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Fichamento de artigo - A Educação em substituição ao modelo proibicionista das “drogas”. - de Diene Southier

Por:   •  30/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  853 Palavras (4 Páginas)  •  319 Visualizações

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No artigo em questão a autora defende o fim da proibição das drogas, substituída pela educação sobre o assunto. Diene argumenta a favor de que o modelo repressivo é um dos principais causadores pela violência, e o uso abusivo das drogas. “O tema se reveste de especial importância frente aos problemas gerados pelo comércio ilegal e ao fracasso das políticas ‘antidrogas’.” (SOUTHIER, 2012, p. 44). Para defender seu pensamento a autora faz uso de vários argumentos, entre eles a história da politica de proibição das drogas. São apresentados fatos de que na história da humanidade as sociedades utilizavam-se de substâncias psicoativas para diferentes fins culturais. Somente no fim do século XIX iniciou-se o tratamento das drogas entre licitas e ilícitas, sendo que a decisão de quais seriam as drogas legais foram decidas pelas pessoas que a usavam, e não por seus efeitos e consequências. É dado o exemplo em referência à maconha, que teve sua proibição por fatores raciais, econômicos, políticos e morais, sem desenvolvimento de argumentos científicos para a explicação da proibição. A maconha era utilizada principalmente pelos povos imigrantes no Brasil os negros, na Europa os árabes e indianos, e nos Estados Unidos os mexicanos, que eram nos três casos as classes marginalizadas, assim tratadas pela autora, pelo fato de estarem à margem da população comum do local, e por isso eram mal vistas pela classe média branca assim como tudo que se referia a suas culturas.. Chegou a criar-se boatos de que a maconha dava força sobrenatural aos seus usuários, e que induzia a atos violentos. Na década de 30 iniciou-se uma forte campanha contra a maconha bancada por William Hearst, dono de uma rede de jornais e de terras de plantação de eucaliptos, a proibição seria de muita importância para Hearst para que fossem extintas as indústrias de papel de cânhamo e com isso aumentando seu lucro com papeis de folhas de eucalipto.

Por esses fatos podemos concluir que a criminalização da maconha foi criada fundamentos científicos, assim como ocorreram com a maioria das outras drogas, enquanto drogas muito mais letais que a maconha, o álcool e o tabaco, foram legalizados pelo simples fato de aceitação da sociedade por serem usada pelo proletariado, e pela igreja. Essa proibição deu origem ao mercado ilegal de drogas, que é apontado por especialistas como a segunda principal atividade comercial do mundo, e se considerarmos as drogas licitas o mercado de drogas torna-se o principal. A autora argumenta que o proibicionismo é um dos fatores pela força desse mercado, o século XX foi tido como o melhor financeiramente para o mercado das drogas, e o que ao mesmo tempo obteve a maior amplitude de proibição, principalmente pelo fato de esse mercado gerar lucros, esses fatos fazem com que a legalização das drogas bata de frente com os poderes do tráfico e também com o Estado. A autora ainda afirma que os problemas gerados pelo comércio das drogas e o fracasso da politica antidrogas tem por culpado o Estado, pela forma com que tratam a situação, por ligar principalmente interesses econômicos, e políticos. “Além disso, a legislação não busca diferenciar as diversas substâncias proibidas” (SOUTHIER, 2012, p. 50), todas elas são tratadas da mesma forma sem levar em conta os seus possíveis malefícios ou benefícios, e muito menos o seu poder de dependência, a autora tem como exemplo

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