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Novas Esquerdas Anthony Giddens e a Terceira Via

Por:   •  13/9/2020  •  Resenha  •  5.702 Palavras (23 Páginas)  •  203 Visualizações

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Módulo 2 – Anthony Giddens e a Terceira Via

Pag. 2 – Contemporaneidade

A terceira via (chamada por Giddens) devia enfrentar 5 grandes dilemas da contemporaneidade

1. Globalização

Três lados, 1º diz que não existe, o 2º existe mas não é nove, vem desde as navegações e o 3º O Estado Nacional estaria perdendo substancia, se tornando apenas um mito.

A globalização econômica é mais evidente ainda no aspecto financeiro. Hoje os mercados operam em tempo real e bilhões de dólares deslocam-se, diariamente, por todos os continentes à procura do rendimento melhor e mais seguro.

Pag. 3 Estado-nação

As decisões dos países afetam a todos os países,

O estado-nação é um mito? Não, mas seus poderes tradicionais diminuíram (keynesianos), mas se exige do Estado a regeneração das identidades nacionais, bem como a articulação entre os diferentes planos de identidade dos cidadãos. Além disso, o Estado-nação é o ator dos processos de integração regional, a maneira mediante a qual algumas de suas antigas atribuições podem ser preservadas, num novo patamar

O processo de globalização, para giddens, é influenciado por diversos atores, como estados, empresas, centros de pesquisa etc

Pag. 4 – Individualismo

2. Individualismo

O Estado de Bem-Estar social proporciona um individualismo associado a estilos de vida disponíveis, e é visto com desconfiança tanto pela esquerda social-democrata tradicional quanto pela direita neoliberal.

A Esquerda enxerga o individualismo como egoísmo e consumismo. A Direita enxerga que ele espelha permissividade que enfraquece as bases morais da sociedade

Uma esquerda de novo tipo deve superar o preconceito contra o novo individualismo e assumir como legítima a demanda pela coexistência entre diferentes modos de vida. Deve ainda atentar para o problema que essa situação gera: a construção de novas formas, não tradicionais, de produzir solidariedade social.

Pag. 5 – Esquerda e Direita

3. Esquerda e Direita

Esquerda tem como valor diferencial a igualdade (bobbio), A seu ver, esquerda é toda posição que tenta incrementar a igualdade com o uso do aparelho estatal. (Giddens), Esquerda, portanto, é quem propõe uma política de emancipação. Direita, em contraposição, é quem se interessa em manter um Estado de desigualdade ou quem propõe medidas que levarão ao aumento dessa desigualdade. Tanto os conservadores clássicos quanto os neoliberais enquadram-se nessa definição.

Tão importante quanto afirmar a persistência da oposição é perceber seu lugar no novo espaço da política. Até há pouco, o confronto entre direita e esquerda praticamente estruturava a totalidade do campo da política. A igualdade era a questão principal e todas as demais subordinavam-se a ela. Hoje, a igualdade é uma entre outras questões, e a política deve abrir espaço para outros temas, transversais a essa oposição, como a ecologia, a família, a identidade.

A política emancipatória, como a chama Giddens tenta equalizar as oportunidades de vida, mas não é suficiente, e deve ser complementada pelo que o autor chama de política da vida, encarregada de apresentar as opções efetuadas nesse conjunto de questões externas ao eixo direita/esquerda.

No novo espaço que a política assume, ganha relevo a posição do centro. Não o centro situado entre as extremidades da esquerda e da direita, mas o centro composto pelos novos temas da agenda, que escapam à dicotomia. Nesse sentido, a aliança com o centro, um centro radical integrado por verdes, feministas, partidários da paz, entre outros grupos, passa a ser uma necessidade vital para a esquerda de novo tipo.

Pag. 6 Ação Política

4. Ação Política

Na nova configuração que a política toma, os partidos perdem o monopólio da representação da vontade dos cidadãos. Entidades organizadas em torno de objetivos pontuais, o chamado terceiro setor, organizações não-governamentais, grupos de trabalho voluntário, assumem parcela significativa do espaço político.

O novo projeto da esquerda não pode manter a atitude de desconfiança característica da social-democracia, mas deve estar aberto à colaboração com esses novos atores. No entanto, é preciso ter claro que participação e colaboração não significam substituição do papel do Estado.

Pag. 7 – Ecologia

5. Ecologia

A preocupação ecológica deve tornar-se um traço distintivo da esquerda de novo tipo. Os neoliberais tendem a considerar a questão como solúvel por meio dos mecanismos de mercado.

O risco existe e quanto maior o conhecimento sobre nossa intervenção na natureza, menos podemos prever com segurança seus efeitos nos médio e longo prazos, como o problema do aquecimento global ou ao dos produtos transgênicos.

Pag. 8 – Características

As consequências do “risco artificial” (aquele criado pelo homem), são difíceis de determinar, e por isso, deve-se ter cautela e algum conservadorismo pela nova esquerda.

A terceira via necessitaria para enfrentar com sucesso os desafios: a participação ativa e constante dos cidadãos. Assim, em vez de garantir os caminhos a serem trilhados, a política da terceira via deve auxiliar os cidadãos na definição de seu próprio caminho, incorporando as oportunidades abertas pelas grandes revoluções por que passa a humanidade: a globalização, a transformação da vida pessoal e o relacionamento com a natureza.

a articulação de uma política emancipatória, que busque a justiça social e que dê respostas às novas questões que escapam à divisão entre esquerda e direita.

a liberdade do cidadão. Segundo Giddens, a liberdade deve ser entendida como autonomia, os direitos devem ser acompanhados de responsabilidades e nenhuma autoridade deve ser aceita se não for democraticamente legitimada.

o pluralismo cosmopolita, que opõe a terceira via aos protecionismos econômico e cultural, reclamados respectivamente pela extrema direita e pela direita como um todo, e ao fechamento das fronteiras para a circulação dos trabalhadores.

um “traço” de conservadorismo filosófico, de prudência, para proteger, dos impulsos de mudança demasiado abruptos, de consequências inesperadas, o ambiente natural e as novas formas

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