África)

- Judeu sul africano e esquerdista rendeu dificuldades na Inglaterra

- Apadrinhado por Pritchard e Fortes para ter acesso ao mundo acadêmico na Inglaterra

- Permaneceu leal ao estrutural funcionalismo

- Critica Malinowski, mas tem interesses de pesquisa similares aos alunos de Malinowski

- demonstra a teoria de redes de BARNES – estudo de efeitos locais de processos globais evidenciam as redes complexas de relações sociais

- Teoria de Rede – conceito mais dinâmico do que o de ESTRUTURA SOCIAL de Radcliffe-Brown

- Mudança como algo imprevisível porque resultava de relações individuais (reflexivas e variáveis)

- CONFLITO SOCIAL – influencia do seu posicionamento político e Marx

- CONFLITO SOCIAL – processo que levaria à integração – distancia-se de Marx e aproxima-se de Pritchard

- Consciência aguda da natureza conflituosa nas sociedades – união imperfeita e trabalhosa

- Interesse por TENSOES e CRISES  o levou a estudar os RITUAIS

- RITUAL pode abrandar o conflito e fortalecer a COESAO SOCIAL – Durkheim – Gluckman – Victor Turner

INDIVIDUALISMO METODOLÓGICO EM CAMBRIDGE

- Criticas a escola de Manchester – linhagem intelectual Durkheim – Radcliffe-Brown – Evans Pritchard [metáfora da sociedade como organismo funcionalmente integrado]

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