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Gestao de conflitos

Por:   •  6/4/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.548 Palavras (7 Páginas)  •  185 Visualizações

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 Fundamentação teórica (interdisciplinar)

  A depressão em si, com o decorrer da modernidade, tem sido objeto de estudo para grandes pesquisadores da área psicológica. Ela, de uma forma sutil e silenciosa, acaba intrigando seus interessados.

  De acordo com múltiplas pesquisas acadêmicas e projetos realizados em cima desse tema tão atual, a depressão atinge pessoas em
qualquer faixa etária. O “Jornal de Pediatria” disponibilizou um artigo à respeito do assunto relacionando-o com crianças e adolescentes. Segundo Dênio Lima “A depressão infantil e o transtorno bipolar estão associados a fatores genéticos, temperamento, eventos adversos da vida, divórcio, problemas acadêmicos, abuso físico e sexual e fatores neurobiológicos. O tratamento pode ser realizado, na maioria das vezes, com medicações e psicoterapia.”

  O quadro depressivo acaba se caracterizando por fatores específicos, em seus vários tipos, como “rebaixamento do humor, redução da energia e atividade diminuída. A capacidade de sentir prazer, interesse e concentração são diminuídos e é comum o cansaço marcante após o esforço, mesmo mínimo. O sono é perturbado e o apetite é diminuído. A autoestima e a confiança em si próprio quase sempre estão reduzidas, e estão presentes com frequência ideia s de culpa e desvalorização [...] Para a criança e o adolescente, a CID-10 inclui a categoria transtorno depressivo de conduta, que é combinação de transtorno de conduta na infância (F91.-) com persistente e marcante depressão do humor (F32.-)”

  Foram abordados alguns tipos de depressão como a
Depressão Analítica mostrada pelo Psiqweb “uma depressão infantil precoce que representa um severo prejuízo no desenvolvimento físico e psíquico das crianças vítimas de abandono e/ou negligência. Esse tipo de depressão infantil e precoce foi descrita pela primeira vez por Spitz, que a via como um quadro de perda gradual de interesse pelo meio, perda ponderal (de peso), comportamentos estereotipados (tais como balanceios) e, eventualmente, até a morte. É devido à esses trabalhos sobre abandono e negligência que Winnicott chega a dizer que "Sem ter alguém dedicado especificamente às suas necessidades, o bebê não consegue estabelecer uma relação eficiente com o mundo externo. Sem alguém para dar-lhe gratificações instintivas e satisfatórias, o bebê não consegue descobrir seu próprio corpo nem desenvolver uma personalidade integrada"

   A Depressão mascarada, que nos anos 60 acreditava-se que crianças não poderiam adquirir a doença, por serem muito imaturas. Pesquisadores acreditavam que crianças não entendiam os motivos reais da depressão e por isso não poderiam adiquiri-la, por isso depressão mascarada.

Categorias diagnósticas

Distimia: Com um significado relacionado ao mau-humor, possui um nível melancólico elevado. Pode surgir na infância ou na adolecencia e consequentemente se prolongar na vida adulta.

Transtorno de separação: Alguns dos maiores sintomas como tristeza, dificuldade na hora de dormir, etc provém do medo da criança ou adolecente de uma possível separação das pessoas as quais ela tem uma enorme ligação.

  Outros artigos relacionados ao assunto mostram o transtorno em situações diferentes: Comorbidade entre depressão e doenças clínicas em um ambulatório de geriatria, escrito por Meirelayne Borges Duarte e Marco Antônio Vasconcelos Rego, da Faculdade de Medicina, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.

  O projeto realizado mostra que “O envelhecimento populacional é um dos fenômenos mais notórios dos tempos atuais, em todo o mundo, trazendo consigo repercussões culturais, sociais e políticas. O Brasil é um país que envelhece velozmente: a expectativa de vida aumentou de 33 para 68 anos durante o século XX. De acordo com a ultima pesquisa nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2004), a população de idosos ultrapassa 17 milhoes, correspondendo a 10% da população brasileira [...]”

   A depressão em idosos se tornou uma calamidade na saúde pública em nosso país, e está relacionada a associação de doenças crônicas, pontos negativos na qualidade de vida dos mesmos e assim levando-os ao suicídio.

  Outro projeto também abraçou o tema, escrito por Florindo Stella, Sebastião Gobbi, Danilla Icassatti Corazza, José Luiz Riani Costa, da Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro, SP, Brasil, defendendo a ideia de que a realização de atividades físicas podem sim trazer benefícios, “Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da Atividade Física”
  “A depressão constitui enfermidade mental frequente no idoso, comprometendo intensamente sua qualidade de vida, sendo considerada fator de risco para processos demenciais. É uma condição que coloca em risco a vida, sobretudo daqueles que têm alguma doença crônico-degenerativa ou incapacitante, pois há uma influência recíproca na evolução clínica do paciente. As estratégias de tratamento mais utilizadas são psicoterapia, intervenção medicamentosa e exercício físico. A atividade física, quando regular e bem planejada, contribui para a minimização do sofrimento psíquico do idoso deprimido, além de oferecer oportunidade de envolvimento psicossocial, elevação da autoestima, implementação das funções cognitivas, com saída do quadro depressivo e menores taxas de recaída. Uma das vantagens do exercício físico é o efeito positivo também na prevenção e tratamento de outros agravos comuns nas pessoas idosas. Propõe-se que as administrações municipais organizem programas de atividade física, além da inclusão exercícios físicos nas programações dos Grupos de Terceira Idade”
 
  Segundo Florindo Stella em relação a Depressão e Atividade Física “O fato do paciente com a depressão permanecer no leito por muito tempo, sem praticar atividade física, traz prejuízos acentuados à saúde geral, particularmente no idoso. Do ponto de vista biológico, a não mobilidade física compromete a atividade pulmonar e isto leva ao acúmulo de secreções nas vias respiratórias, predispondo o idoso a desenvolver pneumonias bacterianas. A permanência excessiva no leito, somada à lentificação psicomotora que a depressão provoca, com frequência desmotiva o idoso andar ou praticar exercícios físicos, e isto leva ao descontrole da pressão arterial com agravamento do quadro hipertensivo, além do comprometimento da circulação periférica, da perfusão cerebral e do próprio funcionamento cardíaco. artrose e outros distúrbios articulares também se agravam devido à falta de atividade física do idoso deprimido. Segundo Cooper (1982), o exercício físico, em particular o chamado aeróbio, realizado com intensidade moderada e longa duração (a partir de 30 minutos) propicia alívio do estresse ou tensão, devido a um aumento da taxa de um conjunto de hormônios denominados endorfinas que agem sobre o sistema nervoso, reduzindo o impacto estressor do ambiente e com isso pode prevenir ou reduzir transtornos depressivos, o que é comprovado por vários estudos. Em um estudo desenvolvido por Blumenthal et al.(1999), 156 idosos com desordem depressiva principal (maior ou igual a 13 na escala de Hamilton), com duração de 4 meses, foram divididos em três grupos: Grupo de Medicamento (GM) – cloridrato de sertralina (inibidor seletivo de recaptura de serotonina); Grupo de Exercício (GE) – a uma intensidade de 70 a 85% da freqüência cardíaca de reserva, com duração de 45 minutos (10 minutos de aquecimento; 30 minutos pedalando ou andando forçadamente ou correndo levemente; 5 minutos de volta à calma), com 3 sessões semanais, e Grupo Combinado – medicamento associado ao exercício. Ao final de 16 semanas, os três grupos apresentaram resultados semelhantes, com redução dos níveis de depressão, conquanto os pacientes sob medicamento tenham mostrado uma resposta inicial mais rápida. Os autores concluem que a atividade física regular deve ser considerada como uma alternativa não-farmacológica do tratamento do transtorno depressivo. Estes mesmos sujeitos foram acompanhados durante os seis meses seguintes, concluindo-se, ao final, que os sujeitos do GE apresentaram menores taxas de recaída que os sujeitos do GM, evidenciando que a terapia através da atividade física é viável e é associada com benefício terapêutico, especialmente se o exercício é mantido ao longo do tempo (Babyak et al., 2000). Miranda et al. (1996) também verificaram, em 27 idosos com média de idade de 70 anos, que 45 minutos de atividade física aeróbia diminuíram a tensão e a depressão. A atividade física regular deve ser considerada como uma alternativa não-farmacológica do tratamento do transtorno depressivo. O exercício físico apresenta, em relação ao tratamento medicamentoso, a vantagem de não apresentar efeitos colaterais indesejáveis, além de sua prática demandar, ao contrário da atitude”

  A doença acaba se variando de várias formas, em várias faixas etárias, em várias pessoas, e o que nota-se em comum é como ela interfere na qualidade de vida de todos os afetados, tanto na vida material, física, quanto na vida da alma, no psicológico, o que na realidade é o que move o ser humano.


http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n2s0/v80n2Sa03.pdf

http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2009/08/atividade-fisisica-depressao-e-ansiedade-em-idosos.pdf

http://www.conecsat.com.br/apostila/educacaofisica/apostilasvelhas/Artigo%203%20idade.pdf



Justificativa: por que o seu projeto é importante?

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