O CONSTRUTIVISMO À LUZ DA TEORIA DE JEAN PIAGET

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TEORIA DE JEAN PIAGET

O CONSTRUTIVISMO À LUZ DA TEORIA DE JEAN PIAGET

Jean Piaget é um dos nomes mais conceituados na história da psicologia, sua teoria sobre a aprendizagem cognitiva infantil fez com que recebesse o título simbólico de pai da pedagogia moderna, Jean foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Defendeu uma abordagem interdisciplinar para a investigação epistemológica e fundou a Epistemologia Genética, teoria do conhecimento com base no estudo da gênese psicológica do pensamento humano. O desenvolvimento psíquico, que se inicia com o nascimento e termina na idade adulta, é comparável ao crescimento orgânico. Da mesma forma que o corpo evolui até um nível relativamente estável, caracterizado pelo final do crescimento e pela maturidade dos órgãos, a vida mental também pode ser concebida como se evoluísse na direção de uma forma de equilíbrio final, representado pela pessoa adulta. Jean Piaget desenvolveu estudos psicogenéticos objetivando compreender como o ser humano conhece o mundo (material e simbólico) e descobrir quais seriam os mecanismos cognitivos utilizados pelo homem para conhecer este mundo. Piaget desenvolveu suas pesquisas iniciais em biologia, mas suas preocupações com o conhecimento levaram-no diretamente à psicologia, que é de onde, por meio de pesquisas experimentais, construiu sua teoria do desenvolvimento cognitivo. Segundo Moro (2002) a teoria piagetiana é uma teoria epistemológica, produzida por um biólogo de formação, psicólogo por necessidade e epistemólogo por interesse central”. A teoria piagetiana se propõe a construir e unificar a biologia e a epistemologia. Segundo Piaget, o criador da teoria Construtivista, a aprendizagem é um processo que só tem sentido diante de situações de mudança. Por isso, aprender é, em parte, saber se adaptar a estas novidades. Esta teoria explica a dinâmica de adaptação por meio dos processos de assimilação e acomodação. 

        Os processos de assimilação e acomodação, embora diferentes, ocorrem simultaneamente na resolução de conflitos em decorrência da interação do indivíduo com o mundo, diante do conflito ou nova tarefa por assim dizer o indivíduo se desiquilibra, para retornar ao ponto de equilibro, o ponto de serenidade, os mecanismo fundamentais entram em ação, a assimilação se manifesta no organismo procurando significado a partir de experiencias anteriores para compreender o novo conflito, simultaneamente o mecanismo de acomodação por meio da transformação tenta restabelecer o equilíbrio, esses processos coexistem e se alternam durante todo o processo de desenvolvimento. A assimilação ocorre quando novas experiências ou informações são introduzidas na estrutura cognitiva da criança, não havendo modificação em suas estruturas mentais. A acomodação acontece quando a criança modifica suas estruturas cognitivas para “enfrentar” o novo.        Piaget afirma que quando uma criança interage com o mundo à sua volta, atuando internamente e externamente muda a realidade que vivencia, a criança deve se adaptar às mudanças ocorridas no seu meio, utilizando o mecanismo de assimilação e acomodação para equilibrar-se novamente, o equilíbrio surge quando o indivíduo organiza o conhecimento. O conteúdo das assimilações e acomodações sofrerá variações ao longo do processo de desenvolvimento cognitivo, atividade inteligente é sempre ativa e organizada, estando sempre em movimento, assimilando o novo ao já construído e acomodando o construído ao novo, pro aproximações sucessivas, onde novas assimilações e acomodações são articuladas, esse processo é denominado adaptação, que nos leva ao equilíbrio.